😇 Augusto y Carla 😈 21

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Toda sua
senhoraferrer 🥰😘


Refúgio: A... a Sra... a Sra e o meu pai... vocês... vocês enganaram a minha mãe? - sorri sem vontade a olhando - não... a Sra não fez isso... não fez...- balancei a cabeça sentindo as lágrimas saírem.

Carla: Sim...- a olhei chorando - eu fiz... fiz por amor... agi por impulso... errei muito Refúgio... mas tudo que fiz foi por amor.

Refúgio: Amor? Que espécie de amor? Fez por egoísmo... destruiu uma família... o quê? Só porque ela não soube acha que não destruiu? - levantei da cama sem saber o que fazer.

Carla: Sei que agora você me odeia e eu não te condeno por isso... mereço isso... afinal fui para cama com um homem casado e por várias vezes...- olhei para Dionísio - me perdoe por não ser a mãe que você idealizou... agora sabe a verdade... sou uma fraude meu filho... eu... vou organizar as minhas coisas e sair daqui... eu te amo muito... muito Dionísio... nunca esqueça isso - os olhei e saí rapidamente indo para o meu quarto... entrei em meu quarto chorando... fechei a porta e fui ao closet organizar as minhas coisas.

No outro quarto...

Estava completamente impactado com tudo que acabará de descobrir sobre a minha mãe e o meu sogro. Imaginava que eles pudesse ter alguma coisas, mas que fosse recente e não que eles haviam sido amantes no passado. Saí dos meus devaneios ouvindo o choro do meu amor. Me levantei da cama com cuidado e fui até ela, lhe abraçando apertado.

Senti os braços fortes do meu amor me envolverem e foi aí que eu chorei. Chorei sem saber o que sentir em meio a toda aquela confusão.

Dionísio: Perdão meu amor... eu... não sabia de nada... estou tão em choque quanto você...- sussurrei baixinho.

Refúgio: Não amor... você não tem culpa de nada, não tem que me pedir perdão por nada - o olhei como pude - nem deveria está passando por isso tudo... vamos para a cama - falei lhe ajudando a deitar e me deitei ao seu lado.

Dionísio: Você tão pouco - beijei a sua testa - está grávida, isso não te faz bem... amor...- suspirei - nossa família passou por tanta coisa... herdamos algo sem querer dos nossos pais... algo bom e ruim também... desde pequeno era louco por você... disso eu me lembro - sorri quebrando o clima - prometi que iria me casar com você e que toda aquela tristeza iria acabar... você é a minha rainha - sequei o seu rosto - eu te amo muito Reh... sei que isso está te doendo, ainda mais saber que a sua mãe foi enganada por eles... eu sinto muito amor... de verdade... nem sei o que te falar... não imaginava que eles dois eram amantes... digo... em meio a tudo que eu vi, isso nunca me passou pela cabeça.

Refúgio: Tão pouco pela minha - respirei fundo fechando os olhos - eu não quero falar sobre isso... chega de tanta dor... só quero esquecer... ainda não estou pronta para absorver essa parte obscura dos nossos pais... do Augusto eu nem sei o que falar... dele eu esperava tudo... mas da minha sogra... isso não - respirei fundo e lhe olhei - eu te amo Dio... obrigada por me amar a sua maneira... por ser tudo isso pra mim... para os nossos filhos - aproximei os meus lábios dos seus, lhes tomando lentamente com amor.

Dionísio: Eu tão pouco...- suspirei - amo você... amo os nossos filhos e por vocês eu faço tudo.

Refúgio: Assim como nós fazemos por você minha vida... eu sei meu amor... descansa um pouco, você precisa.

Dionísio: Nós precisamos - beijei os seus cabelos.

Tempos depois...

Depois que arrumei as minhas coisas pedi ajuda ao motorista para levar as coisas ao meu carro, peguei o que ficou e desci. Após me despedir de todos saí dali. Estava tão fora de mim que no meio da estrada tive que parar o carro, só conseguia chorar. A imagem deles ao ouvir tudo que eu havia falado me deixou completamente sem chão. O olhar de reprovação, a recusa deles. Tinha um amor de mãe pela Refúgio, o que só cresceu com o tempo. Mas agora... agora eu sabia que ela me odiaria mais que tudo nessa vida. Provavelmente nem o seu perdão eu conseguiria ter um dia. Fiquei ali horas e horas sem conseguir sair do lugar. Havia começado a chover, na realidade parecia que o mundo estava se esvaindo em água. Quando por fim consegui me acalmar voltei a dirigir. Assim que estacionei o carro em frente a nossa casa, tirei a chave e desci. Não me importava com a água fria e forte que caia sobre mim, não sentia nada mais além da tristeza que estava me possuindo. Peguei a chave, abri a porta e entrei me encostando nela.

