Capítulo 6: Perguntas e respostas

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     Mesmo relutante Hina aceitou ir em frente com aquilo, pegou algumas coisas no porta malas entraram na floresta e estenderam um lençol abaixo de uma árvore, ela recebeu um caderno bem grande de sua psicóloga para externar todos os seus sentimentos da forma mais saudável possível, enquanto Sakura brincava de pique-pega com o rottweiler hinata tentou trazer a tona qualquer coisa sobre sua infância que pudesse ajudar, desenhou centenas de figuras sem rosto, emcapusados de jaléco branco sempre atrás de uma figura dominante já muito conhecida pela mídia, O ditador Orochimaru que tinha assumido o poder do Japão ao dar um golpe de estado com o exercito o apoiando, saber que ele guiava experimentos que prometiam híbridos entre humano e animal fez dele um dos caras mais procurados por todo tipo de serviço secreto, o alvoroço por conta do ditador foi tamanho que continentes inteiros juntaram forças para mandarem uma equipe seleta de doutores renomados, a mãe de Sakura foi a primeira a conseguir se infiltrar no circulo fechado dele mas com todas as coisas que ela viu desejava ter negado a proposta de servir seu país. Ele estava em pé diante de uma das suas mais arriscadas criações, um homunculo, uma especies de ser humano em miniatura que caberia dentro de um pote,o feto é cultivado dentro de um ovo com sêmen do "progenitor".

- Ele é lindo não é, eu mesmo o projetei - sua voz era tenebrosa podia deixar desconfortavel qualquer um que o visse daquele jeito 

      Mebuki se afastou tomando dimenção da atrocidade a sua frente do tamanho de uma boneca de pano, apesar da forma madura do corpo ele era enrugado como o de um recém nascido, a proposta afirmava que haviam novos super-soldados capazes de invadir qualquer base sem ao menos serem percebidos mas quem imaginaria que isso era o tal ser divino de que tantos falavam. Ela abriu e fechou a boca na tentativa de que as palavras simplesmente tomassem forma em retribuição, talvez, orochimaru abriu um sorriso genuíno como um pai orgulhoso de um filho, a moça saiu de la passos largos ouvindo os risos abafados do cientista procurando um lugar para vomitar o seu almoço, ela tinha certeza de ter o visto piscar através do vidro. Hinata estava com ela aquela noite, segurando firme em sua mão olhando para todos os cantos do laboratório, ela lembrava de tudo é qualquer coisa que tivesse visto mas aparentemente ela ainda tinha que encontrar uma forma de acessar essas memórias, desenhou uma figura fardada diante do vidro com um mini humano dentro mas isso foi tudo oque conseguiu fazer, A garota tirou os olhos do seu caderno e encontrou Sakura tomando sol de barriga para cima com a bola de pelos gigante, não pode evitar coçar garganta em desaprovação, ver a mulher deitada daquele jeito na grama a fez lembrar do que tinha visto na Internet, afinal oque significa "eu sou mas é complicado" ela era gay ou não, hinata estava muito curiosa sobre o assunto afinal de contas ser gay é crime porque ela seria burra o suficiente para dizer que era na Internet ela não tinha medo de morrer por conta disso.

– SAKURA – Gritou correndo até a mulher no chão

– Oi - o cachorro se animou com a presença de um humano com calda de gato e correu para tentar morde-la enquanto sakura Gritou um comando para que ele para-se de latir

– Eu queria saber oque você é

– Oque eu sou?? Acho que eu sou bi

– Porque? Alguém abusou de você ou coisa do tipo – Hinata pareceu visivelmente confusa com a afirmação de Sakura e a rosada estava absolutamente constrangida com sua afirmação

– Não, eu só gosto de homens e mulheres, porque você acharia isso

– Não existe outro motivo para você ser gay a não ser que alguém tenha feito algo, ninguém nunca te ensinou que era errado?

– Hinata, não é errado, não existe motivo para ser, vem vamos sentar no lençol e comer alguma coisa tá

    
    Depois do desse pequeno questionário sobre sexualidade que hinata fez para sakura o clima do passeio mudou drasticamente a partir dali, era como tentar conversar através de um bloco de gelo gigante e todo o seu progresso até o momento pareceu perdido, por um lado não era possivel culpar hinata por aquilo, imagine ser criada como uma máquina para obedecer ordens o tempo todo enxergando qualquer questionamento como errado ou perigoso, a garota foi ensinada a viver em um padrão pois garotas são isso e garotos aquilo então bater de frente com a própria sexualidade de forma tão bruta foi insurdecedor. Ela nunca tinha parado para pensar além do que lê foi ensinado então viver como sakura vive simplesmente não parece natura. Quando foi deixada sozinha em casa por um dia inteiro com acesso a internet hinata recebeu informação demais por um dia e vamos dizer que quando você é criada em um mundo tão conservador que não existe a possibilidade de questionar, fica difícil processar como aquilo que sempre foi errado pode ser certo de algum modo, Sakura percebeu que aquele pequeno bate boca a fez ficar estranha então resolveu se esforçar um pouco mais para quebrar o gelo, ela esperou até hinata terminar de comer e tocou na sua calda quando ela se levantou.

Esperança de uma vida em um novo mundo (reescrita) Onde histórias criam vida. Descubra agora