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AQUELA CASA ESTAVA LOTADA

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AQUELA CASA ESTAVA LOTADA. A medida que adentrávamos no lugar, tinha cada vez mais certeza deste fato. Pelo que me foi informado, não fazia muito tempo que havia dado início na festa, mas, ainda assim, já poderia notar pessoas que tinham exagerado na bebida.

Uma garota já tinha esbarrado em mim, quase derrubando sua bebida em meu corpo. Não dei muita importância por saber de sua situação, e por ela ter pedido desculpas logo depois do incidente.

— Não vai pegar uma bebida? — Questionei para Sarah, a qual estava ao meu lado, encostada na parede. Seus olhos de águia vagavam pelo lugar, procurando sua próxima presa.

Desde que chegamos, duas pessoas haviam vindo paquerá-la e ela prontamente dispensou, alegando que já estava acompanhada. Até falei que se fosse por minha causa não precisava se preocupar, porém ela me garantiu que estava apenas querendo curtir sozinha hoje.

Não posso negar que discordava de sua fala, principalmente por causa dos olhos que pareciam estar sempre procurando por alguém, e eu sabia quem era este alguém. Ela estava procurando pelo garoto que a fez vir até aqui.

— Achei que me achasse mais responsável, Mad. — Me olhou de soslaio, um sorriso brotando em seus lábios. — Estou dirigindo, esqueceu? Vou ficar no refrigerante hoje.

— Uhm, então apenas eu vou me divertir hoje? — Levantei minhas sobrancelhas, lhe dando um olhar questionador.

— Posso me divertir sem uma gota de álcool em meu corpo, sabe disso.

— Será? Faz tempo que viemos em uma festa juntas, então não sei de sua fama mais.

A expressão em seu rosto era de horror, como se estivesse profundamente insultada. Não pude evitar de sorrir.

— Está me desafiando, Madison? — Desencostou o corpo da parede, estreitando os olhos em minha direção. — Se estiver, você irá se arrepender amargamente.

— É? E por quê?

— Uau, seu senso de humor é ótimo. — O sorriso irônico em seus lábios me fez rir. — Do jeito que fala deve ter mais energia que eu, então vamos dançar.

— Será que você não vai dormir na pista? — Debochei, cruzando os braços abaixo de meus seios. — Tenho minhas dúvidas.

— Não sei se me sinto feliz por você ainda ter senso de humor, ou ofendida.

— Agora eu que me sinto ofendida, por quê meu senso de humor teria acabado?

— Fica tanto tempo enfurnada naqueles projetos e livros, vai que tenha esquecido o que é isso? — Lhe dei um leve empurrão.

— Você é idiota! — Rimos juntas. — Estava brincando naquela hora, mas aceito sua proposta de dançar.

— Então vamos minha garota. Quero ver seu gingado latino.

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