"Se amor é cego, nunca acerta o alvo." - Willian Shakespeare - Romeu e Julieta
O cúpido pode te atingir apenas uma vez durante toda a sua vida, inesperadamente você está apaixonado por alguém que jamais viu antes, mas tem certeza que aquela é a pess...
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Julieta e eu estamos presos no meu escritório lendo cada cláusula do contrato, o clima monstruoso que estava ontem se acalmou, mas a preocupação está nítida nos olhos dela. Louis foi buscar outros papéis para que pudéssemos comparar com os do meu pai, tentando procurar outra saída para tirar Victoria do trono. Ela está sentada na minha frente com o cabelo bagunçado e uma caneta na boca, abriu mão de ir embora hoje para procurar a saída.
"Harry"-Louis abre a porta desesperado.-"O noivado foi anunciado"
"O que?"-Me levanto brutalmente.
"Os ministros decidiram"-Me entrega um papel.
"Reúna esses abutres agora, nada e ninguém passará por cima de mim"-Bato na mesa.
"Sim alteza"-Louis sai apressado.
Julieta não tirou os olhos do papel, como se não ligasse para ao seu redor. Me aproximo dela vendo o foco de seu olhar em seu nome, durante instantes ela não percebeu, mas logo voltou o olhar para mim sorriu de lado e alcançou um papel anotando um numero.
"De quem é esse número?"-Olho.
"Esse é o número do advogado que fez o documento"-Aponta para o canto da página.-"Talvez ele saiba como reverter, talvez uma vírgula implique na anulação"
"Terei que ver isso mais tarde"-Suspiro.-"Preciso tratar o assunto do parlamento primeiro"
"Certo"-concorda.
"Está tudo bem Julieta?"-Toco seu ombro.
"Não está Harry, claro que não está"-Me olha nos olhos.-"Eu estou aqui sentada dentro do palácio procurando uma forma de tirar o meu nome desse contrato, enquanto a pessoa que eu amo está noivo"-Explica.-"Meu ateliê está a todo o vapor, mas estou com um problema ainda maior aqui, parece que a cada dia que eu fico aqui mais coisas aparecem"
"Harry"-Louis interrompe.-"Estão te esperando"
Pedi para Louis ficar de olho em Julieta, não sei quanto tempo irei demorar lá ou quanto tempo ela vai ficar no meu escritório, mas deixar Victoria o mais longe possível dela está sendo um dos principais objetivos desse instante. Passo pelo salão principal e vejo Victoria sentada inocentemente lendo um livro e minha mãe no canto da sala com sua assistente resolvendo alguma coisa, passo sutilmente para que nenhuma das duas me perceba.
Não faço ideia de quanto tempo passei dentro dessa biblioteca com um bando de urubus tentando decidir minha vida, me julgaram muito novo para tomar qualquer decisão e só passaram a me respeitar quando meu pai entrou na sala depois que Louis foi chamá-lo, furioso por não terem respeito pelo futuro símbolo do país. Saio com dor de cabeça e caminho até meu escritório com a esperança que a minha cura ainda esteja lá, mas antes de pisar vejo ela esbarrar pelos meus ombros sem me dar a oportunidade de perguntar o que houve, por um segundo a mais o motivo sai da mesma porta que Julieta...Victoria.
