8. Uma promessa para os ventos

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*P.O.V=Reaper*

Após um tempo do guardião ter saído da Au, decido me despedir e voltar para Reapertale, preciso pensar um pouco no que fazer, óbvio que eu presumia que, por conta de sua curiosidade, Ink em algum momento poderia desconfiar daquela realidade, porém eu nunca sequer cogitei que seria tão rápido, talvez eu devesse observar os passos do artista, não quero que ele saiba mais sobre aquela Au, dar dor de cabeça à Geno não irá melhorar absolutamente nada.

-Reaper! Chegou cedo hoje(exclama vida, com um ar de confusão)

-Ah sim, não tinha muito à fazer hoje

Toriel me parece querer perguntar algo, como se estivesse segurando por um tempo, um silêncio se estala no ambiente calmo de sua confortável casa até que a deusa decide se pronunciar, um frio sobe por minha espinha à partir do momento em que ela inicia a frase, pensando no pior.

-É que nesses dias você está acostumando a chegar em um horário mais tardío, acredito que algo deve ter acontecido na terra para demorar bem mais.

Suspeito dela já ter descoberto, mas não acho uma boa abrir o jogo de cara, mas ela é alguem confiável... Deus, como é difícil mentir

-Sim, eu tinha alguns afazeres esses dias...

-Entendo, creio que tenha haver com o conselho que me pediu um tempo atrás, não?

... Por que tão detalhista, Toriel?

-Não posso negar, mesmo que eu adoraria.

-Então está encontrando com essa pessoa para que possa a entender melhor e com isso deixou para trás a opção de matar-la?

Às vezes eu esqueço que minha melhor amiga tem algum tipo de poder maligno onde sabe exatamente o que todos escondem, merda. Decido não me pronunciar sobre para ver sua reação, Vida apenas me dá um sorriso de canto vitorioso e se levanta de sua poltrona, caminhando até a cozinha, creio que esteja preparando algo para obter informações mais precisas sobre minhas saídas, sinto que se eu não fizer oque ela quer, com certeza irá me encurralar.

Sigo Toriel até a cozinha e vejo a mesma preparando um café e pegando um pote de biscoitos com gotas de chocolate, a mesma se vira para mim segurando as duas xícaras, com uma expressão de curiosidade.

-Reaper, poderia pegar os biscoitos para mim? (Diz a deusa saindo da cozinha com as duas xícaras de café)

Obedeço seu pedido, pegando o grande frasco cheio de biscoitos caseiros, eles tinham um leve cheiro de baunilha e chocolate um tanto amargo, sempre que sinto esse cheiro não consigo resistir em pegar pelo menos um, e assim fiz. Enquanto o trazia para a sala, sinto aquele gosto tão bom quanto o cheiro, uma crocância junto de pequenas gotas de chocolate que antes aparentavam amargas, se torna doce por conta do gosto suave da massa, realmente, Toriel manda muito bem quando o assunto é relembrar a infância de quem nunca sequer teve uma. Apoio o frasco em uma mesa e Vida me entrega uma das xícaras, aguardando minha voz emitir a história de minhas fugas do trabalho mais detalhadamente, me sento em seu oposto e tomo um gole daquele maravilhoso café suavemente amargo.

-Pode começar a contar tudo.(Diz a deusa em protesto por eu não ter aberto minha boca desde o acerto de seu chute contra mim)

-...É uma longa história...

-Pare de arranjar desculpas, fiquei curiosa agora.

-Okay! Antes que você arranque minha cabeça fora.

Relatei absolutamente tudo para Toriel, incluindo o mistério de meu toque não ser efetivo contra Geno, o impedindo de morrer.

-Isso é... Possível?

É Tudo tão confuso...--afterdeath Onde histórias criam vida. Descubra agora