Sorria

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*Atenção! Realidade alternativa, onde Henry não é príncipe e Alex não é o primeiro filho dos Estados Unidos*

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Estava um dia nebuloso e fechado, frio e cinzento, exatamente como o humor de Henry, naquela manhã.

Às coisas não estavam indo muito bem, nessa semana faria oito anos que o pai havia morrido e para ajudar ele discutiu pela décima vez na semana com Philip, seu irmão, e era terça feira.

Henry ama sua família, mais que tudo, a irmã mais velha Bea, cujo colo e abraço foram os lugares onde ele encontra segurança, mais do que em qualquer outro, exceto talvez o de Alex.

A mãe, Catherine, que esteve afastada dos filhos desde que Henry tinha 12 anos e se aproximou novamente três anos atrás, no último ano do ensino médio de Henry aos seus 17 anos. Sim, ela esteve afastada durante cinco anos, cinco anos que quem o confortou, quem o ajudou, quem esteve em todas as atividades da escola e da sua vida, tinha sido a irmã, não a mãe. Henry ama a mãe, é claro, mas ele deseja que ela estivesse mais presente em sua vida do que fora.

E claro, temos o irmão mais velho, Philip e a avó Mary. Esses dois, a relação, que já não era próxima nem muito boa, foi de mal a pior, quando Henry contou que era gay e estava namorando Alex, um garoto que também era latino.

Tudo isso, o estresse com a avó e o irmão mais a morte do pai, que sempre soube que o filho gostava de garotos e sempre o apoiou, eram fatores que acabavam com Henry.

Sua depressão piorava nesse período, e com os estresse que é em casa desde o fim do ensino médio, Henry acha que pode desmoronar a qualquer momento.

Fora de seus pensamentos, Pez falava alegremente como tinha sido o cinema com June, irmã de Alex, e como ele estava apaixonado.

- Ei, Henry - Pez o chama, estralando os dedos na frente do rosto do loiro. - Cara, está tudo bem?

Henry o olha, a cabeça meio baixa.

- Você sabe... A mesma coisa de sempre, mas estou bem.

Pez assente confirmado, sabendo do que se trata.

- Certeza que está bem?

- Sim, tenho certeza - Henry confirma. - Vou ir dar uma volta antes da aula começar.

Pez confirma com a cabeça e Henry sai andando pelo campus da universidade, junto de seus pensamentos.

Ele anda, anda e anda, passa por um grupo de garotas conversando e dando risada, desvia do grupo de universitários que estão falando sobre uma festa e como ficaram bêbados, enfim, ele atravessa todo o campus e chega a uma árvore e se senta na grama, nas suas raízes.

Henry fecha os olhos e entra na lembrança do último dia que vira o pai, com vida. O dia em que Arthur tinha que ir gravar um filme em outro país e estava se despedindo do filho, o abraçando como se soubesse que seria a última vez.

Enquanto Henry estava envolvido em seus pensamentos, uma figura morena se aproxima do loiro.

- Sorria! - Alex diz e em seguida a um barulho de câmera tirando foto.

Henry abre os olhos e vê o namorado, Alex, parado na frente dele com a câmera na mão.

Alex um jovem latino, de cabelo moreno e olhos castanhos que está no segundo ano da faculdade, rumo ao sonho de ser o senador mais jovem dos Estados Unidos, sonho esse que ele tem desde que se entende por gente.

A câmera é só um hobby, embora Alex poderia muito bem fazer o curso de fotografia e se tornar um profissional.

Os dois se conheceram no ensino médio e não se davam bem, vivam se implicando e irritando um ao outro.

No último ano de Henry, por causa de June e Pez, que começaram um relacionamento, os dois descobriram que suas implicâncias eram totalmente diferente da realidade e se tocaram que sempre foram apaixonados um pelo o outro desde o início, bom, Henry sempre soube que era apaixonado pelo garoto irritante e sarcástico.

Henry olha para ele e dá um sorriso fraco, que Alex percebe na hora que tem algo errado, na realidade, ele sabe o motivo.

- Problemas com Philip? - pergunta se sentando ao lado dele e apoiando a cabeça do namorado em seu ombro e fazendo carinho nos cabelos loiros.

Henry suspira, respondendo a pergunta.

Alex sabe que não é só isso, ele sabe que também tem haver com o pai de Henry, ele sabe que tudo que o namorado quer é fugir dessa situação e tudo que Alex quer é ajudar Henry, ele quer que o loiro se abra com ele, que diga tudo que está errado, mas Alex também não vai precionar, não, se Henry quiser contar ele vai ouvir e cuidar do namorado, se não contar vai continuar com os carinhos em seus cabelos loiros e abraça-lo.

- Ah, amor - Henry diz. - Queria que meu pai estivesse aqui.

Aí está o começo para a conversa, Henry está abrindo o jogo e Alex quer que ele continue e ponha as cartas na mesa.

Alex sabe que sempre que algo ruim acontece um gatilho é acionado em Henry, que a dor não para no que aconteceu, ela vai até o maior trauma dele, ou seja, a morte do pai.

Ele sabe, não porque o loiro contou, ele sabe porque Bea contou, mas tudo que Alex quer é ouvir de Henry para poder ajudar.

Alex espera Henry falar mais alguma coisa.

- Não aguento mais, Alex, não aguento - Henry desabafa, lágrimas rolando por seu rosto.

O moreno o abraça, tentando dar o maior conforto que pode.

- Philip, minha vó, estão cada dia piores, a saudade do papai, minhas noites em claro... Não dá, eu não sei se consigo.

Alex o abraça mais forte e deposita um beijo na cabeça de Henry.

- Ei, olha pra mim - o loiro o olha. - Você consegue ok?! Você é o Henry, é garoto mais lindo do mundo, é o meu amor. Você não pode desistir, tá bom? Não importa o que sua vó fala, o que o Philip diz, não importa o que o mundo diga, você é perfeito do jeito que é e merce toda a felicidade do mundo. Nunca deixe ninguém te convencer do contrário. E quanto ao seu pai, não posso fazer nada, além de dizer que se quiser conversar estou aqui.

Henry dá um sorrisinho, fraco, mas é de verdade.

- Obrigado, eu te amo muito.

- Não precisa agradecer, eu te amo, vou estar aqui sempre - Alex responde e limpa as lágrimas que estavam no rosto de Henry.

Henry ama Alex e isso não um segredo, não há nada que ele não conte para o namorado, às vezes demora para ele se abrir, mas no fim, é sempre nos braços de Alex que ele acaba desabafando e colocando seus medos e inseguranças para fora.

Alex começa rir.

- O que foi? - Henry pergunta, sorrindo, só a risada de Alex o fazia feliz.

- Lembrei de quando fomos no karaokê e você cantou "Don't stop me now".

Henry riu junto.

Aquele tinha sido um dos melhores dias da sua vida, com toda a certeza.

- Olha só, como o sorriso combina muito mais com você - Alex diz e pega a câmera na mão de novo. - Sorria!

Henry dessa vez sorri de verdade.

Alex sempre consegue fazer a cor voltar para a vida de Henry, expulsando o cinza.

É fácil sorrir quando o moreno diz sorria, afinal, de é o motivo dos sorrisos verdadeiros de Henry.

One shots Vermelho, Branco e Sangue AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora