60 - smile

1.8K 123 113
                                    

(horas antes da festa...)

NY- Urrea house
sábado 10hrs22min

Noah p.o.v

Amarrei o cadarço da chuteira de Dom enquanto ele terminava de beber o leite  com nescau. O grande sorriso estampava seu rostinho pois hoje seria seu primeiro dia na escolinha de futebol, escolha dele e minha mãe ficou encantada na hora.

Sua camiseta azul e o shorts branco de jogar e a chuteira preta. Dei o meu melhor para tentar arrumar os cabelos rebeldes dele está manhã mas mesmo assim ainda ficaram um pouco amassados seus cachos.

Terminei meu café e saímos de casa. Deixei Apolo no veterinário para fazer exames de rotina enquanto ia para a escolinha de futebol. chegamos por volta de dez e cinquenta e começaria onze horas.

Nos aproximamos do campo e tinha um grupo de crianças com o mesmo uniforme.

— vai lá – falei apontando para as crianças

Ele me deu um olhar com medo enquanto encarava as crianças

— e se elas não gostarem de mim?– perguntou incerto roendo as unhas

— então elas serão idiotas – falei bagunçando seus cabelos — se alguma criança ficar implicando com você, você faz isso: Dobre os dedos e feche em um punho e acerte bem no meio do nariz. Entendeu?

— acho que não

Peguei sua pequena mãozinha e a fechei em um soco.

— assim, você dobra o cotovelo para trás para pegar impulso e deixa um pé na frente para lhe dar equilíbrio. Mas se estiver em uma briga nunca bata primeiro, espero o adversário dar o primeiro golpe pois daí os seus golpes serão legítima defesa

— e se a pessoa vier para cima de mim?

— dá um chute no saco – falei dando ombros — mas se ficarem tirando uma com a sua cara, você fala com aquele trouxa ali para me ligar – apontei para o que deve ser o professor deles. Ele usava uma bermuda curta que marcava até as bolas, que vergonha.

— okay – falou e me abaixei abraçando ele antes de sair

— se cuida garoto

Voltei para o carro e na volta passei no veterinário para buscar Apolo, comprei mais um saco de ração e franco no mercado. Em casa, vi Amélia limpando a sala e passei por ela acenando.

Na noite passada, fiquei me encarando no espelho do teto de casa e pensando no que caralhos a minha vida estava se tornando. Desde que aquela loira dos infernos entrou pela porta do escritório, ela não saí da minha cabeça. Depois de Los Angeles, eu não peguei nenhuma mulher, o que me surpreendeu, eu não tinha necessidade de nenhuma outra mulher na minha cama.

E de cortesia ainda tinha sexo bom e tempo de qualidade com aquela loira de vestido justo e saltos scarpin. Maldita seja. Parte de mim fala que apenas estou perto dela pois ela é uma inimiga natural, "amigos por perto e inimigos mais estou ainda". Outra parte, por mais idiota que seja, fala que eu não consigo me afastar, criei uma necessidade da companhia dela, do cheiro, da voz, do corpo dela, era como uma droga e eu estava viciado.

Por isso, está noite eu iria provar para mim mesmo que não possuo quaisquer sentimentos pela srta deinert, nenhum sentimento além do desejo carnal. A festa de Josh seria o momento perfeito para provar isso.

Nunca irei confessar isso em voz alta, mas o fato de saber que sina estará lá e que, se eu desistir dessa ideia de provar que não passamos de algo carnal, iremos fazer um sexo bom com direito a afundar a minha cara em seus seios no final e a ganhar cafuné no cabelo faz um arrepio percorrer as minha veias.

Opostos perante a leiOnde histórias criam vida. Descubra agora