Segundo Capítulo - Acontecimentos

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Olha, falando como padre, não existe nenhuma explicação, mas há quem diga que
isso significa que existem espíritos por perto… E não são boas presenças…
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O que? O senhor pode me ajudar, né? Alguma reza ou algo do tipo.
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Não há nada que eu possa fazer, a minha fé não acredita que existem espíritos,
apenas demônios.
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O que eu faço então?
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Conheço alguém que acredita, alguém que pode te ajudar, seu nome é Dona
Aparecida, uma velha amiga minha, conte tudo a ela. Deus te proteja.
Lis vai até a casa de Dona Aparecida que fica quase fora da cidade.
Chegando lá Lis bate a porta de Dona Aparecida, a senhora abre a porta e diz:
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O que quer?
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Preciso de sua ajuda, o Padre Antônio me contou sobre a senhora e disse que
poderia me ajudar. Estou sentindo cheiro de cigarros…
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Me desculpe querida,mas eu não faço mais isso.
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Por favor, não conheço mais ninguém que possa me ajudar.
Dona Aparecida da um longo suspiro
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Olha garota, na minha vivência isso nunca significou algo bom, isso significa que
espíritos obsessores podem estar atrás de você.
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O que posso fazer?
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Tente acender uma vela branca e fazer uma oração, não posso te ajudar mais que
isso.
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Ok, tentarei. Obrigada pela ajuda.
Elis retorna para sua casa, e quando caiu a noite ela tratou de colocar rapidamente em
prática o que lhe foi passado. Elis acende a vela e se ajoelha, assim que inicia sua oração
começa a sentir o cheiro de cigarro cada vez mais forte causando um ataque de tosse nela,
Elis sai de dentro de sua casa para poder respirar ar puro, mas quando sai começa a ver
vultos passando atrás das árvores próximas. Olhando mais atentamente percebe que são
familiares, eram as mesmas mulheres de 5 anos atrás,as mulheres da noite do acidente.
Elas usavam as mesma roupas daquele dia trágico, Elis começa segui-las passando entre
vários galhos até chegar até a casa de Dona Amanda que estava sentada em uma cadeira
de balanço observando as estrelas.
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Elis querida, o que faz aqui a essa hora da noite?
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As mulheres, elas correram até aqui…
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Que mulheres? não há ninguém aqui - Dona Amanda olhou ao redor
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Mas elas estavam aqui, eu podia jurar que…
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Vamos entrar querida, você pode passar a noite aqui.
O tempo foi passando e a presença dos vultos ficou cada vez mais frequente, em
uma dessas noites Elis decide seguir os vultos que a levaram até a casa de Dona
Amanda novamente. As entidades entram na casa de Dona Amanda, assustada Elis
foge daquele local.
Na manhã seguinte, enquanto Elis cuidava de seus animais um policial chega e
diz:
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Dona Elis? Preciso te dar uma triste notícia, Dona Amanda, sua vizinha, foi
encontrada morta nesta manhã. Dona Amanda foi encontrada enforcada em seu
quarto, tudo indica para um suicídio…
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O que? Como assim? Ela nunca faria algo assim - Lágrimas rolaram pelo seu rosto
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Você tem alguma ideia do que levou ela a fazer isso?
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Não, ela sempre foi tão feliz e boa para todos. Ela não teria motivos para fazer isso

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