Entrada - Parte 1

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Felipa, que está com um pequeno espelho de mão rosa em frente ao rosto para poder se maquiar e para poder usá-lo como desculpa para ficar observando quem chega na escola com os seus olhos felinos, fita Poliana com um olhar feio enquanto passa uma camada de blush no seu rosto já impecável.

- Cara, essa menina me dá nos nervos! Olha como ela se comporta enquanto fala! - Os dois encaram Poliana, que está gesticulando de um modo exagerado ao lado de Luigi e Kessya enquanto fala, parecendo feliz da vida por alguma razão que somente ela sabe. Eric contem um risada sarcástica ao escutar a observação nada coerente da parceira. - Minha nossa! Não há nada de delicado nessa garota, não acha?

Segurando um suspiro, Eric revira os olhos, com preguiça. Não quer discutir mais uma vez com Felipa sobre o quanto é chato para caralho ela continuar com essa implicância desnecessária nem escutar o quanto ela odeia Poliana por motivos que não fazem o menor sentido pela trigésima vez, pois sabe que estaria gastando tanto seu tempo quanto sua energia à toa ao fazer isto. Além disso, o dia mal começou de verdade e iniciá-lo dessa forma, é simplesmente um porre.

Eric nunca soube a razão para Felipa pegar tanto no pé de Poliana, que foi sempre amigável desde o primeiro dia. Nessa época, a ruiva fez de tudo para se aproximar de Felipa assim como dele mesmo, mas desistiu dela com o passar dos dias, pois descobriu que estava tentando forçar algo que não lhe fazia bem. Hoje em dia, as duas apenas se falam somente quando necessário, com Felipa odiando pronunciar cada sílaba toda vez.

- Podemos não falar dela, por favor? - resmunga, remexendo na pequena bolsa de maquiagem que Felipa lhe dera minutos antes. Entrega um batom para garota após um minuto caçando-o. - É esse aqui, né? Senão for, vem procurar você mesmo.  Sem saco pra isso.

A garota pega o batom, lançando um olhar reprovador para Eric.

- A gente faz isso, o quê, quase todo dia, e você não sabe qual é as cores dos batons que eu trago para a escola? - lamenta, abrindo o flasco e passando uma pequena quantidade nos lábios. - Bom, é esse mesmo. A propósito, saudades da época em que nós xingávamos aquela sem noção e o caipira de todos os nomes possíveis.

Com um nó na boca do estômago, Eric estufa o peito, sentindo-se desconfortável ao lembrar de como ele era um babaca assim como ela antigamente.

- Eu não sinto falta disso - fala, deixando a bolsa de lado com firmeza. Estala os dedos das mãos um a um para relaxar.  - E você deveria parar com essa merda também, sabia? O pessoal já está interpretando isso com inveja da tua parte!

Felipa franze a testa, pegando a bolsa e guardando os itens nela aleatoriamente.

- Acha mesmo que eu me importo com o que essa gentinha fala de mim? - tagalera, achando graça e mostrando os dentes perfeitamente alinhados. - Pois, não, não ligo para o que falam de mim. Na real, sempre irão falar mesmo, então tanto faz.

- Pois deveria começar ligar, Felipa! - responde Eric, chateado com a resposta de Felipa. Ele só quer que ela entenda que o que estava fazendo com Poliana é descessário e algo prejudicial tanto para a garota quanto para si. - Sei lá, a Poli é meio doidinha, mas é uma garota bem legal. E pior: basicamente todo mundo gosta dela, então é melhor parar enquanto você tem pessoas com quem conversar, ok?!

Estreitando os olhos, Felipa encara Eric, desconfiada.

- Não sei o que quer dizer falando essas coisas para mim. Por acaso aconteceu alguma coisa que eu não estou sabendo?

Retribuindo o olhar dela, Eric quase deixa escapar que, sim, aconteceu uma coisa entre ele e João, e é por isso que está tão sensível hoje, mas nem fodendo iria contar para Felipa isso, já que ela não sabe dos seus sentimentos pelo caipira e, claro, por saber que aquilo que fizeram na sala de música onte foi uma loucura sem tamanho.

Se alguém tivesse pego os dois se beijando, seria ruim. Apesar disso, o jovem não se arrepende nenhum pouco do que fez. Foi bom ter beijado o caipira e ter comprovado que os seus sentimentos por ele são verdadeiros, mesmo que um pouco confusos. O ruim de tudo é que ele não pode dizer o mesmo sobre os sentimentos de João para consigo.

Como poderia? E, nem se quisesse conseguiria perguntar para João sobre o assunto agora. A vergonha o impede e, além do mais, não sabe se está preparado para chegar nessa parte tão cedo. A única coisa que lhe resta é ficar se indagando sobre o João queria ao fazer aquilo. Foi tão repentino que faz Eric pensar que o que rolou foi apenas um sonho. Mas não foi, não. 

O garoto não sabe o passo que deve dá agora. Esquecer o que rolou é algo impossivel, pois a sensação dos lábios rijos de João nos seus ficará marcado para sempre em seu coração e em sua memória. Talvez deva apenas ficar na sua e deixar as coisas rolarem, igual sempre acontece depois de uma briga com João...

Jogo do Contente (Joric)Onde histórias criam vida. Descubra agora