Gustavo ON
Assim que saio do hospital entro no meu carro e começo a dirigir até a empresa da minha família, durante o caminho vou pensando no estado de saúde do meu sobrinho e involuntariamente deixo algumas lágrimas escaparem, Nicolás é uma criança tão pequena que tem uma vida inteira pela frente e só de pensar que essa doença pode mata-lo já sinto uma dor imensa em meu coração.
Sei que o conheci hoje, que ainda não tivemos nenhum momento entre tio e sobrinho, mais eu já amo tanto Nicolas quanto a Nicole, afinal os dois são filhos do meu único irmão, eles têm o sangue da minha família em suas veias e o que eu puder fazer para ajudar meu pequeno sobrinho a se recuperar vou fazer.
Quando meu pai separou meu irmão de Mariana, ele me disse que Otavio estava fazendo aquilo para chamar atenção e eu acreditei, afinal desde que eramos crianças papai sempre colocou seu trabalho em primeiro lugar, ele quase não ficava em casa e sinceramente meu irmão por ser mais novo sofria mais com sua ausência, até porque o mesmo sempre se culpou pela nossa mãe ter ficado gravemente doente após seu nascimento, maus felizmente da primeira vez mamãe consegui se curar mas não teve a mesma sorte anos depois quando a doença retornou.
Sei que meu irmão não tem culpa pelo o que acontece com mamãe, mais ele sempre se sentiu culpado com isso e desde pequeno sempre achou que nosso pai não gostava dele por conta disso, o que é um absurdo pois sei que papai nos ama igualmente, ele só não sabe demonstrar seus sentimentos.
Assim que percebi que meu irmão realmente amava aquela moça até pedi para papai para voltarmos a morar na cidade em que fui criado, mais ele disse era tarde de mais pois a cede da empresa já tinha sido transferida e que Marina não estava mais morando lá. Os anos fora se passando e eu não aguentava mais ver meu irmão sofrendo, então sugeria para ela contratar um detetive para encontrar minha cunhada, mais eu jamais pensei que nosso pai poderia ser tão cruel ao ponto de pegar para o detetive esconder Marina e as crianças.
Depois de alguns minutos dirigindo chego na empresa, então estaciono meu carro e caminho até o elevador, em seguida entro no mesmo e aperto o botão do último andar. Assim que as portas do elevador se abrem caminho até minha sala que fica ao lado da do meu pai e começo a trabalhar.
Fico trabalhando o restante do dia que nem vejo a hora passar, também percebo que hoje não vi meu pai na empresa, o que é estranho pois papai nunca perdeu um dia de trabalho e sempre colocou a empresa acima de tudo. Ainda achando tudo muito estranho ligo para a secretaria do meu pai e ela me confirma que ele realmente não veio para empresa hoje.
Assim que termino de falar com a moça a dispenso, pois vou dar o dia como encerrado e como papai não está não tem porque a moça ficar trabalhando, em seguida pego minhas coisas e saio da minhas sala, em seguida dispenso minha secretaria e vou até o elevador, então entro no mesmo e aperto o botão da garagem e logo chego na mesma.
Vou até meu carro e entro no mesmo, em seguida começo a dirigir até em casa e depois de alguns minutos chego, então estaciono meu carro e entro percebendo que a casa está mais silenciosa que o normal, então pergunto para uma das funcionárias da casa onde está meu pai e a mesma fala que ele passou o dia todo trancado no escritório, ela também fala que hoje ele nem quis comer nada.
Agradeço a mulher e caminho até o escritório, assim que chego no local bato na porta e espero alguns minutos mais papai não fala nada se posso entrar, então bato novamente e a mesma coisa acontece, o que me deixa preocupado então abro a porta e vejo papai em pé olhando para a janela enquanto segura um copo de whisky.
