Notas da autora:
CHEGAY! Não, ainda não é atualização de Wandering Hands, massssss, é uma pequena (na verdade grande akdjska) oneshot para vocês!
Espero que gostem do enredo e da escrita, e se divirtam, se emocionem ou experienciem qualquer outro sentimento bom!
Seeee, e somente se tiver muitos comentários por aqui, eu faço uma segunda parte, se vocês quiserem. Confesso que ela já tem o enredo pronto, então façam acontecer! Irei responder todos eles.
Muito amor,
Lia 💜💜💜Boa leitura! ;)
࿐
— Nós devíamos nos divorciar.
O quarto mais ou menos espaçoso parecia agora ser um cubículo, todas as paredes estavam se fechando ao redor do mundo de Louis. Aquelas palavras o sufocou.
Eles estavam lado a lado no final da cama, em meio a mais uma discussão sobre o mesmo assunto qual estavam brigando a meses a fio. Mas naquele segundo, ambos sentiram que era o fim.
O de olhos azuis se levantou, sem reação. Seu semblante era pasmo, e nas íris assustadas havia não somente pavor, mas lágrimas presas pela sua confusão. Ele não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo, e tentava incessantemente se convencer de que era um pesadelo.
— O que foi que você disse? — perguntou baixo, encarando o móvel de mogno a sua frente, onde ficavam as roupinhas ainda grandes demais para servir em Darcy.
Harry soprou todo o ar de seu corpo para fora. Ele sentia seu estômago revirar. Havia doído demais dizer aquilo uma vez, e não queria sentir aquela angústia novamente.
— Não me faça repetir... — murmurou, apoiando sua testa nas mãos.
Louis se virou de forma estática. Ele se controlava tanto para não desmoronar, para não gritar, para não chorar todas as suas lágrimas e perguntar ao outro porque estava fazendo aquilo de uma forma nenhum pouco pacífica.
O apartamento era um inteiro silêncio, como se não houvesse ninguém no mundo senão eles. E aquele mundo agora era solitário e errático demais, tudo que nenhum dos dois queria que fosse.
Harry esperava uma resposta sem encara-lo. Ele sabia que doeria se o fizesse, mas o seu silêncio o irritava tanto, como se ele aceitasse, como se estivesse pensando sobre o assunto, divagando os pontos positivos e negativos sobre aquela ação conjunta que faria com que aquele conjunto deturpado não existisse mais.
— Porque você não diz nada??? — bateu as mãos no colo.
E então o silêncio se foi.
— Porque eu não quero me divorciar de você, Harry! Porra! — gritou de repente, agitando os braços antes de enterra-los no próprio rosto.
Os olhos verdes se fixaram, assustados, no homem a sua frente, aquele que sempre fora brando e delicado demais para proferir um palavrão sequer desde que se conheceram, há 7 anos atrás. Mas por alguma razão, justo naquelas palavras que ele quisera tanto ouvir, não conseguia distinguir a verdade.
Tudo que Louis desejava era se esconder, tentando inutilmente fazê-lo com os braços, os arrastando pela sua face, pelo seu peito e abdômen enquanto se encolhia no lugar, absorto no próprio pânico.
Harry sentiu seu corpo se contorcer em dor. Não era exatamente física, como as que sentia após uma semana intensiva de treinos e competições, mas ardia seus músculos como se fosse, queimava o fundo de sua alma.

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How We Used To Be
Roman d'amourTudo desaba quando Louis ouve aquelas palavras saindo da boca de Harry. A ideia de que ele gostaria de se divorciar dele jamais havia sequer passado pela sua cabeça, mas de repente se tornou tudo que ele pensava. Solitários foi como eles se sentira...