capítulo 8

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Jorge ON

Assim que meu filho sai de casa fico olhando para a porta por onde ele passou e pensando no que foi que eu fiz, durante todo esse tempo que se passou na pensei nas consequências dos meus atos, pois desde sempre minha família é rival dos Miller, eu estava dominando pelo ódio e achei que estava fazendo certo em afastar meu filho daquela garota, mais agora que sei que tenho dois netos que viveram longe de mim, sem a presença do pai por quase seis anos me sinto muito culpado pelos meus atos.

Estou me sentindo ainda mais culpado por saber que meu neto está com uma doença grave que pode até mata-lo e tudo isso por minha culpa, pois Deus deve estar me culpando pela maldade que cometi quando separei Otávio da mulher que ele ama, eu até comprei o detetive que meu filho contratou para que não encontrasse Marina, mais juro que não sabia que ela tinha tido um casal de gêmeos que são meus netos.

Quando falei com o detetive não quis nem saber o que o mesmo tinha descobrido sobre a moça, pois não me importava com nada que tivesse aver com ela, eu só pedi para ele não contar nada do que descobrisse para meu filho, ou melhor para ele nem procurar por ele e ir enrolando meu filho, em troca eu depositária uma boa quantia em sua conta todos os messes até que Otávio desistisse de encontra-la, e foi isso que aconteceu até hoje.

Quando Otávio entrou bravo aqui pensei que fosse mais um dos surtos de raiva do meu filho, pois desde que viemos para Chicago não tenho uma boa relação com meu filho mais novo, ele sempre me culpou por estar longe da mulher que ama. Otávio só aceitou vir comigo pois ameacei destruir a vida de Marina e naquela época minha falecida esposa estava doente, caso contrário meu filho teria ficado com aquela moça mesmo eu o deserdando.

Eu realmente achei que Otávio só dizia gostar da moça para me provocar e qua era apenas um namorico de adolescentes, mais agora vejo que os dois se amam de verdade e que por minha culpa meu filho perdeu os primeiros anos dos meus netos, que eu perdi a chance ter duas lindas crianças me chamando de vovô, e pior ainda posso perder meu netinho para sempre sem nem ao menos o conhecer.

Sei que vai ser difícil para Otávio me perdoar, mais irei fazer o possível e o impossível para ter seu perdão, também quero muito que Marina me perdoe para podermos esquecer o passado e sermos uma feliz assim que meu neto se recuperar.

Gustavo: dessa vez o senhor pegou passado - fala me olhando sério

Jorge: eu sei, mais eu realmente não sabia sobre as crianças - falo sincero

Gustavo: eu sempre disse que achei errado você ter separado meu irmão da namorada, mais pagar para o detetive esconder ela foi demais até para o senhor - fala sério

Jorge: eu achei que estava fazendo a coisa certa - falo o olhando

Gustavo: coisa certa, você fez seu filho sofrer por anos, deixou seus netos sem um pai você acha isso certo - fala me olhando sério

Jorge: mais eu achei que...- me corta

Gustavo: você não achou nada, tenho vergonha de falar que você é meu pai - fala sério

Jorge: filho não diz isso - falo com lágrimas nos olhos

Gustavo: você já parou para pensar em quantas vezes meus sobrinhos passaram o dias dos pais sozinhos, em quantas vezes eles não participará das festinhas na escola porque não tinha um pai - fala sério e a culpa me consome

Jorge: para...por favor para - pesso em meio as lágrimas

Gustavo: você já pensou em quantas vezes essas crianças perguntaram para Marina aonde está o pai deles - fala sério - mais não é só isso não, você já pensou em como foi difícil para Marina ter criado duas crianças sozinha e ainda por cima ter trabalhar

Jorge: eu juro que não sabia sobre as crianças filho - falo sincero

Gustavo: não importa se você sabia ou não, o que importa é que você fez quatro pessoas sofrerem durante seis anos por puro egoísmo - fala sério - a partir de agora darei total apoio a qualquer decisão que meu irmão tomar contra o senhor

Jorge: para com isso por favor, eu já estou me sentindo muito culpado por tudo que está acontecendo - falo sincero

Gustavo: será que está mesmo, pois parece que o senhor não tem coração - fala e caminha para fora da sala

Assim que meu filho sai do cômodo me desmancho em lágrimas de dor, tristeza, arrependimento e culpa, tanto é que acho que jamais conseguirei me perdoar por tudo que fiz e se alguma coisa acontecer com meu neto não irei suportar, pois ele é tão novo e ainda tem muito o que viver, sem falar que Deus só permitiu que ele ficasse doente para me culpa por toda maldade que cometi.

Depois de ter chorado bastante subo para meu quarto e visto meu pijama, em seguida vou até minha cama e fico pensando em como as coisas teriam sido se não fosse o meu egoísmo em separar Otávio de Marina. Acho que se eu não tivesse tomado essa decisão idiota, agora eu teria duas crianças lindas me chamando de vovô, eu também teria o amor de meu filho, fico pensando mais um pouco e logo acabo dormindo em meio às lágrimas.

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