Cap. 5 - Por um destino inesperado

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Saímos correndo do Jardim Botânico e Phil me alcançou....


- É sério, me dá essa sacola.


- Não eu...


Senti uma coisa encostando nas minhas costas, via as ruas desertas, e um sussurro logo após:


- Calada. Me passa todo o seu dinheiro.


Phil não sabia o que fazer, estava sem reação, e sua pele estava mais pálida do que é, ele ficava onde estava, não recuava, por mim, e também não avançava, para não ser atingido. Tudo aconteceu muito rápido, fui jogada para o chão e senti a dor do impacto com o chão, logo após meu mundo se despedaçou em mil partes quando ouvi 5 estalos:


- Phiiiiiilll!!!!!!!!!!!!!


Como não notar a cena que está na minha frente: um vulto escapando da minha visão, seguido de um poça de sangue que brotou perto de mim. Tu?do parecia cair: O QUE FAZER?! Me ajoelhei perto de Phill, que ainda estava consciente e tentei pegar meu celular no minha bolsa, e joguei a sacola no chão. Liguei para 192 e relatei o caso, passei o endereço, ainda com a consciência pesada, pois sabia que tudo isso demorava para chegar..


- Fala comigo, Phil.


- Vi..Vicky. Só.. dei..xa eu te cont... tar uma coisa.


Escorriam lágrimas pelo meu rosto e eu só conseguia afirmar com a cabeça.

Phil colocou uma mecha do meu cabelo para trás, aquele rebelde que nunca parava quieto.


- Eu te amo. Essas são as únicas palavras que quero que você saiba, se eu morrer.


- Não, olha para mim Phil. Não desista...


( Agora, coloquem para tocar a música Maps - Maroon 5 - https://www.youtube.com/watch?v=Y7ix6RITXM0 )


Nessa hora ouvi o barulho das sirenes da ambulância. E meu mundo ficou cada vez mais nebuloso, embaçado. Tudo parecia um pesadelo, não podia acreditar naquilo, por um curto período tive raiva de tudo, dos políticos, que não concertavam tudo que estava de errado, e por essa razão, criminosos faziam suas próprias regras aqui no Rio, e por isso meu amigo estava ali sendo resgatado por enfermeiros e assistentes com uma poça de sangue abaixo de seu corpo, e posso perder meu amigo, por uma porcaria de política do nosso país. Corri para dentro da ambulância onde Phil já estava localizado, uma correria, tentavam regular a saída de sangue de seu corpo, as portas se fecharam e a ambulância começou a "correr" a toda velocidade. E meu coração parou quando a máquina que demonstrava os batimentos cardíacos de Phil, apitou. Via seu corpo elevar-se e ter um impacto com a maca, enquanto os médicos tentavam resolver seu ataque cardíaco, com uma máquina na qual eu não sabia o nome, a única coisa que eu tinha razão, é que se meu amigo morresse naquela tarde, eu morreria junto.


*******


Chegamos no hospital, médicos trocando informações da sua situação uns aos outros, um homem praticamente gritava instruções e já tinha uma grupo formado em volta de sua máquina encaminhando Phil para uma sala. Eu, desordenada, acompanhava ele a todo custo, até que um homem me impediu, falando que eu não podia ultrapassar, e eu não parava de falar a toda velocidade:


- Senhorita, eu vou ter que repetir mais uma vez? Não pode entrar na sala de cirurgia!


- Não posso, eu tenho que vê-lo, só me diga que ele vai ficar bem, por favor, me deixe ir.


- Não posso passar informações de sua situação agora, senhorita, mas tem que acalmar-se, senão terei que expulsá-la deste hospital.


Me debati, esperneei, empurrei este homem, mas nada adiantava, até que ouvi uma voz muito doce, que eu já sabia de quem era.


- Vicky.


Abracei-a com força, e botei tudo que eu sentia para fora, tropeçando nas palavras, chorando muito:


- Drica! Por favor, me diz que isso não é real, não posso perdê-lo Drica... Não agora! Eu preciso dele, todos precisam dele. Eu não sei o que vai ser da minha vida.


- Shhh. Olha, faz um tempinho que não nos falamos, quero pedir desculpas primeiramente. Mas agora não temos tempo pra isso, me explique, o que aconteceu com Phil?


- Ele foi...ele foi, baleado Drica, tudo aconteceu muito rápido, ouvi 5 estalos e ele já estava no chão, e eu não pude fazer nada... foi... tudo culpa minha!


- Isso não é verdade, você conhece ele, e sabe que não tinha como ele não arriscar a vida por você, Phil é tipo seu anjo da guarda, e como eu sempre te alertei, acho que ele nutre um amor a mais, por você!


Fiquei calada, pois não tinha forças para falar mais nada, me preocupava com Phil e com o risco de perdê-lo. Liguei imediatamente para os pais dele e reportei o caso, e em um piscar de olhos, Sr. e Sra. Gonçalves estavam aqui, e ela, muito abalada, me abraçou forte, e choramos muito, foi aí que me lembrei de um verso da música que Phil cantou para mim no 7° ano, Maps - Maroon 5:


"I was there for you

In your darkest time.

I was there for you

In your darkest night."


E tive certeza que Phil, sempre fez e continuou fazendo tudo por mim, e agora, era hora de retribuir, com o simples gesto de ajoelhar no chão e orar por ele.


Me sentei logo após, e uma nova onda de choro me abalou, e pude ver, um vulto se aproximar de mim, para depois escutar sua voz, dizendo:


- Parentes do Sr. Phil Gonçalves?


Levantamos de supetão, e eu não estava preparada para ouvir notícias ruins, mas vou encarar a situação.


- Ele passou pela cirurgia, muito bem, pra ser verdade. Mas, ouve um problema. E Ele........ entrou em coma.


Definitivamente, tudo em volta de mim desmoronou e só me lembro, da minha cabeça caindo sobre o chão, e a breve lembrança de um grupo de pessoas formar em volta de mim, e tudo se apagar.




Notas da Autora: Desculpa pelo cap. pequeno, mas eu queria causar suspense :3 .


Beatriz Joaquim - Por um Destino Inesperado



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⏰ Última atualização: Dec 02, 2015 ⏰

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