𝗂 𝗍𝗁𝗂𝗇𝗄 𝗂 𝗐𝖺𝗇𝗇𝖺 𝗆𝖺𝗋𝗋𝗒 𝗒𝗈𝗎. - 𝖧𝗒𝗎𝗇𝖩𝖾𝗈𝗇𝗀

4 - Sobre protelar e aceitar.

Assim que entrou no ônibus, Hyunjin suspirou.

O que aconteceu naquele escritório havia o deixado completamente desnorteado, apesar do ocorrido ter sido no dia anterior. Ainda sentia seu coração descompassar, e engolia em seco ao ter as palavras de Yang Gong Yoo ressoando em sua mente. Lembrava-se de como encerrou a conversa.

"Eu posso viajar para Ilsan? Já estava com viagem marcada para lá há algum tempo para visitar meus parentes." O rapaz o questionou um pouco incerto, mas o olhando com expectativas. Afinal, ele agora tinha um emprego, e ainda mais, era comprometido.

O alfa mais velho ponderou, olhando de volta inexpressivo. "Tudo bem. Mas você deve estar de volta há tempo do casamento. Será daqui há um mês, no dia 22. Eu te ligo para passar as informações quando estiver próximo, no momento, só deve se preocupar em estar lá." Hyunjin consentiu, um pouco melancólico, sentia que sua vida estava descendo pelo ralo por conta daquele casamento. "Não tente me enrolar, rapaz. Eu te encontrarei aonde quer que for." Gong Yoo declarou solenemente, enquanto cruzava as pernas e se movia em sua cadeira giratória, com toda a sua prepotência, e ar de superioridade.

"Maldito." Pensou o rapaz, enquanto se lembrava no que aquele velho havia lhe metido.

Hyunjin estava puto, em níveis absurdos. Estava lidando com toda a prepotência daquela gente mesquinha, e tudo isso por um capricho de Jeongin. Aquele garoto provavelmente nunca havia levado um "não" na vida, tinha tudo o que queria, e o que mais irritava Hyunjin era que aquele ômega lúpus com certeza olhou o alfa como quem vê um boneco numa vitrine, e implorou por ele para o papaizinho porque gostou dele. Ele era como todos que apareceram na vida do Alfa, se interessou por ele apenas por ele ser mais bonito do que a média, aquele pirralho nem o conhecia direito, nem sabia nada sobre Hyunjin.

Se perguntava como o ômega poderia ser tão baixo ao ponto de pedir para seu pai chantageá-lo usando a sua avó doente, apenas para fazer sua vontade. Odiava Yang Gong Yoo, mas principalmente, odiava Yang Jeongin, e se dependesse do Alfa aquele casamento não existiria.

Enquanto Hyunjin embarcava para Ilsan naquela manhã de quinta feira, Jeongin acordava doentinho. Não foi para a YG aquele dia, o que causou preocupação nos meninos, que se acalmaram apenas depois de receber uma mensagem do pequeno lúpus, afirmando que não havia amanhecido muito bem.

O ômega odiava faltar na faculdade, principalmente quando estava impossibilitado devido à questões de saúde. Se sentia inútil, por não conseguir realizar as atividades como costumava, mas aquele resfriado havia pegado de jeito. Tomou alguns analgésicos e passou o dia deitadinho, embrulhado em seus edredons como um bolinho, devido a febre. Naquele momento, mais do que nunca, se sentiu sozinho. Seu pai era muito ocupado com a empresa, isso era nítido. Seu irmão mais velho havia se tornado uma cópia do seu pai, porém ainda era carinhoso consigo. Mas devido ao trabalho e sua noiva, ele não morava mais com sua família, e sua mãe... Jeongin a perdeu em seu parto.

O pequeno suspirou prolongadamente, entristecido. Talvez se sua mãe estivesse ali, ela poderia cuidar de si. Seu pai e seu irmão sempre a descreviam como uma mulher bondosa e empática, que sempre ajudava a todos com muita boa vontade. Seu pai dizia que ela ficava mais linda a cada dia, e desde sua morte, o empresário não se envolveu com mais ninguém. Ele tentava disfarçar, mas Jeongin sabia que seu pai, com todo aquele coração de pedra, ainda amava sua mamãe, mesmo que ela não estivesse mais entre eles há anos.