Gustavo: pai o senhor está bem? - pergunto o olhando
Pai: você falou com seu irmão hoje? - pergunta sem me olhar
Gustavo: sim, hoje fui no hospital ver meu sobrinho - falo sincero
Pai: você o viu, como ele está? - pergunta se virando para mim e percebo que ele andou chorando o que me surpreendeu, pois nunca em toda minha vida vi papai chorando
Gustavo: sim conheci mais dois sobrinhos hoje, Nicolas está ficando cada vez mais fraco por conta da doença, sem falar que o tratamento é um pouco doloroso ainda mais para uma criança de cinco anos - falo sincero
Pai: meu neto está assim por minha culpa, eu sou um monstro - fala apertando o copo que quebra voando por todo escritório
Gustavo: pai a culpa não é sua, não tinha como o senhor saber que meu sobrinho iria adoecer - falo sincero, pois por mais que ele tenha errado não tinha como ele prever essa tragédia
Pai: claro que é minha culpa filho, Deus está usando Nicolas para me castigar - fala corando - eu deveria estar doente e não ele
Gustavo: papai se acalma, tenho certeza que logo Nicolas estará melhor - falo sincero
Pai: como meus netos são? - pergunta com lágrimas nos olhos
Gustavo: bom a Nicole é uma garotinha encantadora e ela é tão pequena, parece uma princesinha - falo sincero - ela é loirinha igual Marina e seus olhos são azuis
Pai: a mãe de vocês tinha olhos azuis mais lindo que já vi, será que são iguais aos dela? - pergunta dando um meio sorriso - e o Nicolas como ele é
Gustavo: ele é um garotinho muito forte, mesmo estando doente continua sorrindo e isso me dá ainda mais certeza de que logo ele vai sair dessa - falo sincero - fisicamente Nicolas é um pouco maior que a irmã, seus cabelos também são loiros e seus olhos são azuis iguais ao da irmã
Pai: eles perecem ser crianças incriveis - fala dando um meio sorriso
Gustavo: eles são sim, Marina os educou muito bem - falo sincero - aqui papai eu tirei essas fotos deles - entrego meu celular para ele
Pai: eles são lindos - fala com lágrimas nos olhos - queria tanto poder conhecer meus netos
Gustavo: porque o senhor não vai amanhã no hospital pai? - pergunto o olhando
Pai: filho o seu irmão me odeia, ele jamais me permitiria ver as crianças - fala com tristeza - mais eu entendo e acho até que ele está certo
Gustavo: pai o Otávio não te odeia, ele só está com raiva, mais isso vai passar e o senhor vai curtir muito os seus netos - falo sincero
Pai: Deus te ouça filho, mais mesmo assim acho que seu irmão não vai me deixar ver as crianças se eu for no hospital - fala triste
Gustavo: vai amanhã lá e fale com a Marina, tenho certeza que ela vai te deixar ver as crianças - falo sincero
Pai: ela deve me odiar ainda maus que seu irmão filho, eu praticamente destrui a vida daquela menina - fala sincero
Gustavo: pai Marina é uma mulher muito generosa, amanhã vá até o hospital que irá se surpreender - falo sincero
Pai: eu vou pensar filho, não quero atrapalhar mais a vida do seu irmão, acho que já fiz muito isso - fala sincero
Gustavo: pense bem pai, mais ainda acho que o senhor deveria ir no hospital - falo sincero - mais agora vou subir tomar um banho, já que desço para jantamos pai
Pai: ok filho - fala se sentando em sua cadeira
Depois de falar com papai subo até meu quarto e assim que entro no mesmo vou até o banheiro, alguns minutos depois eu já estava pronto para o jantar, então desci e fui até o escritório chamar papai e depois fomos juntos até a sala de jantar, assim que chegamos no cômodo nos sentamos e logo em seguida comecei a comer, enquanto meu pai apenas remechia em sua comida e sinceramente estou com pena dele, mais o que posso fazer, foi ele quem fez as escolhas erradas e agora terá que conviver com esse peso em sua consciência.
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O reencontro
RomanceMarina Miller uma jovem de 24 anos, formada em advocacia e mãe de um casal de gemeos de 5 anos por quem ela faz de tudo para ver feliz. Otávio Foster um jovem de 26 anos, formado em medicina trabalha no maior hospital da cidade de Chicago.