Prelúdio

52 7 0
                                    

 

Um forte anseio apertava seu peito, como se fosse uma forte dor insuportável. Seu corpo já não estava mais confortável é pronto para descansar, já que até mesmo em sono, estava sempre preocupado. Seus pés se remexem em agonia sobre o tecido acolchoado do sofá, sua cabeça ia meio rápido aos lados enquanto sua boca mormurava alguma coisa.

Seu amigo vendo aquilo, estranhou.
Estranhou ao ponto de ver, seu amigo, em sono deixar suas garras afundarem no assento, enquanto seus rosnados preenchiam o cômodo onde se encontravam da casa.

— por que algo aqui, me e familiar ? — Arthur se deixou rir sem jeito, ao se levantar de onde estava sentado ao projetar algo, assim fora de encontro ao outro — depois de anos, lá vamos nós de novo... Bela adormecida ? O grande e feroz urso negro ?.... ÀTIKA ! ACORDA !

Arthur agradecia imensamente a natureza e a estrela, por abençoa-lo com seus sentidos aguçados de uma espécie caçadora, mesmo não gostando de sua própria espécie. Pois, se não fosse por isso, teria certeza que poderia ter sua cabeça arrancada nesse momento, já que o golpe foi quase certeiro e veloz.

Àtika havia movido rápidamente sua garra tão acima de Arthur, que facilmente poderia arrancar do corpo do lobo sua cabeça. Arthur se abaixou rápidamente, suas mãos cobriam as orelhas fechou os olhos pelo ataque repentino.

— ÀTIKA ! VOCÊ QUER ME MATAR ?! — exclamou alto o suficiente para acordar de vez o amigo.

— Arthur ? O... Que foi ?... O que houve ? — àtika estava atordoado, olhava em todo redor de onde estavam, Arthur pensava que era um modo do urso reconhecer onde estava. — por que estou com minhas garras armadas ? — questionou.

— "porquê" ? — Arthur se ergueu em um pulo, atônito. — o "por quê" eu não sei ! porém, esse seu ataque fora tão rápido que pude realmente sentir o som das suas garras acima de minha cabeça !.

Àtika recolheu as garras, suspirou muito profundo ao se deixar ir de encontro novamente ao sofá.

— Arthur, me desculpe amigo... — àtika mantinha a cabeça suspensa em suas ambas mãos, sua respiração estava um pouco desregulada. — eu tive um sonho ruim...

— sonho ruim ? — repetiu o amigo lupino.

— em meu sonho, estava novamente em duas cenas que passaram em questão de segundo. — àtika ainda mantinha a cabeça baixa — a primeira, foi quando encontrei sky nas mãos daqueles infelizes, e a segunda cena fora quando os mesmo lobos infelizes resolveram atacar a vila da páscoa, onde achei que alguém poderia sair machucado, mas todos, incluindo a minha família saíram bens sã e salvos.

Àtika finalizou, mas mesmo assim a dor em seu peito não parava de doer, era como se algo tentava avisá-lo de algo ou alguma coisa que o incomodava.

— àtika, está tudo bem, foi só um sonho... — Arthur tentou acalmar o amigo.

— ...sky... — àtika ergueu o rosto um tanto palido, algo  impossível para um animal de sua tonalidade de pele.

— o que disse ? — Arthur o olhou retornando para seu assento, logo tentando voltar para o que estava fazendo antes.

— onde está sky e meus filhos, Arthur ? A que horas todos saíram daqui para o lago da divisa ? — àtika questionou, ao trazer consigo seu amigo, que agora estava quase fucinho a fucinho com k urso, o lobo piscou algumas vezes tentando se recordar.

— saíram depois do café da manhã, quando o tempo já estava bom para um banho de lago, por que ? — o lobo agora afastou o amigo e se manteve de pé, parecia que agora era possível até mesmo Arthur sentir o anseio do urso negro.

Deneb e Sirius - Aventuras com os filhotes (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora