Capítulo cinco

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O raiar do sol deu as caras, era o anunciar do fim daquela maravilhosa noite?

A pequena se esticava por entre os lençóis, a noite anterior mostrava seus resultados, ainda estava nua, mas parecia estar limpa. S/n despertou e notou um leve desconforto entre as pernas, não sabia ao certo, não se lembrava de nada e nem como ficou despida em sua própria cama. O bater de solados despertou sua atenção, olhando de imediato para a direção de onde provinha o som. Seus olhos encontraram ele, Yuji Itadori, a abotoar sua camisa social que estava a usar. Estava pasmada, o que era tudo aquilo, sua reação de espanto era insuficiente para condizer ao que realmente queria expressar.

O rosado se aproximou com um belo e robusto sorriso a preencher seus lábios, a cumprimentando com um bom dia vindo de um selinho em seguida.

Você se sentia mais perdida que cego em tiroteio.

S/n: Yuji?...Eu não quero parecer grossa...mas o que aconteceu? Tipo, eu sei que parece um pouco óbvio, mas... não me diga que---

Yuji: A gente transou? — Complementou o rapaz numa inocência naturalmente espantosa.

Sua reação se baseou em um rosto de espanto e mão rente aos lábios semi abertos.

S/n: Ai, caramba... Eu só te conheci há um dia...— Suas mãos coçaram frenéticamente seu couro cabeludo com o puro desdém que sentia de sí mesma.— Isso não tá certo...

Yuji: Hm?

S/n: Por favor, não pense mal de mim, eu devo ter bebido demais, eu posso garantir que não sou assim....eu acho...

Yuji: Se sente bem?

S/n: Como? — Ao que ele se referia, foi o que pensou.

Yuji: Se não te machuquei noite passada?

S/n: ...— Estava envergonhada, era natural essa preocupação? Tantas coisas a se preocupar, como sua insensatez em dormir com uma homem que mal conheceu, e ele apenas colocava aquilo como prioridade.— Não...eu estou ótima.— Mentiu em parte.

Yuji: Eu usei seu banheiro, você poderia também fazer o mesmo e colocar uma boa roupa.


Você acentiu e cobriu-se prontamente com uma das roupas de cama, caminhando a passos rápidos, você largou o lençol na porta do banheiro e fez o que deveria fazer. Durante a ducha, curtos flashs de lembrança invadiam sua memória, não eram lembranças comuns. Seu corpo esquentou quando veio a imagem de Itadori sobre seu corpo, como ele foi bruto, mas atencioso, a forma como ele lhe proporcionou a sensação do paraíso. Um corpo forte e suado sobre o seu, que sussurra, por vezes, coisas indecentes e carícias dolorosas oferecidas. Itadori com certeza era O homem, mas tinha de se conter, já bastava o que fizera para o levar ao seu abate.

Yuji Itadori

Céus! Eu sabia que brasileiras tinham uma boa fama, mas não imaginava o tanto. Ela era perfeita da cabeça aos pés, era impossível poder conter uma ereção assim que lembrasse do corpo dela sob meu domínio ou os seus gemidos. A única coisa a qual lamento, é ela parecer não lembrar o que fizemos e até estar envergonhada.

Eu compreendo a razão dela estar constrangida, já que, sim, ela dormiu com um completo estranho, mas eu faria questão de mudar. Pensando nisso, eu a vi saindo do banheiro tapando suas partes com as pequenas mãos, eu ri. Ela se mostrou envergonhada e me repreendeu na hora assim que agarrou a toalha que havia esquecido de levar. Eu tinha de admitir, ela era linda, não importa como, ela simplesmente era. Eu já estava pronto, mas tinha vontade de me livrar das roupas assim que a vi, meus pés foram até a mesma, estava rente a ela que parecia tremer, foi quando notei sua pele fria ao tocar sua face.

Yuji: Banho gelado?— Eu queria rir, mas contive.

S/n: Eu não sei usar o chuveiro daqui...

O que tinha de graciosa, tinha de boba.

Yuji: Vamos sair, te dou 20 minutos.— Beijando rapidamente seus lábios frios, eu a vi fazer uma careta, ela certamente estranhou, mas não parecia com alguém que negaria.

Me retirei de seu quarto pronto para esperar no carro.

E por falar em carro...

Yuji: MEU CARRO!

Corri como nunca, desesperado a procura do bendito carro. Quando cheguei não encontrei nada, o que eu mais temia me aconteceu.

Yuji: Porcaria...— Minha mão coçou minha cabeça enquanto eu pensava em algo, mas o quê? A uma altura dessas, já devem ter desmontado e vendido as peças.

— Oh, moleque! — Uma voz arranhada e que aparentava ser de um homem de idade gritava por alguém, eu olhei por consequência e parecia ser comigo que um velho senhor chamava. Ele vinha a mim balançando em seu dedo uma chave com uma expressão que eu não sabia deduzir ser uma carranca ou sua cara normal.— Guardei pra você, deixei no lugar adequado de se estacionar.— Disse jogando o pequeno pedaço de metal e plástico em minhas mãos.— Tente pensar direito com a cabeça de cima antes de usar a de baixo para não acontecer de novo.

Yuji: Como?

Foi então que me lembrei da câmera que havia no elevador, quer dizer, em praticamente todo o hotel.


Se eu me envergonhei? Pff! Imagina.

Yuji: Muito obrigado, senhor.— Curvei-me em agradecimento.

— Tch, japoneses.— O mesmo saiu dalí resmungando coisas que até então não entendi, mas deixei para lá e fui buscar meu carro.


Eu de imediato trouxe a porta do hotel e esperei até o momento uma bela senhorita a cruzasse para vir ao meu encontro. Eu não cansaria tão cedo de admira-la.



S/n: Pra onde?— A mesma entrou no carro me dando um beijo logo de cara. Parece ter perdido um pouco de vergonha.

Yuji: Eu não sei, vamos apenas passear e quem sabe parar em algum lugar para o café?

S/n: Me parece uma boa pedida!— Seu sorriso reluziu um calor sem igual em meu coração assim que o mostrou.

Yuji: Eu sei disso, senhorita.— Me mostrei convencido, arrancando um revirar de olhos da mesma vindo em seguida de um abraço lateral por ela dado.

S/n: Tô começando a gostar desse nome, se eu sou a  sua "senhorita", você é meu "jovem cavalheiro"?

Sua face brincalhona, porém provocadora, era uma das razões pela qual estou me encatando.





Me senti tentado e me deixei fisgar por aqueles lábios que se curvavam em um sorriso devastador. Eu sei que foi repentino, mas acho que ninguém entenderia. Eu pude mais uma vez sentir o gosto daquela boca, desta vez com o leve sabor do creme dental que ainda era presente. Meu dedo escorregou por um dos botões que subiam os vidros dianteiros do carro e comecei a toma-la alí mesmo, eu dava graças por ela ainda não ter posto o cinto, e, com certa dificuldade, eu consegui trazê-la para meu colo e a encaixar perfeitamente, assim dando continuidade ao que fazíamos. Não era hora e nem momento, porém era mais forte que eu; eu sentia o sangue ferver e pulsar para aquela região aos poucos, se não parassemos, era um caminho sem volta e ela não parecia querer criar algum tipo de resistência, já que se esfregava contra mim. Minhas mãos adquiriram o vício de puxar aqueles cabelos e trazê-la mais firme à mim, era satisfatória a ver suspirando e procurando por mais.

Estava bom até o ponto de escutar batidas no vidro ao meu lado. De imediato eu a coloquei em seu lugar vendo a mesma ajeitar seu cabelo levemente bagunçado enquanto respirava fundo e tratava de colocar o cinto. E abrindo a janela, eu vi aquele mesmo senhor que me entregou a chave do meu carro.

— Não pode ficar estacionado por muito tempo aqui na frente.— Me repreendendo, eu vi seu olhar mudar o foco direto para S/n que parecia engolir em seco.— E sejam mais descentes.— Foi a última coisa que disse antes de, mais uma vez, sair resmungando.

S/n: Yuji?

Yuji: É melhor abafarmos o caso.— Dizendo isso, me apressei em ligar a chave na ignição e dar partida.











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⏰ Última atualização: Jul 14, 2022 ⏰

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Señorita - Imagine Yuji Itadori - Jujutsu KaisenOnde histórias criam vida. Descubra agora