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EU NÃO ACREDITAVA QUE ESTAVA PASSANDO POR AQUILO

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EU NÃO ACREDITAVA QUE ESTAVA PASSANDO POR AQUILO. Se me dissesem que um dia um cara mentiria ser meu namorado, e ainda me beijaria na frente de outras pessoas, apenas para fortificar sua mentira, com certeza falaria que aquela pessoa estava louca. Mas, lá estava eu.

Minha expressão de raiva devia estar muito evidente, pois ele se afastou um pouco de mim, cruzando seus braços na altura do peito.

— Você tem algum problema? — Imitei seu gesto ao cruzar meus braços.

— Estava te ajudando apenas, devia me agradecer. — Ao ouvir suas palavras, uma risada rompeu de meus lábios.

Não, aquilo não estava acontecendo comigo, certeza que era algum tipo de sonho — ou melhor, um pesadelo. — e eu acordaria em instantes.

— Ah, claro. Com certeza devo te agradecer por ter me assediado e me usado para sua mentira idiota. — Gesticulei com meus braços, um gesto de quando estava nervosa.

— Opa, assediado? Estava tentando te ajudar. — Ele parecia realmente indignado.

— Nossa que bela ajuda, muito obrigada, herói. — Debochei. — E sim, claro que me assediou. Me tocou e me beijou sem minha permissão, isso é assédio.

— Ah, fala sério. — Jogou os braços pra cima, como se esperasse algo dos céus. — Aqueles caras iriam te drogar, e levariam você para um dos quartos.

— E como você sabe?

— Escutei a conversa deles, apenas vim te ajudar. — semicerrei os olhos em sua direção, não conseguindo evitar a desconfiança crescente dentro de mim.

— Não precisava me beijar, você sabe, não é? — Ressaltei, cruzando os braços novamente. — E não querendo ser mal agradecida, mas, eu poderia ter me virado muito bem. Afinal, não sou nenhuma criança para aceitar coisas de estranhos, ainda mais em uma festa da fraternidade.

— Claro, erro meu. Como pude pensar em ajudar uma garota sozinha em um jardim, totalmente área e com três garotos querendo atacá-la com drogas, totalmente sem nexo minhas ações. — O sarcasmo pingava em cada palavra saída de seus lábios.

Em sua colocação, o cara não deixava de ter uma certa razão, mas meu orgulho jamais iria admitir aquilo em voz alto. Sua abordagem ainda me pareceu errada, se tivesse chegado de um jeito mais calmo e menos brutal, estaria agradecendo pela sua ação naquele momento.

Além disso, outras pessoas estavam no jardim, poderiam ter me ajudado de alguma forma, tinha um pingo de esperança na humanidade ainda.

— Elas não iriam impedir deles fazerem nada, querem ficar apenas na delas curtindo, não ligam para a vida alheia. — Diz, parecendo saber no que eu estava pensando.

— Não existe apenas elas. Se o plano era me levar lá para dentro, teriam que passar por várias pessoas, uma delas sendo minha amiga, e vá por mim, ela não deixaria que fizessem algo comigo.

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