Estava saindo da cozinha quando entrei na sala e me deparei com o meu amor daquela forma.

Augusto: Carla... amor... o que aconteceu? - me ajoelhei ao seu lado e lhe abracei apertado - estou aqui... fica calma...

Carla: Eles me odeiam... eu... eu sou uma pessoa horrível - me agarrei a ele chorando muito.

Augusto: Não amor... isso não é verdade... você não é uma pessoa horrível... não é Carla... você é doce... é carinhosa... tem um coração maior do que possa imaginar... tudo que você toca enche de amor... você é amor Carla... você é diferente de todos... pode não enxergar isso, mas eu... eu vejo... eu te conheço... o que aconteceu? Discutiu com o seu filho? Me fala... está toda molhada... vamos para o quarto... precisa tomar um banho... tirar essa roupa... não quero que adoeça - beijei os seus cabelos.

Já não disse mais nada, a partir daquele momento fiz tudo que ele quis. Ele se levantou e me ajudou a ir para o quarto. Quando entramos ele me levou para o banheiro, tirou peça por peça das roupas que eu usava, me ajudou a tomar um banho quente e fomos para o quarto. Nos deitamos em nossa cama, ele me abraçou e nos cobriu. Passamos um longo tempo assim, em silêncio, abraçados, ouvindo a chuva que não deu trégua.

Carla: Acabei... acabei contando a eles sobre nós dois... sobre tudo que aconteceu - fechei os meus olhos sentindo as suas mãos me acariciarem, já não existiam mais lágrimas - queria conversar com eles... esclarecer tudo... mas... eles ficaram em choque com toda a verdade... me perdoa Augusto... eu não queria piorar as coisas entre você e sua filha... estraguei tudo com eles... acabou Augusto... acabou toda a admiração que ela sentia por mim... meu filho me odeia... eu sou uma fraude...- sussurrei triste.

Augusto: Uma hora nós iríamos contar... acabar de uma vez por todas com esse segredo... eu não tenho que te perdoar Carla... não meu amor... eu só tenho que te agradecer... te amar... te mimar... cuidar de você... do nosso amor... se existe alguém que errou nessa história toda, fui eu... errei quando te deixei meu amor... mas você me amou tanto, mesmo quando eu não merecia... as coisas vão ficar bem, você vai ver - beijei os seus cabelos - vamos dar tempo ao tempo e tudo vai se ajeitar... seu filho te ama, assim como a Refúgio... eles só estão confusos com tudo... não fique se martirizando, você não merece isso... já foi tão machucada nessa vida - suspirei triste - fecha os olhos um pouquinho... descansa... seu amor vai cuidar de você agora.

Carla: Eu espero que sim... não suportaria a rejeição deles... dos meus filhos...- sussurrei sem forças.

Augusto: E não terá meu amor... isso não - lhe apertei entre os meus braços.

Fechei os meus olhos e me entreguei aos cuidados do meu amor. Demorou um pouco, mas eu consegui descansar um pouquinho. Os dias foram se passando e não tive uma notícia sequer deles, o que me deixou ainda mais abalada. Mau conseguia me alimentar, tão pouco sair da cama. Mesmo com Augusto insistindo eu não conseguia, algo estava me paralisando aos poucos. Eu sei que ele estava sofrendo ainda mais por me ver daquela forma, mas não importava o que eu tentasse, nada me permitia prosseguir.

Estava perdido, já não sabia mais o que fazer para tirar o meu amor dessa situação, precisava ter uma seria conversa com o meu genro e a minha filha. Ainda que eles me odiassem precisava fazer algo pelo meu amor. Ela não merecia esse desprezo todo. Aproveitei que tudo estava tranquilo na empresa e só fui pela manhã. Voltei para casa na hora do almoço, organizei algumas coisas e saí, disse a ela que teria uma reunião no horário do almoço, mas logo voltaria para casa.

Longe dali...

Acabava de chegar da casa dos meus avós e ver a situação que a minha vó estava me doía muito. Ela sempre cuidou tão bem de todos, esteve ao nosso lado nos piores momentos e agora estava abandonada pelos meus pais. Assim que entrei encontrei os dois na sala conversando.

Camila: Mãe... pai... boa tarde - beijei os dois e me sentei no colo do meu pai.

Dionísio: Boa tarde filha... estávamos te esperando para almoçarmos - beijei o seu rosto e segurei em sua cintura.

Refúgio: Boa tarde filha - lhe beijei e segurei em sua mão - estava na construtora?

Continua...

Volte Para Mim (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora