Cap 2 - Por um destino inesperado

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2° dezembro

Depois de chegar em casa, meus pais decidiram ir a um restaurante e passamos a tarde toda lá, de volta pra casa eu estava exausta, não acredito que meus pais são ótimos em falar,falar e falar, já eram 10:30!!! Acabei dormindo no sofá mesmo, e ás vezes meu pai tinha a mania de me botar na cama depois que eu durmo no sofá desde que eu era pequena, na maioria das vezes eu acho isso ridículo, mas eu compreendo, meu pai sempre vai achar que eu vou ser sua princesinha.

Vejo as horas no despertador: 00:03

Eu só tinha dormido isso?.... Tentei cair no sono, mas não deu, eu tinha esse dom de ter insônia no meio da madrugada, nada me faria dormir agora até umas 3h ou 5h, então ligo pra Drica:

- Annnhhh, Alôô?

- Drica!?

- Samara, é você? Se for, tô nem aí se eu tiver só 7 dias de vida, só me deixa dormir, caramba!

Meu Deus. Já falei que ela parece um idiota quando não está sã? Mas tadinha, acordei ela no meio da madrugada.

- Ham, não, sou eu boba, Vicky!

- Ah, Vicky? É você migs?

- É claro que sou eu, quem mais seria?

- MEU PAI! PORQUE VOCÊ ME ACORDOU SUA VACA!? Caraca cara, só queria pelo menos uns minutos de descanso, vivo em uma senzala durante a manhã, chamada escola, e nem dormir você me deixa, olha só, a gente se vê amanhã , mas você sabe que eu te amo né migs? E é por isso que você vai ser boazinha e me deixar dormir, tchau!

TPM. Com certeza era isso, Drica era calma em todos os momentos, mas quando vinha a hora, era como se ela fosse um touro, e todas as mini pertubações fossem uma toalha vermelha no sua frente.

Bom, decidi ficar olhando pro teto até o sono me consumir e eu finalmente consegui dormir.

**********

8° de dezembro

A semana passou muito rápido, como se os dias fossem horas, e as horas, fossem os minutos. Quando caímos na real, já é o último dia de aula, conhecido ( por mim ) como um dia desastroso, tanto para um quanto para outros, mesmo para aqueles que não veem a hora de largar o livro e se esquecer de tudo que tenha a ver com a escola, pois, a única coisa que pode nos deixar desapontados é a saudade, e mesmo que eu seja sortuda de morar perto dos meus amigos, a maioria dos alunos dessa escola são absurdamente longe uns dos outros...

Me arrumei e tomei meu café da manhã, daí fui direto para a escola, no meio do caminho, encontrei com Phil:

- Olá Phil.

- Oi Vicky - Bom, ele estava sorrindo com aquelas covinhas; de novo.

- Porque sumiu ontem?

- Saí mais cedo com a minha mãe, minha tia voltou para Fortaleza ontem, e ela fez questão que eu fosse junto, mesmo que de uniforme.

- Mães - Eu ri.

Como a escola era praticamente do outro lado da rua, tivemos que atravessá-la, Phil segurou minha mão, com tanta delicadeza que é como se eu fosse quebrar se soltasse. Já estou acostumada com esse tipo de tratamento do Phil, ele é incrível e acho que nunca terá outra pessoa para substituí-lo como amigo.

Ao chegar do outro lado, ele virou de frente para mim.

- Vicky, eu.

- Fala.

- Eu queria dizer que eu vou sentir muito a sua falta,e... - É tão fofo quando fica com vergonha.

- E...?

Por um destino inesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora