Part three : happy end!

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***

De malas prontas e com o coração nas mãos, Vitor desembarcava na cidade de Londres, onde todos os convidados do casamento já estavam a alguns dias.

As ruas estavam cobertas por neve, seus pés deixavam pegadas no chão por onde andava, a temperatura baixa do lugar fazia a respiração quente de Vitor entrar em conflito com o ar, transformando cada suspirar em uma nuvem de fumaça, cada vez que seus lábios se abriam.

— Athaide e eu sempre achamos que  iria se casar com Vitor. — Disse Madalena, enquanto admirava Maria Pia fazendo a última prova do vestido.

— Talvez se ele fosse menos covarde e mulherengo... De todo modo agora é tarde Madá. — Respondeu.

— Não precisa se casar se não quiser realmente, seu pai e eu queremos sua felicidade acima de tudo.

— Eu só queria que Vitor estivesse aqui, acho que me acostumei a ter ele sempre por perto. — Suspirou.

— É só isso mesmo? — indagou a mais velha.

— O que mais poderia ser? — Perguntou, mais para si mesma do que para a outra. Maria Pia no fundo sempre soube que era apaixonada por Vitor, sempre foi, mas jamais arriscaria perder a amizade dele.

— Amor, talvez... Você brilha, fica iluminada quando ele está por perto, o Eric te torna séria, uma versão de você que sempre te intediou.

— O Eric me faz firmar os pés no chão, a ter certezas que o Vitor nunca me deu. Ele não ligou, não mandou nem uma mensagem nessas duas semanas. — Gesticulou com as mãos, parecendo irritada.

— Já pensou que ele pode estar com medo de atrapalhar sua felicidade? Você some por meses e volta namorando, na mesma noite é pedida em casamento. Tudo foi de repente demais para qualquer um digerir. Mesmo seu pai e eu temos nossas dúvidas sobre o Eric. Mas apostamos na sua escolha, na sua felicidade.  Vitor pode estar fazendo o mesmo. — pontuou Madalena, calmamente.

— Ele teve a vida inteira pra me dizer qualquer coisa, uma palavra dele que me desse a certeza de que ele me amava, me teria feito ficar. Mas ele não disse nada... — Uma lágrima correu pelo rosto da loira. — Agora é tarde demais.

***

Vitor acordou atrasado, depois de passar a noite em claro escrevendo o discurso de madrinha. Foi apenas o tempo de vestir seu terno e se encaminhar até o local da cerimônia, para a missão mais difícil de todas, ser "madrinha" do casamento da mulher que amava.

O casamento seria primeiro no civil, portanto os noivos haviam preparado uma espécie de festa receptiva para todos os convidados. Maria Pia já havia perdido as esperanças de que Vitor fosse aparecer quando ele finalmente adentrou as portas de vidro.

O local estava decorado com toda a sofisticação e simplicidade, algo tipicamente dela, o que Vitor não pode deixar de reparar antes de fixar seus olhos na noiva.

O coração do moreno disparou, batia em um ritmo frenético, quase saindo para fora do peito.

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