Larry's House

Danças, datas e... dormir no sofá!

Harry vestia seu avental com desenhos de morangos, saboreava um vinho e cantarolava a música que ecoava pela cozinha, transmitida pela Alexa, que reproduzia músicas aleatórias do Elton John no Spotify. Cozinhava janta, e mais precisamente agora cortava legumes para acompanhar a carne, quando assustou-se com o sentimento de haver uma presença atrás de si. Sabia, é claro, que era seu marido juntando-se a ele, após um longo dia de trabalho.

Fora abraçado por trás, apertado firme, e sentiu ar quente ser assoprado entre suas omeoplatas, sem antes uma palavra ser trocada. Limpou suas mãos no pano, e segurou as do marido em sua barriga, descendo-as para seu quadril, ansiando o toque do seu amado, que fazia horas que não lhe tocava, mas sempre o aconchegava tão bem em seus braços, como se cada abraço fosse uma continuação do anterior, e se movia lentamente de um lado pro outro, seguindo o ritmo da música.

– O cheiro estava tão bom, precisei descer pra vir te agradecer por cozinhar tão bem – Começou uma conversa em tom calmo e sem pressa, quase sensual se não fosse casual e honesta. No pé do ouvido, porém, qualquer sussurro era motivo para Harry se arrepiar, e fechar os olhos para apreciar a companhia agradável que rapidamente fora instaurada.

– Oh, Lou... eu amo cozinhar pra gente. Não precisa agradecer – Respondeu na mesma calmaria, sorrindo e corando, ainda sem ver o rosto de Louis, que estava apoiado em suas costas. Entrelaçou seus dedos, e pressionou-os juntos nos ossinhos de seu quadril.

– E eu amo você, sabia?

– Interesseiro – Brincou, e Louis abafou a risada nas suas costas, que beijou duas vezes. Deu dois tapinhas na lateral do corpo de Harry, e enlaçou sua cintura apenas com um braço, pondo-se ao seu lado.

– Você precisa de ajuda?

– Não, querido. Só estou esperando o arroz secar... – Recebeu um beijo no pescoço, que o calou momentaneamente – Hmm, que delícia...

– Você cheira tão bem... – Outro beijo – A cama tinha esse mesmo cheirinho lá em cima. Mas é diferente sentindo em você. Apesar de que... eu mal estava conseguindo me segurar deitado lá enquanto trabalhava.

– É mesmo? – Louis acenou que sim, apertando a cintura de Harry mais forte pelo nervosismo que sempre sentia quando o cacheado engrossava a voz – Precisou de mim e não me chamou? – Fez bico, mas logo sorriu, e puxou Louis pela cintura, invertendo os papéis.

– Às vezes a graça está em me provocar sozinho pensando em você. Faz eu ficar com ainda mais vontade, e preciso me segurar até terminar o trabalho. É um joguinho pessoal meu – Brincou, sorrindo, perto demais da boca do maior, mas não o beijando justamente para fazer alusão com sua fala.

Harry sorriu, e esticou o braço para pegar uma taça para Louis e servir-lhes de mais vinho. Louis provou, mas logo deixou a taça na bancada para limpar debaixo dos lábios de Harry, que logo teria-lhes lambido, porém Louis quis fazer por ele, e chupar seu dedo em seguida. Harry respirou fundo, e beijou os dedos do menor, que sorria com os lábios, apoiando a bochecha em seu ombro.

– Assanhado – Brincou, e apoiou o próprio quadril na pia, puxando o homem pelo bumbum para encostar-se nele, sem grandes intenções por trás senão um abraço mais quente. Trocaram um selinho, e Louis enlaçou seus ombros com os antebraços, ficando na ponta dos pés para dar um último beijo antes de retomar a conversa.

– Por você? Sou, demais – Sorriu provocador, e abraçou o marido que sorriu de volta na dobra de seu pescoço, que mordiscou, fazendo-o rir baixo. A conversa despretensiosa se seguia baixa, sussurros, quase como se fosse uma única pessoa conversando consigo própria, pensando, ou algo assim. Simplesmente o ato de falar era confortável no momento, tanto faz o que era dito.