LOST IN OUR MELODY (Seongjoong)

I'm here to help you

Oioi gente! Postando esse capítulo hoje, por que vou demorar para postar o outros e quero que vocês não se esqueçam de mim kkk! Então boa leitura, mores!
Boa leitura! xoxo!
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But there's things about me
that you don't know
if i told you where i've been
would you still call me baby?
And if I told you everything
would you call me crazy?
-Dark Star (Jaymes Young)

Hongjoong demorou um pouco para perceber que Seonghwa falava de outros hematomas, e não dos chupões estrategicamente feitos em lugares para demonstrar que tinha "dono". Odeio com todas as forças esses chupões, odeio ser marcado. Sentiu vontade de chorar e gritar, mas a única coisa que fez foi puxar a blusa para cima e o encará-lo de volta. Se manteve mudo, olhava para seu manager na tentativa de passar algo, já que não conseguia, não podia falar nada.

—Tá tudo bem.— A voz saiu meio embrigada.

Seonghwa fez uma análise demorada, olhou para todos os cantos do corpo de Hongjoong que seus olhos podiam alcançar. A roupa amassada, olheiras fundas, palidez, marcas de uma noite selvagem, lateral da blusa manchada de sangue. Eu não acho que ele curta esse tipo de sexo, pela cara dele. Pensou, engolindo seco logo após. Sentiu algo incomodar, algo estava acontecendo, mas se o compositor não quisesse falar ele não poderia fazer nada. Após um longo minuto de silêncio, por fim falou.

—Não querendo me intrometer, Hongjoong. —Antes de terminar de falar foi interrompido pelo mais novo.
—Mas já está.—Falava ainda com a voz de choro, misturada com deboche.
—Enfim...Mas, você está péssimo, pode comer o meu pão também. Depois toma sua insulina, seu café está puro, como gosta.—Falou levantando e indo em direção a sua mochila, sem esperar uma resposta do loiro.

Hongjoong se ajustou no sofá, sentiu se sozinho e uma onda de tristeza percorreu seu corpo. Olhou para seu manager de costas, o sentiu distante; vocês nem são próximos, pensou, e começou a comer devagar. Estava de fato com fome e nem percebeu até morder o primeiro pedaço de pão, mas se sentia enjoado demais para comer.

Seonghwa mexia na sua bolsa, tirando uma muda de roupa que iria usar para academia mais tarde, tirou um desodorante e uma toalha. Virou para o compositor que comia devagar demais, conseguia ver no rosto dele que aquilo estava difícil. Hongjoong parecia menor do que aparentava, parecia frágil.

—Eu não sei o que tá acontecendo, e eu não posso ajudar se você não me falar. Mas eu também sei que você só precisa me falar quando se sentir confortável para isso, ok?—Falou colocando as coisas que pegou ao lado do compositor.—Você pode não me ver como amigo, e tudo bem. Aliás a gente se conhece tem duas semanas só, mas eu sou seu manager e estou aqui para te ajudar. Lembre-se disso.—Fez uma pequena pausa para analisar o rosto sofrido do mais novo, que parava de comer.—Vai tomar um banho, pode colocar essa minha roupa aqui. Talvez ela fique grande, mas não se preocupa com isso. E também, não se força a comer.—Terminou de falar.

Hongjoong sentiu seu estômago embrulhar, uma sensação estranha, não era medo, raiva, não sabia o que era mas lhe dava vontade de chorar. Empurrou de leve o café na sua frente e o pãozinho, pegou a roupa e as coisas ao seu lado sem questionar ou demonstrar hesitação. Se arrastou praticamente até o banheiro.

Seonghwa ficou esperando o garoto sair do banho. Minutos depois o compositor apareceu na sala com o cabelo pingando, o olho vermelho de tanto chorar, a roupa que o deixava bem menor do que já era, e a cara pálida.

—Você tem algum pente ou escova?—Pediu baixo.
—Senta, deixa que eu faço isso.—Respondeu apontando para o sofá.

Seonghwa viu o menor indo em direção ao chão, sentando no tapete e entre o sofá e a mesinha de centro, e depois abraçando as próprias pernas, esperando o mais velho. Parece a Nana. Park foi andando até o sofá e passando a perna para o lado, para que Hongjoong ficasse sentado entre as suas pernas, pegou a toalha e começou a secar com cuidado o cabelo do garoto.