thirty

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4 meses se passaram desde a
nossa lua mel. Nunca imaginava
tamanha felicidade todos esses
meses, quando voltamos para casa
colocamos em prática a organizar
o quarto do nosso menino, escolhi
tons de cinza com amarelo,
ficou muito lindo e moderno,
aproveitei e mudei um pouco a
casa dando um ar mais familiar e
aconchegante. Noah aprovou tudo,
ele estava sendo o melhor pai e
marido do mundo. Muitas vezes
ficávamos debatendo qual seria o
nome do bebê e chegamos a uma
conclusão...ele se chamaria Theo,
Hidalgo Urrea.

Minha barriga estava enorme, os
pés inchados e pra dormir , nunca
imaginei sentir tanta falta de ficar de barriga pra baixo. Theo estava
um meninão ali dentro. Ria comigo mesma, estava sentada em uma cadeira confortável próximo a piscina. Tomando um pouco de sol no fim da tarde. Minha mão estava sobre a barriga dura, sentia ele brincar sincronizado ali dentro, pé para um lado, cotovelos e mãozinhas do outro.

- Filho... está dando oi para a
mamãe?- brinquei.

Fiquei perdida em meu bate-papo
com Theo quando senti uma
sensaçāo de ser observada.
Virei e vi Noah ali perto com as
mãos nos bolsos me observando
atentamente. Abri um largo sorriso amandei um beijo pelo ar para ele.

- Melhor coisa é chegar em casa e
ver essa cena!- ele abre aquele
sorriso maravilhoso.

Me levanto com cuidado e vou
ao seu encontro, selo os lábios
do meu marido e ele retribui
carinhosamente, tocando em
minha barriga onde nosso menino
fazia a festa. Era tão mágico, Theo
parecia conhecer o toque do pai
e fazia um carnaval quando ele
ficava falando bobagens próximo a
minha barriga.

Ficamos o resto do dia grudados
na sala de cinema, comendo pipoca e recebendo carinho. Estava sentindo um pouco de cólica a três dias mas a médica falou que aquela altura isso era normal, caso se intensificar deveria ir até ela imediatamente. Até então nada tinha acontecido de anormal. Tomamos banho juntos, Noah fazia uma massagem relaxante em meus ombros dentro da banheira e eu não poderia ter encontrado um marido melhor. Deitamos e pegamos no sono sempre ele acariciando a enorme barriga.

Era madrugada quando senti a
cólica ficar mais forte, abro os
olhos e faço uma careta. Respiro
fundo e me sento devagar, depois
de alguns seguntos aquela cólica
passou. Me levantei e vou até o
jarro de agua ao lado quando
sinto um líquido escorrer das
minhas mas involutariamente.
Arregalo os olhos assustada e ansiosa.

- Noah..Noah... Falei paralisada
onde estava.

Ele acordou um pouco confuso
e assustado, sempre nos
preocupamos quando iria saber
que era o momento escolhido por
Theo pra nascer.

– O que aconteceu? Tá tudo bem?-
ele levantou da cama rapido e
veio até mim.

-A bolsa...eu acho que Theo vai
nascer...- falei apressada.

Ele arregalou mais ainda os olhos,
andou de um lado para o outro
perdido e passou as mãos nos
cabelos.

- Tá...certo! Primeiro mantenha a
calma...- ele tocou meu rosto.

- Eu tô. calma amor..- segurei o
riso, vendo-o mais nervoso que eu.

- Tá...então respire .... Com calma tá bom?- ele respirava mostrando
como eu tinha que fazer.

Se não fosse novamente a cólica
voltando ainda mais forte eu
tinha tido uma crise de risos da
forma que Noah estava. Ele correu
até o quarto do bebê e pegou as
bolsas que eu tinha arrumado
com Mary para a maternidade.
Nos arrumamos rapidamente
e saimos em direção ao carro,
as cólicas estavam aumentando
consideravelmente, agora já
estava respirando como Noah
tinha indicado. Noah dirigia e me
olhava preocupado, eu tocava
sua mão, ele segurava a minha e
quando a cólica vinha novamente
eu apertava a mão dele com tanta
força que tenho certeza que ele
estava aguentando firme. Estava
com oito meses, mas a médica
sempre deixou claro que ele
poderia vir a qualquer momento
e tudo estaria pronto para o
momento que ele viesse ao mundo.

Chegamos no hospital, ele me
ajudou a descer do carro e eu
já sentia uma dor tão forte que
parecia está sendo aberta ao
meio. Um enfermeiro me trás
uma cadeira de rodas e já sou informada que a doutora chegou
rapidamente e já me aguardava.

Entrei e fui preparada para a sala
de parto. A dilatação já estava
favorável para o nascimento e logo
logo iria ver o rostinho do meu
filho. A dor me consumia, Noah
estava ali ao meu lado segurando
minha mão e beijando minha testa.

- Nosso menino está vindo
amor...ele tem uma mãe incrível!-
Ele me dava forças.

- Saby, respire fundo e força! Theo
quer conhecer os pais...- Ela incentiva.

Gritei, apertei os olhos e fiz toda
a força que tinha dentro de mim. Procurei ar para respirar e
novamente forcei todos os meus
músculos para trazer meu menino
ao mundo.

- Isso amor...Theo tá vindo!- Noah continuava.

Sem ele ali comigo não sei como
seria, era o meu pilar. Meu
alicerce, estava tão feliz e ansioso
quanto eu. Olhei nos seus olhos,
suada e exausta. Procurei forças
mais uma vez, respirei fundo e usei todo o resto de força que tinha, foi ai que o escutei o som mais maravilhoso e perfeito de toda a minha vida. Theo chorou, aquele chorinho tomou conta de toda a sala, olhei para Noah que estava com os olhos marejados vidrados no bebê que foi entregue em seus braços, ele segurava o pequeno e ria , chorava ...não sabia ao certo a sua reação. Nos meus olhos lágrimas caiam com facilidade e Noah aproximou Theo de mim, tão grande e forte.

- Oi filho...Você é tão lindo
meu amor!- falei com a voz
embargada.

Logo depois , levaram meu
pequeno para deixar pronto para
ir aos meus braços depois. Noah
beijou minha testa e depois meus
lábios rapidamernte.

– Você foi perfeita amor!- Ele sussurrou.

A médica e enfermeiras cuidaram
de mim, me prepararame me
levaram para um quarto muito
confortável do hospital, queria
meu filho logo comigo mas fui
vencida pelo cansaço, acabei
dormindo ..exausta!


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