01. O porão fantasmagórico (literalmente).

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O avião que havia transportado Camélia e Odette de Fortaleza até Porto Alegre havia tocado o solo há pouco mais de duas horas. Agora, mãe e filha estavam no interior de um táxi, a caminho da tranquila cidade litorânea de Porto Solar.

Enquanto o veículo avançava pela estrada solitária, cercada por altas árvores, Camélia estava absorta em suas próprias reflexões. Os fones de ouvido preenchiam seus ouvidos com uma melodia suave, cortesia de Gal Costa. Observava as gotas de chuva escorrerem pelo vidro, perdida em pensamentos que percorriam desde sua vida anterior em Fortaleza até a partida abrupta de seu pai e todas as consequências que se seguiram.

Ao seu lado, Odette observava a filha com atenção, compartilhando das mesmas preocupações e sentimentos de tristeza diante da mudança. No entanto, em meio à melancolia, também carregava consigo uma centelha de esperança desde que decidira retornar à sua cidade natal com Camélia. Era como se aquele retorno representasse uma oportunidade de recomeço, um raio de luz em meio à escuridão da perda que tinham enfrentado. Apesar do coração ainda estar em pedaços após a partida do amor de sua vida, essa perspectiva a reconfortava, inundando-a com uma sensação de calma e determinação.

Percebendo o peso do silêncio no táxi, Odette decidiu puxar assunto com o taxista, um senhor simpático de idade avançada. Conversar sobre assuntos triviais não apenas aliviava a tensão, mas também ajudava a passar o tempo.

Após mais meia hora de viagem, Odette avistou a placa esverdeada que indicava a entrada no território da cidade de Porto Solar. Um sorriso terno brotou em seus lábios, enquanto memórias reconfortantes inundavam sua mente. Virando-se para a filha, ela colocou delicadamente a mão em seu ombro, encontrando os olhos amendoados da jovem marejados. Camélia tentou forçar um sorriso, e Odette indicou os fones de ouvido com um gesto sutil, sugerindo que a garota os retirasse para compartilhar o momento.

— Estamos chegando à cidade! — anunciou Odette, apontando animadamente para a placa. — Lembro-me de como você adorava contemplar as paisagens daqui quando era criança. Imagino que também gostaria de fazer isso agora... — disse, enquanto Camélia assentia suavemente com a cabeça, concordando com um gesto silencioso.

Os olhos de Odette brilhavam enquanto ela descrevia a cidade, despertando a curiosidade de Camélia. Porto Solar, com seus aproximadamente 15 mil habitantes, era sustentada principalmente pelas vastas plantações de maçãs que abasteciam o estado inteiro.

Ao observar as ruas, Camélia teve a impressão de estar em uma cidade americana - uma sensação familiar, considerando suas muitas viagens aos Estados Unidos para visitar a família do pai em Boston. As fachadas charmosas das lojas do centro, os postes de ferro negros adornados com luzes elétricas que cintilavam como pequenas chamas e as árvores decoradas com folhas outonais, tudo isso contribuía para uma atmosfera encantadora.

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⏰ Última atualização: Mar 20 ⏰

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𝐂𝐀𝐌𝐄́𝐋𝐈𝐀 𝐄 𝐎𝐒 𝐅𝐀𝐍𝐓𝐀𝐒𝐌𝐀𝐒 | mαmonαs αssαssınαs.Onde histórias criam vida. Descubra agora