OO1:. Kyle Broflovski não é gay!

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O céu amanheceu mais iluminado naquele dia, marcando a chegada de Setembro e fazendo com que sua luz atravessasse qualquer fresta que encontrasse pelo caminho.

E foi por uma dessas frestas que Kyle acordou.

Gemendo pelo incomodo causando pela luz repentina em seus olhos, o ruivo se descobre de seu edredom e fecha as cortinas da janela ao lado de sua cama.

Era o primeiro dia de aula de seu último ano no Ensino Médio, e começar com o pé esquerdo era tudo o que ele menos queria.

Espreguiçando a pernas, Kyle toma coragem para levantar e iniciar mais um dia. Ele joga suas roupas com preguiça em sua cama, indo para seu banheiro tomar um banho.

Voltando poucos minutos depois com uma toalha de algodão na cabeça, ele se depara com um quarto completamente iluminado, com a cama perfeitamente arrumada e suas roupas sujas fora de vista. Kyle odiava o fato de Sheila entrar em seu quarto sem um aviso prévio, ou permissão, mas amava sua mãe demais para questioná-la sobre isso.

Não demorou para que descesse totalmente pronto. Mesmo com os anos, o hábito de usar seu chapéu verde pareceu não mudar. O chapéu, agora meio desbotado e um pouco menor que sua cabeça, tinha dificuldade para esconder seus cachos ruivos e rebeldes, deixando alguns à mostra em sua testa.

Bem, de fato, Kyle Broflovski não mudou muito nos últimos 7 anos. Certamente havia crescido mais que seus amigos, sua pele rosada fora clareando com o passar dos verões em casa, ressaltando suas sardas.

― Kyle! ― Sheila exclamou ao vê-lo descendo as escadas. ― Venha tomar café antes de sair.

Sem se dar o trabalho de responder, o adolescente se sentou à mesa da cozinha em silêncio.

O pai estava em mais uma viagem à trabalho naquela época do ano, depois que dissera que sua carreira de advogado mudaria toda a família, os olhares preocupados de Sheila eram comuns de serem vistos pela casa, isso não parecia incomodar Ike, que ignorou a mãe colocando as panquecas na mesa enquanto mexia no celular.

― Oh Kyle! Esqueci de avisar. ― A mulher comentou, sentando-se à mesa e observando o filho começar a comer. ― Sharon ligou para avisar que Stan disse que não poderia ir com você 'pra escola hoje, ele te encontraria lá.

― Uhum. ― Ele respondeu, quase como se esperasse a notícia com antecedência.
Não queria levar a mal, Stan ainda era seu melhor amigo como sempre foi, apesar disso, Kyle não conseguia deixar de se sentir incomodado com a presença de Wendy em sua vida, tendo inúmeros compromissos cancelados por sua causa.

Vendo a reação do filho, Sheila continuou:

― Ele não disse o motivo.

― Tudo bem, mãe. ― Ele respondeu, levantando-se do lugar com um sorriso leve e pondo seu prato na pia. ― Stan ainda é meu melhor amigo. ― Ele pega sua mochila e anda em direção a porta. Dá um beijo na bochecha da mãe, e afaga os cabelos do irmão, que resmunga em resposta. ― Te vejo mais tarde.
― Ele acenou ao fechar a porta.

Não houve nada de extraordinário em toda a primeira parte de seu percurso. O ônibus não demorou, e sentiu que seu dia melhorar levemente ao ver Kenny acenando para que sentasse ao seu lado.

Cartman havia ganhado um carro de sua mãe quando completou 16 anos, e começou a fingir que nenhum transporte público existia desde então. E só Deus sabe onde Stan poderia estar.

― Eai Kyle! ― Kenny cumprimenta, tirando seu trago da boca.

― A senhora Butthead viu você entrando com isso? ― Ele perguntou ao se sentar.

― 𝙎𝙊𝙐𝙏𝙃 𝙋𝘼𝙍𝙆 𝘾𝙇𝙐𝘽 !!Onde histórias criam vida. Descubra agora