Não é como se eu estivesse fugindo.
Não sou uma covarde.
Mas as vezes eu viro as costas e corro pra longe.
Finjo que não escuto os gritos e vou aonde meus pés me permitem ir.
Com os pulmões a falhar e o corpo a doer, eu me escondo e choro baixinho.
No escuro. Onde ninguém pode me achar de verdade. Onde minhas fraquezas não estão a vista.
Depois eu me levanto, e finjo que as coisas são fáceis.
Cerro os dentes e os punhos, e me faço forte novamente.
Me faço mulher o suficiente pra aguentar mais uma vez.•Tay Marcon
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Até o último suspiro
Poetry"Tudo não passa de um gatilho. Uma válvula de escape. Em algum momento você se perde, e torce para que não seja totalmente verdade o que está por vir... A verdade é que ninguém quer morrer, queremos apenas afogar a dor em um bom copo de uísque. Mas...