Eu sou seu!

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Hong Er engolia seco cada vez que olhava na direção da divindade, mas o seguiu até uma varanda com vista para um jardim de flores brancas e um lago. Havia uma mesa com bolos, pães com carne e vinho, mas apenas um lugar para se sentar. Era um divã pequeno, porém duas pessoas ainda poderiam dividi-lo.

A divindade pediu que ele se sentasse e passou para o outro lado da mesa para se servir e servir seu convidado, contudo, ao se inclinar para servir o vinho, aquele robe largo deixou o peito de sua alteza e tudo mais que o observador quisesse ver, a mostra. Hong Er rapidamente desviou o olhar para a paisagem e mordeu a língua para conter a torrente de pensamentos impuros que insistiam em atormentá-lo.

Sua alteza deveria ser somente admirada e servida... O que eu estou fazendo aqui?

- Alteza! - Interrompeu. - Deixe-me servi-lo!

No momento em que se levantou e tentou pegar a jarra de vinho, suas mãos se tocaram. Ele pode olhar bem no fundo dos olhos de seu príncipe, que não se importava de olhar fixamente para aquele par de olhos desiguais. Ele recolheu a mão como se estivesse sido queimado, enquanto Xie Lian lhe deu um sorriso amável.

Eles se sentaram juntos, comeram, beberam e conversaram sobre os acontecimentos dos últimos 800 anos enquanto descansavam. Contudo para o jovem soldado, era impossível descansar enquanto seu soberano estava sentado ao seu lado roçando em sua pele usando nada mais do que um robe transparente e largo que mostrava a pele macia de suas coxas quando ele cruzava e descruzava as pernas, um traje tão fino que mostrava a rigidez de seus mamilos quando o vento fresco os atingia. Ele podia também sentir o aroma suave dos sais de banho na pele de sua alteza, via a forma que seu pomo de adão se movia enquanto ele se deliciava com alguns goles de vinho, mas ao mesmo tempo isso ele estava faminto para lamber as pontas dos dedos açucaradas de sua alteza como Xie Lian fazia para limpar o açúcar que os bolos deixaram em seus dedos.

Seus pés descalços poderiam pisar em seu coração e ainda sim seriam mais macios do que uma pluma...
Ele estava se tornando febril...

Completamente alheio ao que estava causando no rapaz, Xie Lian levou dois dedos a têmpora para responder a Ling Wen na rede espiritual.

- Conseguiu descobrir algo?

- Bem... Há pouquíssimos relatos dos deuses antigos, mas me lembrei de um poema macabro que dizia que o primeiro imperador amaldiçoava e envenenava seus inimigos com a cauda de um escorpião... Acho que se refere a lança que ele usava... Mas não consegui decifrar como eram exatamente as palavras do poema...

- Oh... Certo! Já é de grande ajuda! Obrigado, Ling Wen!

- Disponha alteza...

Se a maldição é como um veneno que drena os poderes espirituais e amaldiçoa ao mesmo tempo, talvez haja um antidoto ou o veneno possa ser sugado...
Xie Lian então segurou a mão do rapaz e se levantou.

- Venha, você precisa descansar. Te levarei aos meus aposentos e lá você pode se recuperar completamente.

O jovem soldado ergueu as sobrancelhas e pediu:

- Perdoe-me alteza, mas não posso entrar seus aposentos... Seria uma blasfêmia...

- Não seja tolo! - Puxou o rapaz para um cômodo que fazia parte da casa de banho, mas era separado por uma cortina de pérolas. - Eu insisto! Você já lutou demais. - Se virou para olhar aqueles olhos bicolores com um tom de carinho. - Que tipo de deus seria eu se não recompensasse meu crente mais fiel com no mínimo uma boa noite de descanso? - Sorriu de forma amável e confiante, derretendo toda e qualquer desculpa que Hong Er poderia usar para não entrar nos aposentos privados de sua alteza.

Como resistir a tal tentação?Onde histórias criam vida. Descubra agora