𖤍𖡼↷ 𝐓𝐖𝐎

1K 130 44
                                    

Faz duas semanas que entrei para a escola jujutsu, e posso dizer com total e absoluta certeza que minha maior fonte de serotonina é ver Maki tentando ensinar Yuta a como usar uma espada, já que ele é uma completa e total negação para lutas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Faz duas semanas que entrei para a escola jujutsu, e posso dizer com total e absoluta certeza que minha maior fonte de serotonina é ver Maki tentando ensinar Yuta a como usar uma espada, já que ele é uma completa e total negação para lutas. Na verdade, a paciência de Maki se resume a nada, então é bem engraçado a forma como ela lida com toda a situação, acertando Yuta em cheio toda vez que ele abre uma brecha. E vamos ser sinceros aqui, Yuta abre brechas até demais para ser atacado, mas é algo que ele apenas vai ser capaz de corrigir com o tempo, e apenas algumas semanas de treinamento não vão ser o suficiente para fazer mudanças acontecerem.

Novamente, desviei de um ataque de Panda, sabendo que caso ele me acertasse, eu certamente iria sair voando, mesmo que ele não tivesse aplicando força o suficiente nos golpes para me machucar. Pelo menos treinar com Panda fazia eu me dar conta que minha agilidade poderia ser melhor, e meu tempo de reação diante de um golpe adversário às vezes falhava muito. O lado bom de ser pequena é que se torna fácil se esquivar de ataques que facilmente poderiam me rachar em duas.

Respirei ofegante quando não consegui desviar a tempo e o punho de Panda atingiu minhas costelas, fazendo todo o ar ser sugado completamente de meus pulmões. Pateticamente, cai de joelhos pedindo arrego e vi o quanto Panda se desesperou, o que apenas me fez querer morrer um pouquinho mais. Graças aos deuses Gojo não estava aqui hoje, tudo o que eu menos precisava era escutar esse maldito rindo da minha derrota trágica, ainda mais quando Panda veio tentar me ajudar. Apenas ergui a mão em um gesto silencioso de que estava bem, e o lado positivo é que ele já me entendia o suficiente sem que eu precisasse fazer gestos ou falar. De qualquer forma, Maki e Panda estavam acostumados demais com Inumaki, não foi grande desafio para eles me desvendarem, e não nego que duas semanas já estava começando a me fazer ver diferença e significado nos recheios de onigiri que Toge citava às vezes. Tenho quase certeza que Salmão é "sim" e Okaka é "não", e Konbu é claramente uma saudação.

Enquanto isso, Yuta ainda era um mistério para mim. Ele claramente tinha problemas de socialização e sua autoestima era bem baixa. De uma forma ou de outra, eu também me identificava com Yuta. Sei qual o sentimento de achar que é um inútil, e que estaria melhor se estivesse morto, e a expressão no rosto de Yuta não o deixa negar que esse é o exato tipo de pensamento que ele tem às vezes. Eu convivo com essa expressão diariamente desde a morte de Allie, pois a encontro todas às vezes que me olho no espelho. E mesmo que eu tente com afinco, sempre acabo do mesmo jeito, estagnada nesse mesmo buraco vazio e nesse poço de autodepreciação que não sei exatamente o como escapar.

Panda estendeu a mão para me ajudar a levantar e dessa vez não recusei sua ajuda, tentando recuperar meu fôlego perdido. Uma olhada rápida foi o suficiente para ver Maki acabando de uma vez por todas com o pobre Yuta, e eu estava me perguntando seriamente se ela estar batendo nele com um pedaço de madeira não ia servir para ativar a maldição da tal Rika. Não nego que desde que Gojo sensei me contou sobre, fiquei curiosa para saber sobre o como essa maldição se comporta, mas claro que eu não ia deixar isso óbvio, ainda mais quando nitidamente esse assunto incomodava Yuta.

Silence • Jujutsu KaisenOnde histórias criam vida. Descubra agora