Entre deuses e mortais

Uma ajuda inesperada

Após nossa luta Órion, Ananda nos guia pelo submundo, mas esta parte parece desconhecida por todos nós, nesse momento sinto saudades da Gio, ela saberia para onde deveríamos ir, mas ainda assim, continuamos correndo, quando ouço a Lu gritar

-Pessoal, ouviram isso?

-Isso o que Lu? Tudo o que estou ouvindo são os nossos passos e esse rio.

-Sim um rio, agora qual dos rios?

Essa pergunta continua a percorrer nossas mentes mas decidimos que o melhor a fazer é seguir o curso do rio, afinal, esse é o mais perto que nós chegaremos de um caminho, nossa viagem seguia tranquila quando ouvimos ao longe um latido.

-Cuidado Cérbero! - Ouço Davi gritar

-Cabeça de chumbo derretido, Cérbero guarda os portões, ele deve estar bem longe daqui.

Isabela, acho que ao invés de tentar ser a sabe tudo, você deveria nos dizer, o que fazer...Pouco depois, ouço um som um mais alto, em grego antigo, em tom de ordem, como se um homem estivesse chamando por seu cachorro, claro! Como não pensamos nisso.

-Pessoal, as armas, teremos sérios problemas.

-Que tipo de problemas?

Nesse momento, um enorme cão de caça pula sobre nós, abanando o rabo e com a língua pra fora, como se estivesse brincando de pique pega conosco, atrás dele, vemos uma pessoa incrivelmente alta, com um porrete na mão e um arco às costas.

-acho que teremos um problema - diz Daniel

-Ás armas! - Débora grita - formação

-Preparem-se para o combate! E lembrem-se este pode ser o maior desafio de nossas vidas.

Órion para e sorri então assobia, um som agudo e estridente que faz nossos ouvidos quererem explodir. Então o Cão volta abanando o rabo e uma expressão alegre, como se estivesse muito satisfeito consigo mesmo.

-Bom garoto - sua voz é altiva e grave - você os encontrou e merece sua recompensa. - nesse momento vejo Débora e Ananda apertarem as empunhaduras de suas armas; e tira um pedaço de carne da cintura e joga ao cachorro.

Ele levanta sua enorme perna e tenta simplesmente pisar em nós mas Tainá é mais rápida e lança um corrente de ar frio que congela o pé do monstro. Davi imbecilmente entra em "combustão" e descongela nosso adversário. Dito isso parto em direção a Órion quando sou bruscamente interrompido pelo cachorro que rosna e olha pra mim com um ameaça clara no rosto, Órion em um rápido movimento agita seu porrete e derruba Débora, Isabela e Ananda, mal ele sabia o erro que cometera, Débora simplesmente se levanta e parte em sua direção com Isabela logo atrás, seus olhos brilham em um intenso e assustador vermelho, Débora agita sua espada e surge um rasgo no torso do caçador, nesse momento Ananda convoca um exército de mortos vivos, literalmente um exército, nazistas, confederados, samurais, espartanos, romanos índios, bandeirantes, oficiais da FAB e vários outros que atiram freneticamente contra o Gigante

- isso é tudo que vocês têm?? Por favor sou o Gigante oposto a Ártemis e Apolo, posso brincar disso o dia todo.

Nesse momento eis que vejo algo inesperado, Letícia e Thainá se aproximam determinadas da criatura, Thai emana uma luz fria como se fosse congelar o Amazonas, Letícia está em seus estado sonâmbulo, será que ela tem plana consciência do que vai fazer, então um ruído chama minha atenção e vejo Lu caída no chão com suas costelas visivelmente quebradas e nesse momento sou simplesmente atacado pelo cachorro que corre rosnando em minha direção... - Ah como os deuses menores estavam enganados, vocês n tem a menor chance de vencer meu mestre... - nesse momento ouço um baque seco e vejo o corpo de Órion caído no chão e Reparo em Letícia de seu corpo emana uma névoa parecida com a qual seu pai chegou chegou ao acampamento -Thaina, por favor seja rápida n sei mais quanto tempo posso aguentar - tudo passa muito rápido, o Maldito cachorro pula por cima da Lu e simplesmente devora Letícia, como se ela fosse uma simples peças de carne, Thai leva alguns segundos para se recompor e começa a congelar o corpo do gigante, mas infelizmente n fora rápida o bastante e ele começa a despertar. Então uma densa cortina de fumaça obscurece nossa visão e em alguns segundos a mesma se dissipa e vejo um homem pálido, com uma tradicional toga grega e algo parecido com um remo nas mãos, de seu "remo" emana uma luz negra que faz meus ossos gelarem, mas o mais impressionante, é que Órion mesmo quase congelando e levanta e foge, nesse momento vou até a Lu, e observo seus ferimentos, são piores do que imaginava, além de costelas quebradas, tem vários cortes pelo corpo e parte de sua orelha se fora, mas isso nem de longe é o pior, Letícia, minha colega de sala, chegara ao acampamento apenas alguns duas antes do meu retorno, e fora nessa missão pelo próprio pai, ela estava sob minha responsabilidade, como pude deixar que isso acontecesse? Como pude permitir que elas tentassem algo tão imprudente? Sinto as lágrimas tomarem meu rosto e me afasto de todos quando sinto uma mão leva tocar meu ombro, vejo a preocupação no rosto da Ananda, mas ao mesmo tempo, vejo um sorriso.

-Ela ainda está viva, sua alma n está mais presa ao seu corpo mas ela ainda está viva.

-Mas como? Eu a vi ser devorada...

- Está acontecendo... - Olho para nosso salvador, eu estava enganado quanto a sua aparência, sua pele não é pálida, é cadavérica, como se estivesse morto a anos - Como isso foi acontecer?

- Do que você está falando e mais importante quem é você?

- Garoto, você tem sorte de eu precisar de você do contrário já estaria morto! - nesse momento ele olha para Ananda - filha como você cresceu, isso só pode ser ironia do destino, eu sou roubado e ele envia minha própria filha para me ajudar. Mas agora uma pergunta, como você foi parar no chalé de Hades? Eu ponho um barco e uma caveira sobre sua cabeça e eles dizem que você é filha de Hades?

-Perdão pai, mas quem é o senhor?

-Ora não me reconhece? Ah! Claro que não vocês vivos nunca me viram, e principalmente nunca me viram dessa forma, muito prazer, sou Caronte, o deus da travessia.