Terceiro Capítulo - Esclarecimentos

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Bom, não há mais nada que possamos fazer. Meus pêsames. - Ele saiu do local
Elis se lembrou da noite passada, e pensou consigo mesma “não teria sido elas, ou teria?”.
Diante daquela situação, Lis decide procurar Dona Aparecida e lhe contar o que tinha
acontecido. Chegando lá Elis encontra Aparecida acariciando um gato.
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Olá querida, estava te esperando, o que houve?
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Imagino que já saiba da morte de Dona Amanda
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Oh querida, fiquei sabendo sim. também imagino o quão triste deve estar, fiquei
sabendo que ela praticamente te criou.
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Sim isso é verdade, mas não vim falar sobre isso
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Sobre o que veio tratar então?
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Sobre ontem, vi algo que me aterrorizou
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O que seria?
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Vi duas entidades ontem, e decidi segui-las, elas foram até a casa da Dona Amanda
e entraram, eu fiquei com medo e acabei fugindo. Você acha que isso teria alguma
relação com a morte de Dona Amanda?
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Talvez sim. Mas não posso afirmar nada, pois nunca ouvi casos como este. Mas
tome cuidado, caso volte a ocorrer venha me visitar, ok?
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Ok, agora tenho que voltar, tenho animais que dependem de mim. Obrigada.
Depois disso os dias continuaram iguais, as entidades continuavam a lhe atormentar, e Lis
tentava ao máximo ignorá-las. Mas em uma noite não pode suportar mais o tormento das
entidades, e decidiu segui-las novamente, levando-a até uma casa próxima. Elis viu as
entidades entrando na casa e se ajoelhou na janela, quando a entidade se aproximava de
um senhor adormecido, Elis ouviu um grito vindo de trás:
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ELIS PARE! - O policial grita atrás dela.
Ao ouvir o grito Elis desmaia, e acorda tempo depois algemada em uma cadeira, uma luz fraca
iluminava seu rosto, ela tentou se mover mas foi em vão. Lis escuta a porta ranger e
consegue ver o policial entrar, acompanhado de Dona Aparecida.
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Olá Lis, você se lembra da noite de ontem?
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Apenas me lembro de seguir as entidades, e depois é como um borrão
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Então não se lembra do que quase aconteceu com aquele senhor?
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Não?
O policial apenas se levanta e sai da sala. Logo em seguida Dona Aparecida entra e senta
em frente a Elis e começa a explicar tudo que ocorreu na noite passada. Após a explicação
Elis se recusa a acreditar em tudo que ouviu, ela dizia que Dona Aparecida estava tentando
enganá-la. Dona Aparecida sai da sala deixando uma Elis em colapso para trás, indo de
encontro ao policial Gabriel
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Encontraram algo sobre ela?
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Sim, ela diz ter feito 5 anos de faculdade veterinária, mas na verdade ela passou
esses 5 anos em uma clínica psiquiátrica, pois foi diagnosticada com esquizofrenia
paranoide.
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Isso significa que ela matou seus pais?
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Sim, naquela noite o que ela viu foram coisas da sua cabeça, os gritos dela
assustaram seu pai fazendo-o perder o controle do volante, o que o fez bater em
uma árvore próxima
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E o que acontecerá com ela agora?
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Bom, ela voltará para clínica.
Alguns dias depois Elis foi internada novamente na clínica psiquiátrica. Em sua primeira
noite ela viu os vultos novamente, mas dessa vez era diferente eles a perseguiram, cada
vez próximas do rosto de Elis elas dizem em perfeita sincronia
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Você sabe que isso é tudo culpa sua, não sabe? - diziam com sorrisos em seus
rostos e uma voz sinistra
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O-o que? - Elis dizia completamente assustada
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Seus pais morreram por sua culpa, e agora chegou sua vez
Elis começou a ficar sem ar, estava sendo sufocada. Nem uma palavra sequer saía de sua
boca, ela encarava as criaturas enquanto se lembrava de sua vida, ela vinha de uma família
rica, ela se lembrava que quando era pequena e foi ao um médico e foi diagnosticada com
uma doença que nunca lhe foi dita. apenas se lembrava de seus pais dizendo que ninguém
poderia saber. Na manhã seguinte Elis foi encontrada ao lado de sua cama já sem vida, os
médicos decidiram olhar as câmeras para saber o que ocorreu, e descobriram que Elis
havia se sufocado com seu travesseiro na noite anterior. Existem boatos que dizem que sua
alma assombra o local até hoje.
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Por : Beatriz Galdino Torres
Com apoio de: Jéssica Galdino, Amanda Galdino e Esther Galdino

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