Esperança de uma vida em um novo mundo (reescrita)

Capitulo 8: Violação

A neve caia no lado de fora cobrindo as casas e ruas com um manto branco imaculado, por mais que a paisagem fosse bela a melancolia em seu peito não a permitia ver essa beleza, depois de seu breve momento de felicidade nos braços de Sakura ela sentia uma certa culpa preencher seu peito e quanto mais o tempo passava sem a sua presença o sentimento piorava, a rosada por sua vez estava bem longe e tinha levado hinata como companhia numa convenção científica anual promovida pelo ministério da saúde, dessa vez Sakura foi escolhida como co-representante do seu setor e Hinata a acompanhava, porque bem, ela era o tema da convenção que esse ano mostrava os benefícios e malefícios da união humano animal em termos genéticos.
Ino havia ficado para trás e odiava admitir isso mas sentia a falta da amiga...meio amante meio praticamente irmã de criação, a casa em que moravam era consideravelmente grande ao ponto de deixá-la deprimida por estar sozinha em pleno feriado, ainda mais em um dia de neve, o trio sempre deu jeito de ultrapassar a depressão que vinha com a neve então sempre que estavam livres faziam algo estúpido juntos, qualquer coisa que ameaçasse o seu estado de saúde era válida, como no ano em que decidiram correr por um bosque completamente congelado jogando balões de água quente uns nos outros até a primeira pessoa congelar, acabaram tremendo de frio no chão da cozinha de casa com o forno aberto e ligado para se esquentar, uma idéia quase suicida mas na hora pareceu como um tipo de fogueira.
Ah isso sim era diversão, mas desta vez estava sozinha para lidar com tudo do ano de merda que teve, se aconchegou no sofá procurando por algo para assistir na TV que trouxesse o alivio desejado para fazer o café descer, sentiu o celular tocar sob as cobertas grossas uma mensagem de Sasuke a convidando para passar um tempo.

- Mas que porra - falou para si mesma - esse cara não se toca

Ela se jogou no sofá num movimento extra-dramático habitual enquanto atendia o telefone, Sasuke era um dos "concorrentes" de Sakura e também cuidava de uma neko resgatada do mesmo lugar e na mesma época, o motivo dela revirar os olhos sempre que ouvia os tons sugestivos na voz dele é que ele tinha sérios problemas em reconhecer a própria sexualidade, por algum motivo ele tremia só de pensarem que ele fosse gay e estava sempre em seu encalço convidando ela uma mulher lésbica para se "divertirem" juntos, e Ino não tinha muita paciência para isso.
O garoto falava como um mocinho de uma história de amor conquistando a garota, era no mínimo constrangedor o ouvir se esforçar tanto, mas da mesma forma como sempre acontecia a solidão falava mais alto e Ino geralmente aceitava ser a garota de sua história de amor falso, resolveu dar uma chance.

- Oi princesa - Ino suspirou fechando os olhos com força - aparece aqui um pouco senti sua falta

- Tô um pouco ocupada talvez mais tarde

- Eu tive um contra tempo e não vou poder comparecer nos primeiros dias de convenção - Ino fez uma careta tentando entender como exatamente aquilo era problema dela e porque ele ligou em plena quinta para falar sobre isso - Enfim, a minha garota ficou chateada por não poder sair hoje e como ela gosta de gente nova eu meio que queria chamar você para gente sair um pouco

- Oque você tem em mente

- Pensei de andarmos no shopping e decidir por lá

Bom isso foi quase um pedido descente, considerando que ele costumava ser mais sugestivo ao telefone e também não estariam sozinhos
Não estava acreditando em como o próprio corpo a traiu no momento em que ouviu a palavra shopping e sentiu o estômago roncar de fome, comeu três biscoitos de água e sal com um copo de café o dia todo e sempre que saiam o cérebro primitivo de hetero top o fazia insistir em manter-se como homem dominante, ou seja, se ela sair com ele vai comer de graça basta ouvir qualquer besteira que queira falar sobre futebol.

- Por mim esta bom, me busca as cinco vou me arrumar - ouviu uma risada um tanto infantil soar no fundo ao que sasuke respondeu com um "para de rir" nada sério - vejo você lá?