-Meu Deus, você quer me matar, é? -Moore pergunta um pouco surpreso e com um quase sorriso ao me ver descendo as escadas.
-Não gostou da roupa? -Indago.
-Eu quis dizer que você está linda com essa roupa -Ele ri e beija minha testa
Matteo me leva até a cozinha e me põe pela cintura em cima da bancada.
Meus amigos, que pegada.
-Olhe pra mim...Maddie, olhe pra mim. -Ele diz atraindo minha atenção. -Posso ver seu braço? -Eu assinto e estendo meu braço. -Nossa...que marcas são essas?!
-A Sra.Grandy marca as garotas com um isqueiro, ela diz que é para lembrarmos de não ser "malcriadas"... -Digo.
-Eu vou fazer o possível pra concertar isso. -O loiro diz. -Você tem mais alguma marca? Eu preciso que você me diga, Maddie
-Tenho. -Digo me virando de costas e levantando a blusa de meu pijama.
-Meu Deus! Esse corte tá aberto, Maddie! Como e quem fez isso em você.
-Enquanto eu dormia, uma das garotas menores mexeu em minhas coisas, achou um estilete e achou que era uma boa ideia fazer uma autópsia em mim por conta de um filme que elas flagraram a Grandy assistindo. Tentaram até me convencer de me costurar manualmente por quê não iriam me levar ao hospital.
-Nós precisamos ir ao médico! Esse corte é fundo! -Ele diz me tirando da bancada da cozinha.
-Eu não quero ir ao médico! -Digo.
-Quer que eu costure esse corte aqui mesmo, sem anestesia e com linha de costurar roupas? -O loiro pergunta eu vou correndo para o quarto, troco de roupa e desço para a sala, aonde o mesmo estava com um conjunto de moletom cinza e seu Air Dior. -Vem! -Moore me puxa pela mão até o Audi azul brilhante e me faz entrar nele.
-Baby... -Matteo diz entrando no Audi e eu descido ficar calada e não responde-lo. -Madison! -Ele diz num tom mais alto fazendo eu me assustar.
-Hum. -Resmungo irritada
-A quanto tempo esse corte esta aí? -Indaga.
-3 dias. -Digo.
-Você avisou alguém sobre esse corte? -Ele pergunta.
-Não. -Respondo.
-Não por quê?
-Porque não. - Digo e reviro os olhos sem que ele veja.
-Pensa que eu não vi? -Ele pergunta sem esperar uma resposta e dá partida no carro.
Eu e Matteo passamos a viajem toda em silêncio até o hospital, quando chegamos, ele estaciona o carro, e entramos no hospital, indo até a recepção.
-Boa noite! Em que eu posso ajudá-los? -Uma morena de longos cabelos escuros pergunta ao homem loiro que me acompanha.
-Boa noite. Essa mocinha aqui está com um corte bem preocupante nas costas.
-Qual seria o tamanho do corte? Só para eu ter uma noção. -A morena pergunta.
-Uns 10 a 15 centímetros. -Ele diz e a mulher faz uma cara de espanto.
-Eu poderia ver o corte? para saber se é algo mais sério. -Me viro de costas levantando minha blusa de moletom e minha blusa que estava por baixo.
Então a mulher logo pega o telefone e liga para alguém. -Eu preciso de um médico infectologista aqui embaixo, por favor...ok...sim, obrigada. -A mulher desliga o telefone. -Um médico já já vem atendê-los.
Pra falar a verdade, eu estou me sentindo horrível com esse corte de todo tamanho nas costas, eu estou me sentindo mal, mas não fisicamente, e sim emocionalmente. Demorou uns 10 minutos para o médico chegar, mas quando ele chega, eu e Moore o acompanhamos até seu consultório.
-Madison, você poderia ser deitar na maca de barriga para baixo, por favor? -o médico pede e eu faço o que ele pediu, então ele levanta minha blusa e o loiro já fica de olho nos médico, caso ele fizesse algo. -Meu Deus! Esse corte esta super inflamado...aonde você conseguiu fazer um corte desse tamanho e dessa profundidade? -Dr. Edward pergunta.
-É uma longa história. -Digo.
-Eu vou lhe passar alguns remédios, e vou encaminhar-lhe para outros médicos que vão limpar e fechar esse corte amanhã pela manhã, ok? -Dr.Edward Pergunta.
-3,000. -Diz Matteo fazendo com que nós nos olhemos.
-Desculpe? -O doutor o olha com uma expressão facial confusa.
-3,000 na sua mão se conseguir com que Maddie seja atendida agora. -Ele propõe.
-Sinto muito, senhor, mas não posso fazer isso, é contra a lei.
-5,000. -Matteo propõe mais uma vez.
-Uh! Pedindo com educação é outra coisa, não é, Sr.Moore? -O velho aceita a proposta.
Que velho pilantra.
Me levanto, ajeito minha roupa e desço da maca, Matteo pega a receita com o médico e saímos do consultório, indo em direção a última porta do corredor. Nos sentamos e esperamos meu nome seu chamado, e quando chamaram por mim, fomos até uma sala que tinha apenas uma maca no centro, uma máquina gigante de luz e alguns instrumentos médicos.
-Posso te contar uma coisa? -Pergunto ao loiro.
-Claro! -Ele diz.
-Eu tenho pavor de agulhas, tipo ao ponto de desmaiar. -Digo após ver as agulhas sobre a bandeja de metal.
-O senhor não pode ficar aqui. -diz uma mulher com máscara, touca, luvas, e roupa de cirurgia.
-Eu tenho que ficar aqui. -Ele diz.
-Mas não pode senhor Moore. -A mulher diz.
-Mad, eu vai estar ali fora te esperando para irmos para Moore me dá um abraço extremamente confortante.
-Não me deixa aqui... -Peço já com os olhos marejados.
-Vai ser rápido, eu prometo. -Ele diz e sai da sala sem tirar os olhos de mim.
Depois disso eu me deitei de bruços na maca, uma enfermeira me anestesiou com uma agulha enorme enquanto me dizia como iria ser o procedimento, mas não consegui ouvir tudo por conta de um apagão do nada.
Eu estava em prantos após acordar, eu odeio agulhas, elas me dão medo e pânico, eu sentia calafrios quando pensava nas agulhas imensas que haviam usado em mim.
𝕄𝕒𝕥𝕥𝕖𝕠
Eu estou morrendo de dó por deixa-la sozinha naquele ambiente. Aquela sala tem uma energia pesada, não é um ambiente bom de se ficar, além de eu não ter me sentido confortável em deixa-la com aquela gente que eu mal sei quem são. Mas também, não é como se eu tivesse escolha em deixa-la ou não naquele espaço horrível.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Touch Me
FanfictionMadison Cavell é uma garota de ascendência Brasileira que tem 18 anos que se mudou para um orfanato no Canadá quando tinha 13 anos de idade pelo fato de ter uma mãe psicopata que matou o próprio pai de sua filha, e lá a garota é maltratada por quas...