Capítulo: 6

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Sinto o calor dos raios solares aquecendo meu rosto, o canto dos pássaros ecoam por meus ouvidos. Passo minhas mãos pelo edredom macio que cobre meu corpo, um cheiro de baunilha adentra minhas narinas. Abro meus olhos vagamente e percebo que não estou em meu quarto, corro os meus olhos pelo local. Vejo que quase tudo é de madeira envernizada, alguns móveis tem aparência antiga, porém elegantes. A cama é extremamente confortável, percebo três portas; chuto que uma seja a saída, a segunda a do banheiro e a terceira a de uma possível sacada.

Me sento na cama e olho detalhe por detalhe do quarto e então me lembro de todo o ocorrido. Eu poderia muito bem me perguntar se sonhei aquele horror, porém foi real demais para ser um sonho.

Onde estou?

Me levanto fazendo o mínimo de barulho, fico atenta a qualquer som exterior. Sinto o medo e o desespero me invadirem, preciso sair daqui!

Vou até o banheiro e me deparo com meu reflexo no espelho, olho em direção ao meu pescoço e ele está intacto! Preciso fugir e encontrar um lugar seguro antes que quem tenha me levado para cá apareça.

Mas para onde eu vou?

Olho ao redor com cautela a procura de algo para proteger-me. Damon pode muito bem ter me sequestrado, se bem que ele poderia ter me matado a... percebo que não sei quanto tempo eu fiquei inconsciente. Não acho nada para me proteger além do rodo, o que me faz bufar. Damon é um maldito vampiro! Uma criatura da noite. Como isso é possível? Essas coisas não deveriam existir. Seria possível Stefan ser um também? E a Elena? Caroline, Tyler, e o Matt? Qualquer um ao meu redor poderia muito bem ser um monstro! O Zach, ele estava tentando me proteger. Ele morreu nas mãos do Damon. Por que eu vim parar em um lugar como esse? Será que na minha outra vida eu lidava com esse tipo de monstro? Infelizmente eu creio que nunca vou saber, já que minha memória não deu um sinal se quer. Eu olho novamente para o meu reflexo, eu devia estar cheia de machucados, ou melhor, devia estar morta agora. Preciso sair desse lugar, preciso entender o que está acontecendo. Saio do banheiro e volto ao belo quarto, vou em direção a sacada. Abro a porta e examino uma tentativa de fuga, não parece ser uma altura tão grande. De repente, escuto vozes próximas ao quarto que aumentam gradativamente. Por desespero ou talvez extinto, me escondo na sacada. Escuto a porta do quarto se abrir, passos fundos que rodeiam o quarto, provavelmente a minha procura. Sinto alguém se aproximar da sacada, e então engulo em seco sentindo o desespero no meu peito crescer, mas logo percebo que se distancia da sacada. E então uma voz se pronuncia.

"Ela não deve ter ido longe. Consegue olhar nos quartos e corredores para mim, por favor?" - uma voz áspera e firme. Tinha certeza que era o Stefan. Mas tinha um ser a mais ali.

"Eu vou olhar. Seria possível ela desconfiar de você?" - uma voz feminina, era Elena. Do que eu desconfiaria?

"Eu vou hipnotiza-la para esquecer assim que a encontrarmos." - Stefan diz e escuto seus passos se afastarem e a porta ser fechada.

Eu quase solto um suspiro, mas imediatamente me lembro de que o Damon conseguia ouvir meus batimentos cardíacos a distância. Vampiros devem ter audição apurada, se Stefan ou Elena forem vampiros eles vão poder ouvir qualquer barulho que eu faça. Me mantenho no local que estou, é melhor eu pensar numa fuga bem planejada. Stefan disse que iria me hipnotizar. Oh Céus! O que mais vampiros podem fazer!? Se é que ele é um vampiro, seria possível existir um ser pior?

Olho para a sacada e vejo algumas flores com espinhos, mas nada que possa me ajudar. Olho para a paisagem, e vejo uma floresta ao fundo que eu nem se quer tinha reparado. Seria uma péssima ideia fugir para lá?

Resolvo sair do esconderijo, e entrar no quarto de novo. Tento fazer o maior silêncio possível, vou ao guarda-roupa e o abro. Vejo algumas roupas e umas caixas. Abro uma por uma a procura de qualquer coisa útil. Até que encontro uma adaga muito bem escondida. Escuto vozes femininas me chamando, mas elas parecem vir de dentro da adaga. Estou ficando cada vez mais maluca!

Sophie!

Venha!

Pegue-a! Ela é sua, garota da profecia.

Sinto meu corpo se acender por inteiro, meus olhos brilham no momento em que toco na adaga. Não entendo o que as vozes estão dizendo, mas sinto uma necessidade de pegar a adaga. No momento em que minhas mãos seguram firme a adaga sinto algo queimar minha pele e então uma marca surge em meus punhos. Um sinal que nunca tinha visto antes, se assemelha a um branding.

Me levanto e vou em direção a sacada, percebo não ser tão alto para pular. Vejo uma roseira enorme sem espinhos que pode amortecer minha queda e então pulo com a adaga em minhas mãos. Em segundos sinto meus pés irem de encontro com a grama, olho ao redor e não vejo nada além de flores. E então corro, corro o mais rápido que consigo pois minha vida depende disso.

Consigo chegar na floresta, mas não paro de correr. Sinto um calafrio em meu corpo ao adentrar ainda amais na floresta, sinto que já estive aqui antes mas quando?

Paro de correr ao ouvir um som ecoar pela floresta, um galho se quebrando. Meu corpo queima por inteiro e minha respiração falha, olho em direção ao arbusto de onde o som saiu e suspiro ao ver um coelho saltar de lá. Relaxo meu corpo e tento me acalmar olhando ao redor porém meu corpo congela ao ver a figura de uma senhora a alguns metros de distância me observando. Uma senhora de idade avançada com uma cesta e uma faca em suas mãos, não consigo me mover ou dizer qualquer coisa.

"Uma garota não devia andar sozinha numa floresta perigosa como essa." - a senhora diz me olhando fixamente.

"Me ajude, por favor!" - sinto que posso confiar nela, não por ser uma senhora mas tem algo nela que emana confiança.

Percebo seu olhar percorrendo meu corpo até chegar em minhas mãos e no mesmo instante seus olhos se arregalam. Franzo o cenho sem entender o porquê do espanto.

"Puella prophetiae!" - a senhora diz e eu não consigo entender uma palavra se quer.

Meu corpo fica alerta ao escutar alguns galhos se quebrarem novamente e vozes distintas. Percebo não ser a única em alerta, a senhora está rígida com uma cara de poucos amigos.

"São eles!" - ela diz e volta seu olhar para mim sussurrando algo. Nesse instante minhas pernas fraquejam e meu corpo vai de encontro ao chão, antes que eu perca totalmente minha consciência consigo ouvir um uivo de um lobo e então tudo fica preto.

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Desculpem pelo sumiço, eu estava desanimada para escrever mas eu voltei.
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⏰ Última atualização: Sep 18, 2022 ⏰

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