Cry

650 45 8
                                    

Tô postando dois ep hj porq passei o final de semana sem da as cara aqui, queria dizer que odiei o ep anterior e pra recompensar fiz um melhorzinho, boa leitura amores

Domingo, 30/01
22:46 p.m

Agora eu estava em frente a uma porta enorme de madeira, confesso que não estava nada animada comparada à Mj, que estava saltitando de alegria.

— Você gosta mesmo dele, né? — perguntei vendo minha amiga tocar a campainha

— Emília, não viaja — ela me olhou. — Agora muda essa cara, desse jeito eles vão perceber que você veio forçada.

— Mj, não enche... — assim que terminei de falar, a porta foi aberta e quem estava lá? Ele mesmo, o loiro oxigenado de Mj.

— Pensei que não viriam — o garoto falou com um sorriso enorme no rosto. Será que as bochechas não doem?

— Desculpa pelo atraso — Mj disse.

— Tudo bem — ele respondeu à minha amiga, até que sua atenção veio até mim. Sério, já estava sentindo vontade de vomitar só de ver aqueles dois. — Tudo bem, Emília? — Díxion perguntou.

— Tudo bem, sim... Podemos entrar? — falei ríspida, acho que fui grossa demais porque Mj me deu uma cotovelada nada discreta.

— Perdão — ele sorriu —, podem entrar sim — ele finalmente deu espaço para que nós entrássemos na casa.

— Uau, muito lindo — Mj falou olhando para todos os cantos, e realmente a casa era impecável, com tons de cinza e branco e muitas plantas.

— Realmente, Andi tem muito bom gosto — uma menina falou assim que pisamos na sala, era Jana Cohen. Nesse exato momento, olhei frustrada para Mj, que vergonha!

— Dá pro gasto — Luka se referiu à decoração. — Falando em Andi, faz um tempo que ela sumiu. Sabem onde ela está? — Colucci falou com um sorriso bem desagradável. Eu já o conhecia de alguns eventos da vida.

— Finalmente! — Díxion falou levando sua atenção para uma figura que tinha acabado de aparecer na sala. — Onde você estava? — ele perguntou e, assim que olhei para a mulher à minha frente, me deparei com a mesma mulher de ontem. Eu a peguei beijando outra descaradamente no banheiro, meu Deus, eu não sabia onde enfiar minha cara.

— Estava na varanda — ela respondeu com os olhos sobre mim. Seu sorriso enorme me incomodava e seu jeito de me olhar me dava vergonha. — Que bom que vieram — ela falou e finalmente olhou para Mj.

Havia tensão no ar, basicamente ninguém sabia o que falar, apenas havia uma música de fundo. Mj era muito tímida para responder a tal Andi. Graças aos deuses, Sebas que também estavam ali nos salvou dessa vergonha e logo puxou assunto.

— Bom, vamos beber, né... Querem cerveja? — ele perguntou e eu respondi:

— Quero sim. E você, Mj? — tentei fazer com que minha amiga falasse, mas ela só balançou a cabeça positivamente. Essa noite seria longa...

— Bom, meninas, espero que se sintam em casa. Fiquem à vontade e podem pegar cerveja e o que quiserem no bar — ele falou e apontou para um bar um pouco distante.

— Vamos? — perguntei a Mj, que apenas seguiu em direção ao bar.

— Nem comece — ela já foi falando sem eu sequer abrir a boca. Ela estava pegando duas cervejas no freezer e já sabia que eu iria reclamar desse evento super aleatório.

— Você sabia que Jana Cohen estaria aqui? — surtei. — Não tenho onde enfiar minha cara depois do fora que a deixei — disse fazendo birra.

— Emília, só bebe e relaxa, tá? — ela estendeu a cerveja e me entregou. Antes que pudéssemos sair do bar, Díxion e Andi chegaram.

— Por que demoraram tanto? Preciso mostrar algo a você, Mj — o cabeludinho puxou minha amiga para que saísse do cômodo, me deixando sozinha com aquela mulher.

— Tudo bem, Emília? — ela me encarava enquanto seu rosto se curvava para o lado. Como ela consegue sorrir tanto assim?

— Aham — foi apenas o que disse antes de tentar abrir a cerveja que Mj acabara de me dar.

— Ajuda? — ela perguntou ainda sem tirar os olhos de mim e eu concordei positivamente. Aquela garrafa estava impossível.

Ela se aproximou de mim, e antes que pegasse a garrafa pude sentir seu cheiro. Ela cheirava a maconha e colônia Victoria's Secret de baunilha.

Com certeza ela é a primeira pessoa que cheira a cigarro que eu não sinto pavor ou nojo.

— Prontinho — ela me entregou a garrafa logo após abri-la facilmente com a boca. Surpresa, eu perguntei:

— Como você...?

— Não sei... meu pai me ensinou — ela deu um sorriso tímido. — Vamos? — ela perguntou já indo em direção aos seus amigos.

Ao voltar para a sala, vimos alguns deles dançando e outros sentados bebendo. Olhei para todos os cantos da sala e varanda para ver se via Mj, mas foi sem sucesso. Já estava sem graça de estar ali com Andi sozinha.

— Acho que eles não estão nesse andar — Andi falou, fazendo eu voltar minha atenção para ela.

— Ham? — perguntei confusa.

— Sua amiga e o colombiano, você está procurando por eles, certo? — ela perguntou, mas nada respondi. — Acho que eles podem estar na sala de música. Se você quiser... podemos ir lá ver.

— Não! Não precisa... — já estava xingando Mj mentalmente de todos os nomes que conhecia. Como ela pode fazer isso? Me deixar sozinha com pessoas que mal conheço. Novamente, eu estava em um silêncio constrangedor com a menina que vi no banheiro.

— Emília? — a menina chamou minha atenção novamente dessa vez, cessando o silêncio constrangedor que havia entre nós.

— Eu? — perguntei.

— Por que você estava chorando ontem à noite? — ela perguntou séria, e sem nenhuma enrolação.

Consequência da fama Onde histórias criam vida. Descubra agora