7 - Sereia

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Alguns dias se passaram desde que Lauren havia ido a casa de seu pai e tido aquela divertida tarde com sua irmã e a intrigante e instigante noite a companhia de sua madrasta.

Tanto trabalho a sobrecarregava a um ponto que não havia tido tempo para quase nada nos últimos dias.

Ia se encontrar aquela noite com Lucy, também não via a mulher a algum tempo. Sendo bem específica, desde o dia em que a deixou na mão sem mais nem menos.

- Sinceramente eu não entendo toda essa demora dos acionistas do governo em entrarem em contato com a gente, vou morrer de ansiedade por causa desse projeto. - Exclamou uma Vero que olhava freneticamente para o telefone do escritório e checava os emails a todo instante.

- Calma, Vero, eles vão entrar em contato. Você precisa ser mais otimista. - Disse Lauren tranquila digitando umas coisas em seu próprio computador.

- Para você é facil falar, é só aquele ser que você chama de pai bater as botas que sua vida estará resolvida.

- Você é tão fofa, Vero. - Disse Lauren em tom de ironia. - Eu não sei, não garanto que vá herdar muito. Você sabe o quanto meu pai me odeia. Creio que deva deixar tudo para Camila e Taylor. E sendo sincera eu nem me importo. Eu sei que tenho capacidade de crescer as minhas custas. 

- Eu te admiro, branquela, serio. E seu pai não te odeia. Inclusive posso garantir que, ainda que não admita, lá no fundo ele se orgulha de você.

- Ai ai Vero, vamos trabalhar que assim ganhamos mais!

Passado um tempo em que ambas estiveram imersas em seus proprios mundos, Vero decide romper o silêncio.

- Como ficou seu lance com a advogada afinal?

- Lucy?

- Sim, gasparzinho, ou por acaso ja tem outra advogada no jogo. Meu Deus, garota, daqui a pouco você vai estar montando uma junta juridica. 

Lauren riu de mais aquela tirada de Vero, era impossivel não rir com a garota.

- Não, não tem outra advogada no meio. No momento só Lucy mesmo e isso já tem me dado trabalho. Acredita que desde aquele dia ela está puta comigo?

- Mas pow, o que você queria? Deixou a mulher na mão assim sem mais nem menos. Agora aguente. Sorte a sua que ela não sabe da parte de você ter passado a noite bebendo e conversando com sua madrasta gostosa. 

- Vero!

- Que foi? Menti por acaso? Ai por favor, né Lauren? - disse vero em tom de deboche.

- Ok, Camila é uma mulher notavel. - tentou ser cordial.

- "mulher notavel"? Meu Deus, Jauregui, e esse linguajar agora? - disse Vero se abrindo em risadas.

- O que você espera que eu diga?! Ela é mulher do meu pai, mãe da minha irmã!

- Mas não é sua mãe. E por favor, também não como se ela fosse uma senhora de idade. Duvido que ela tenha muito mais idade que a gente.

- Em realidade ela é três anos mais velha que a gente apenas. Ela conhece a Ally, você acredita? Já foram vizinhas. 

- Nossa, isso torna a coisa toda ainda mais bizarra pro lado do seu pai. Meu Deus, ela tinha idade de ser filha dele, que nojo! 

- Você está sendo preconceituosa. Não é como se ela fosse menor de idade e, sei lá, quando se trata de duas pessoas adultas, não há idade para o amor, sim? 

- Ok, você está certa quanto a isso de não haver esse lance de idade no amor desde que ambos sejam adultos, mas, com todo respeito, eles não parecem partilhar de um amor genuíno. 

minha querida madrastaOnde histórias criam vida. Descubra agora