"Não pode ser, não é possível", disse Amelia com o coração batendo como louco.
Embora Alphard parecesse diferente do que ela se lembrava. Ele tinha crescido uma barba agora, rugas espalhadas ao redor de seus olhos e aquele sorriso caloroso que ela lembrava tinha desaparecido. Os olhos de Alphard estavam cheios de tristeza e arrependimento, suas vestes estavam rasgadas e estavam começando a se desgastar.
"Vamos, Amelia, não seja estúpida", Alphard cuspiu de volta, e ela mal podia reconhecer sua voz.
Ele começou a se aproximar dela, Amelia ainda segurava a varinha assustada para se mexer. Todos esses anos ela lamentou sua morte pensando que ele se foi para sempre. Mas, de alguma forma, ele sobreviveu, de alguma forma ele seguiu em frente e deixou Amelia para trás. E agora Amelia estava desesperada por respostas.
"Então, como você sobreviveu?", ela perguntou enquanto abaixava sua varinha fazendo Alphard sorrir.
"Bem, eu tive que fingir minha morte. Seus pais descobriram quem eu era", ele fez uma pausa, "Bem, não há rodeios, eu me tornei um comensal da morte, Amelia".
Alphard levantou o braço mostrando a horrível impressão de cobra e caveira em seu braço. Instantaneamente ela ergueu sua varinha novamente e se sentiu em pânico. O homem em quem ela confiava e amava se voltara contra o que ela acreditava. 'Meus pais sabem que ele está vivo?', Amelia se perguntou.
"Não se preocupe, eu não vou te machucar." Ele puxou a manga para baixo com um olhar severo em seu rosto. "E para responder sua pergunta, não, seus pais não sabem, então eu gostaria que você mantivesse esse segredo entre nós."
"Esqueci que você podia ler mentes", Amelia murmurou.
"Eu mesmo te dei aquele presente", Alphard sorriu de volta para ela, seus dentes amarelos e manchados. "Eu esperava que você já tivesse descoberto isso agora."
Amelia balançou a cabeça levemente e não fez nenhum olhar contato, "Eu não sabia disso".
"O que você quer dizer com você não sabia? Quão estúpida você é?", a voz de Alphard começou a ficar mais alta, deixando Amelia mais assustada que nunca. Ele nunca tinha gritado com ela antes.
Amelia começou a se afastar enquanto olhava para o chão pensando em maneiras de sair. "Me desculpe, me desculpe. Eu não queria gritar, Amelia." E lá estava novamente a pequena quantidade de calor que Amelia podia ver em seus olhos.
"Dê-me tempo para explicar, por favor", ele praticamente implorou a ela.
"Tudo bem, mas eu preciso saber tudo. Por que você saiu? Como eu consegui Legilimência? Tudo", Amelia disse segurando as lágrimas.
Foi um adeus estranho quando Amelia se perguntou se deveria abraçar seu tio que fingiu sua morte. Embora eles planejassem se encontrar na noite seguinte na torre de astronomia, onde ele prometeu contar tudo a ela.
Com um pequeno sorriso Alphard pulou pela janela se transformando em pó preto e viajando para longe de Hogwarts. Assim que ele estava fora de vista, Amelia começou a chorar no chão.
Sua varinha caiu de sua mão enquanto ela gritava em sua mão, certificando-se de não ser ouvida. Seu coração doeu e seus joelhos ficaram fracos. As mãos de Amelia tremiam enquanto ela gritava mais forte e mais alto em sua mão. Esse era o pior tipo de dor que ela sentira até então.
Fred estaria esperando por ela se perguntando onde ela estava e assim com o pensamento de Fred em sua mente, Amelia enxugou suas lágrimas e voltou para os dormitórios.
Antes de entrar no dormitório de Fred, ela respirou fundo várias vezes, tentando afastar Alphard de sua mente. Mas como ela poderia. A primeira vez que ela o viu depois de vários anos, foi da pior maneira possível. Ele havia mudado completamente. Doeu Amelia vê-lo se transformar em alguém horrível e terrível.
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The Red Head Boy | Fred Weasley - Português
Fanfiction"O atraso dela resultou na imagem perfeita: Fred de pé ali molhado. Seus cabelos estavam encharcados, e as pequenas gotas de água rolavam por sua bochecha e sobre seu estômago. Os olhos de Amelia seguiram a gota e seus olhos pararam nos abdominais d...