14 - vale dos condenados

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Oi meus amores, tudo bem com vocês?
Cá estou eu com mais um capítulo cheiroso pra vocês. Espero que gostem!

Obs.: falas em itálico ocorrem telepaticamente.

Obs. 2: me perdoem os erros, eu revisei mas as vezes passa alguma coisa. Me avisem se tiver algo errado.

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Mais uma vez o Príncipe da Luxúria encontrava-se caminhando por aquele ambiente tão inóspito: o Vale dos Condenados. O terreno arenoso fazia um ruído seco abaixo da sola de seu sapato caro, o terno bem-passado de cor tão cinza quanto o céu daquele lugar lhe enfatizava a aura imponente que possuía naturalmente, e os cabelos perfeitamente penteados para trás estavam completamente pretos agora.

Ele passou por dois guardas demoníacos, vestidos com armaduras de metal escurecido no estilo dos antigos exércitos cristãos, ao adentrar a gruta que se abria em um extenso corredor escuro, iluminado apenas por tochas, dispostas a cada dois metros, nas paredes. O som das almas sendo torturadas ficava mais abafado ali dentro. Caminhou por alguns bons metros até visualizar uma porta luxuosa, que dava para o salão do trono ao qual havia se encontrado com Lúcifer há algum tempo. O rei do inferno encontrava-se sentado em seu belíssimo assento feito com ossos humanos, enquanto a enorme vidraça atrás de si, dava visão para a paisagem dos corpos agonizando do vale dos condenados.

Namjoon estava ali para entregar o relatório de sua missão.

— Olá! Meu querido Asmodeus — o demônio sorriu largo, abrindo os braços. — Nos encontramos novamente, seja bem-vindo ao meu palácio.

— Obrigado, Lúcifer. — deu um meio sorriso. — Não é de meu agrado estar aqui, o som dessas almas incomoda meus ouvidos.

— Entendo, eu também canso delas às vezes, mas estou mais acostumado. — disse, dando de ombros. — Imagino que você prefira o som dos ventos em seu castelo.

— Sem dúvidas — concordou, inflando o peito, orgulhoso de seu Vale dos Ventos¹ onde são punidas as almas depravadas e perversas, as quais em vida eram levadas por suas vontades carnais. Lugar com ventos tão fortes que cortavam a carne, banhando as almas em luxúria sem fim, que agonizavam ao não se sentir saciadas e esfregavam-se umas nas outras numa mistura de corpos, membros, sangue e fluídos.

— O que traz para mim, meu querido? Alguma notícia de meus irmãos? — questionou, indo direto ao assunto. Namjoon respirou fundo antes de iniciar sua fala.

— Descobri algo muito interessante, por assim dizer… — sorriu de lado, possuindo malícia na voz. — Existe um nefilim na terra.

— Ora, ora. — Lúcifer ergueu as sobrancelhas, inclinando a cabeça para o lado, mostrando-se interessado no que o duque falava. — Vejo que encontramos algo grande.

— Sim, todos sabem o quanto esses seres são poderosos. — expôs, mostrando-se orgulhoso, mais uma vez, por sua descoberta.

— E o que os arcanjos estão planejando com relação a este ser raríssimo, que eu não poderia me envolver? — o Diabo questionou, quase para si mesmo, levando o polegar e o indicador ao queixo, tornando sua curiosidade física.

— Bom, quanto a isso não tenho certeza, eu confesso. — o príncipe admitiu, mentindo. — Mas penso que querem trazer o rapaz para o lado deles, um ser tão novo me parece influenciável, e quem tiver este poder em mãos, terá tudo.

— Uma teoria sensata, eu diria. — o loiro concordou, pensando um pouco mais. — Neste caso, entraremos no jogo de meus irmãos.

Dessa vez Namjoon franziu o cenho, tentando entender o que Lúcifer queria dizer com aquela frase. Na verdade, arrependeu-se de dizer tudo o que disse, afinal, seu objetivo era se esquivar daquela investigação, tirar seu corpo fora, mesmo que, no fundo, soubesse que seria algo difícil.

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