Debaixo dos lençóis

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Louis saiu do banho, se vestiu, e se enfiou como uma minhoca por dentro do cobertor que Harry usava pra se esquentar, enquanto tricotava na cama, já na hora de dormir. Louis escalou seu corpo, a partir de suas pernas, num sorriso meigo, atrevido e um pouco infantil, se perdendo no que era Harry, no que era coberta e no que era ele próprio.

- Tô ficando sem ar! - Gritou abafado quando percebeu que estava preso, tateando o quadril de Harry para se orientar - Socorro! Achei uma cobra aqui embaixo! - Disse quando encostou sem querer na intimidade do marido, que riu de sua imaturidade momentânea, e enfiou as mãos dentro dos cobertores. Pescou Louis, e lhe puxou até ele chegar no seu peito e poder respirar novamente, amassando a bochecha no seu peito.

- Oi, minhoquinha.

- Ufa! Oi, casulo! - Disse, e lhe roubou um selinho.

- Casulo?

- É! É que na verdade, eu sou uma lagarta - Diz, apoiando seu queixo no peito do maior, e depositando seu peso sobre ele - E você é meu casulo.

- Ahh, entendi. Eu sou tipo a sua casa?

- Sim!

- Oh... Você é uma lagarta muito fofa.

- Obrigada! Mas estou com frio. Você não quer me aquecer não, senhor casulo?

- Hum, é o meu dever! Vem cá, bem encolhidinho... - Diz, e se senta pra começar a apertar Louis, tanto como se quisesse fazê-lo dobrar, fazendo-o rir de suas bobeiras.

- Ai, pare de me apertar! Minhas juntas doem. Tá tão frio, Haz... Olhe só como meus pés estão gelados - Encostou-os nas panturrilhas de Harry, que assustou-se com o choque que sentiu.

- Meu Deus, amor, você tá congelando!

- Vim me espremer aqui com você justamente por isso!

- Oh... Eu vou cuidar disso pra você, meu amorzinho - Deixou suas coisas de lado, e pegou Louis melhor no colo, sobre ele, e se deitaram de lado, agarrados - Vou esconder seus pés aqui - Abraçou os dele com os seus, pra ver se descongelam assim - Seu nariz está uma pedrinha de gelo! Venha cá! - Pôs o narizinho de Louis na boca, soprando ar quente e úmido, esquentando-o assim, fazendo Louis reclamar.

- Ah, não, você não sabe brincar direito. Eu tô me fazendo de manhosinho pra você pra receber linguada no nariz!? Não era no nariz que eu queria a linguada... - Sussurrou a última parte, e por isso Harry não ouviu direito.

- E qual seria sua pretensão com a minha pessoa senão carinho vindo se aconchegar comigo?

Louis fez carinha de safado, mordendo o lábio e lhe olhando atrevido, mas tão fofo que Harry nem maliciou muito, pois seu coração derreteu antes.

- Ah, sabe... Queria brincar de casulo... - Disse, escondendo seu rosto no pescoço do maior, pois ali era uma região quentinha e cheirosa.

- É? Como que brinca disso? - Perguntou fingindo inocência, enquanto alisava os cabelos meio úmidos do pequeno, que cada vez mais se espremia sobre seu corpo, fazendo-o sentir todo o contorno de seu corpo se desenhar sobre o seu.

- Bom, você teria que ser a lagarta dessa vez... E eu que iria te esquentar. Na verdade, eu iria te proteger dentro de mim, te apertar bem forte, e nós iríamos nos aquecer simultaneamente - Explicou, brincando com o tecido da roupa de Harry.

- Hum... Parece divertido, hum? Você deixaria eu me aconchegar dentro de você?

- Sim, sim, por favor.

Harry sorriu maldoso, e atacou seu cisquinho de gente preso naquele moletom enorme que vestia, que na verdade ele roubara do cacheado, debaixo de duas cobertas. Beijou-lhe, começando a esquentar seu corpo dessa forma. Entrelaçaram as pernas, e Harry abraçou-lhe pela cintura, enfiando as mãos por dentro da sua blusa.

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