"Não Oficial"

505 35 67
                                    

S/N ON

É terça feira, bom, eu acho, ainda estou um pouco perdida no tempo. Tony acordou assustado ontem, provavelmente com vergonha de ter dormido comigo na maca, na frente dos meus pais, foi engraçado.

Ele não dormiu essa noite, de novo. Esteve ocupado se preocupando em preparar as coisas pra voltarmos pra casa hoje, estamos animados. Tony está com o médico responsável por mim agora mesmo, mas deve estar quase terminando o assunto que tinha pra resolver com ele. Enquanto isso, minha mãe está me ajudando a me vestir.

Não vou mentir, meu corpo dói por completo, e minha cabeça, bom, não parou de doer por um segundo sequer, desde que eu acordei, a pancada realmente foi forte, e ainda estou sentindo a consequência disso, mas o doutor disse que é normal, e que com o medicamento logo vai parar.

- Acha que o papai vai ficar bravo? - eu pergunto numa voz trêmula por causa da dor em minha cabeça, mas mantendo meu humor intacto, eu estou animada.

- Com o que? - minha mãe pergunta penteando com cuidado meu cabelo.

- Ah, mãe, você sabe... - continuo confusa - Eu e Tony dormimos juntos e...

- É claro que seu pai vai ficar enciumado - ambas rimos - Mas não se preocupe, querida, seu pai sabe, ele precisa entender que você cresceu.

- Tony está apreensivo, mas acho que esses dias com o pai, vão deixá-lo mais seguro - eu sorrio fraco.

- Amor! - a voz de Tony se faz presente no quarto, logo me chamando a atenção - Vocês estão prontas? - ele pergunta sorridente olhando para nós duas.

Tony é com certeza o homem mais protetor que eu já conheci. Os olhos dele estão um pouco avermelhados, pelo que eu soube, ele não se deu ao luxo ser bem cuidado enquanto se ocupava em cuidar de mim. Seu rosto tem olheiras, o cabelo está bagunçado e as vezes, ele me deixa ouvir um de seus resmungos de dor no corpo, mas mesmo assim, mantém um sorriso cansado no rosto, sempre tentando me mostrar que está bem. Enquanto eu estava deitada na maca, não pude ajudá-lo com isso, mas agora, em casa, preciso cuidar do homem que amo, ele não pode mais se sobrecarregar assim.

- Nós estamos, querido - sorrio enquanto minha mãe se afastava do meu cabelo.

- O senhor S/S já levou as malas pro carro, podemos descer - ele sorri se aproximando de mim e me dando um leve beijo na testa - Pode abrir a porta? - o maior pergunta à minha mãe, que pega sua bolsa de ombro e segue em nossa frente, abrindo a porta.

Tony segurou por trás de mim os cabos da cadeira de rodas e me empurrou nela para fora, descendo comigo e minha mãe até o térreo, onde fomos acompanhados por um enfermeiro. Ao chegar no carro, Stark novamente se põe à minha frente, me ajudando a me colocar de pé, enquanto o enfermeiro levava novamente a cadeira de rodas para dentro do hospital.

Com a ajuda do homem, entrei no carro, soltando um suspiro aliviado ao me sentar.

- Happy, por favor, nos leve pra casa - Tony diz se sentando também, depois que meu pai e mãe entraram no carro.

- Certo - o motorista concordou nos levando até lá.

Estou feliz, com dor, porém muito feliz. Finalmente estou voltando para a minha vida normal. Eu sei que não estou literalmente voltando à rotina agora, está cedo demais, mas o simples fato de que vou estar em casa, com o homem que amo, com meus pais, e tendo aconchego, me alivia.

Home  - Tony StarkOnde histórias criam vida. Descubra agora