Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 02 ─ 𝐏𝐫𝐢𝐦𝐞𝐢𝐫𝐚 '𝐭𝐞𝐧𝐭𝐚𝐭𝐢𝐯𝐚'
Tinha me separado de Kai faziam apenas dois minutos quando um carro me começou a seguir. Pelos vidros das casas em que passava, consegui ver um 𝖼𝖺𝗋𝗋𝗈 𝖼𝗈𝗆𝗉𝗋𝗂𝖽𝗈 preto, com o que pareciam vidros traseiros baços. Acelero o passo e desvio do meu caminho, em direção a uma rua interior.
O carro continuou me seguindo por todo o percurso e calmamente tirei minha arma quando encontrei um beco escuro o suficiente para ninguém reparar.
A carrinha parou e as portas que foram abertas, fecharam se de seguida. Coloquei a arma ao nível do rosto e me escondi no sítio mais escuro possível. Tirei silenciosamente um espelho da mala e vi pelo seu reflexo uma estrutura masculina se dirigindo a mim. Ele estava armado também, me procurando por todo o canto.
Quando chegou perto o suficiente, guardei o espelho, saí da sombra e lhe apontei a arma à cabeça.
── Quem diabos é você?
Ele não responde e acho que nem pensou em fazê-lo. Retribui o favor e me aponta a arma também, sem hesitar, nem oscilar um pouco.
── Ponha a arma para baixo ou disparo.
A minha voz soa firme e confiante mas ele continua sem se mexer. Me preparo para premir o gatilho e ele nem estremece.
Um movimento da sombra aos meus pés me faz mover os olhos para o chão e ver um corpo atrás de mim. Puxo a arma que tinha presa à perna e coloco-me perpendicular a ambos. Apontando uma para cada um.
Mas é tarde demais. O que estava atrás de mim foi ágil o suficiente para me cobrir a boca com um pano. Enxuto o homem e espeto o meu cotovelo em seu peito para o afastar o suficiente para me dar tempo.
O que estava à minha frente anteriormente estava agora quase em cima de mim e depois de algum esforço, consigo puxar o meu joelho para cima e acertar no meio das suas pernas. Entretanto, o outro se recuperou e voltou a cobrir a minha boca com o mesmo pano e não tive mais escapatória.
Pelo menos foi o que eles acharam. Andei a minha vida toda a fugir de pessoas como eles e não era agora que me iam apanhar.
Fingi estar desmaiada tempo suficiente para me colocarem dentro da carrinha, com os braços amarrados atrás das costas. Estava certa sobre uma coisa. Os vidros traseiros eram baços por fora, ou seja, apenas os que estavam dentro podiam ver o que se passava do lado de fora e não o contrário.
Disfarçadamente, abri ligeiramente os olhos, vendo apenas dois homens ao meu lado. Os dois que lutavam comigo.
── Depois desta vou pedir um aumento ao chefe. Foi logo escolher a mais dura para a primeira. ── disse o homem loiro que estava sentado diretamente à minha frente.
── Ainda assim não consigo acreditar que é quem ele estava procurando. ── falou o moreno ao seu lado.
── Eu já não digo nada, a gata me arrebentou o lábio ao soco.
── A quem o diz, ainda não sinto as minhas bolas com o chute que ela deu.
Enquanto continuavam falando, aproveitei para tentar desamarrar os meus braços a todo o custo, o que demorou um pouco. Com eles já soltos, pego na faca que tenho presa às costas, sendo que eles esqueceram-se de ma tirar. Amadores.
Sem pensar muito acerto um chute agora no loiro, que geme de dor.
── Agora já pode fazer companhia ao seu amigo.
── Oh merda. Kieran temos um problema aqui, encosta! ── o moreno fala e faço um olhar irritado.
── Você acabou de me chamar de problema? ── pergunto ironicamente, com a mão ao peito ── Autch, isso quase me afetou.
Acerto com um soco na sua cara o suficientemente forte para o deixar desacordado pelo tempo que preciso. Me encosto à porta e percebo que a carrinha parou. A porta se abre no momento seguinte, acerto um soco no meio de seu rosto e um empurrão com o pé para o afastar, fazendo-o cambalear para trás.
Foi a minha melhor escolha. O facto de ele tentar recuperar encostado à porta do carro, me deu tempo para fugir. Corro até a um sítio seguro e só paro quando chego a casa. Abro a mala ainda à volta do meu pescoço e tiro as chaves, me apressando para entrar. Tranco a porta e largo tudo no chão assim que entro, tentando recuperar o ar.
Não sei quem é Kieran, nem nenhum daqueles que lutaram comigo, mas pareciam muito empenhados em fazê-lo. Também falaram num 'ele' que foi provavelmente quem mandou-os me sequestrar. Consegui fugir agora, mas não duvido que tentem me pegar novamente e estarei pronta quando vierem. Ando à anos a fugir de quem me tenta prender, não ia ser agora que iam conseguir me levar.
