Cap. 3 - Por um destino inesperado

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9° de dezembro

Acordei e em poucas horas já estava sendo liberada, meus pais estavam inquietos eu podia perceber, será que estavam escondendo algo de mim? Revirei os olhos, hoje tinha que ser um dia feliz! Afinal, eu estava de férias!

Ou não... Liguei para a Drica:

- Bom dia, dorminhoca.

- Bom dia, Vicky, você está bem? Já foi liberada?

- Fui. Drica você tem o resultado? Eu passei?

Não ouvi completamente nada. Estava um completo silêncio, não podia ser! Como isso poderia acontecer, nunca fiquei de recuperação antes. Percebi agora que prendi minha respiração, meu coração está a mil!

- Passou!!! E ainda com êxito! Dá pra acreditar?

- Você queria me matar!?

- Eita! Calma, só fui ali procurar seu boletim.

- Falar nisso, o Phil passou? E você?

- O Phil passou. Agora eu? A maldita, filha da mãe da professora de matemática resolveu me reprovar, ela deve me odiar, e não posso negar que sinto o mesmo, aliás, já te falei que depois que a matemática passa do 4° ano vira bruxaria, né? Nunca me dei bem com esse negócio!

Eu ri. Drica é uma comédia.

- Vicky,vou precisar desligar, agora que estou de recuperação em Matemática, minha mãe está enchendo meu saco, falando que em cada minuto tenho que estudar e ela está me monitorando - falou sussurrando.

- Se eu conseguir sair dessa prisão domiciliar para te visitar eu te aviso - Falou Drica rindo.

Ouvi um grito tão forte que tive que afastar o celular do meu ouvido.

- Dricaaaaaaaaaaaa. Já para o quarto mocinha! Estudar! Não vou deixar você perder tempo conversando, ou vou ter que te dar uns tabefes na cara para você entender?

- Já vou mãe! Er, tchau Vicky, não quero ter hematomas pelo meu corpo, te vejo hoje, amanhã, e se eu não desligar, nunca, beijos.

- Tcha... - Ela desligou antes que eu me despedisse .

Entrei no carro, logo depois que meus pais terminaram de acertar a últimas coisas com o Dr. Beckham, fomos pra casa, todos estavam quietos. Quando cheguei em casa, a única coisa que queria era me jogar na cama. Fui para o meu quarto e fiz exatamente isso e fiquei olhando pro teto, nunca foi tão bom fazer nada. Depois de mais ou menos 30 minutos, minha Mãe me chamou, e fui tirada do meu simples "paraíso".

- Victória!

- Sim mãe?

- O Phil está aqui!

Saí do meu quarto rapidamente e desci as escadas. Ele estava parado na porta, com a mão no bolço da calça jeans, e estava com camisa polo branca, mas o mais curioso era que ele trazia um buquê rosas em suas mãos.

- Phil!! - Corri e o abracei, ele parecia surpreso com minha reação.

Olhei para as rosas, elas eram estonteantes, eu amava, além de encantador, tinham um cheiro inconfundível!

- As flores são lindas - Falei.

- Ah,sim. São para você.

- Que fofo! Como você sabia que rosas eram minhas favoritas?

- Isso é segredo - Piscou para mim logo depois.

Senti meu rosto queimar.

- Vou botar essas flores no meu quarto, pode entrar..

Por um destino inesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora