"Até todos os planos e expectativas irem por água abaixo junto com minha alegria, a música encerrou, pessoas estavam em desespero, minha mãe correu até eles e eu continuei estática não acreditando na cena á minha frente."
Enquanto eu e minha mãe conversávamos, Rach e Dylan estavam brincando próximos a faixa de metrô, quando de repente um metrô veio em alta velocidade e os levou junto a eles os arremessando longe.
Eu estava perplexa com tudo e tentando assimilar se aqueles eram realmente as pessoas que eu amo. Apenas saio de meus devaneios com a voz de minha mãe desesperada pedindo para que chamassem um médico.
Corro até eles e vejo meus irmãos cobertos de sangue, minha irmã parecia ter parado de respirar, estava inconsciente, mas ainda estava viva de acordo com seu pulso, já meu irmão tinha um ferimento grave na cabeça e também estava inconsciente.
Alguma pessoa vendo a situação conseguiu chamar médicos e eles vieram em cerca de 25 minutos, rapidamente colocando meus irmãos na maca.
Eu apenas sabia chorar, por que tinha que ser tão injusto? por que com eles? Nós apenas queríamos ter um dia animado, nós não fizemos mal para ninguém, por que isso teve que acontecer conosco?
Olho para minha mãe e a vejo chorando junto a mim, nós tínhamos a mesma torneira nos olhos. A pressão de minha mãe acaba caindo e a única coisa que eu consigo fazer é gritar pelo nome dos médicos que estavam já distante de nós, mas meu grito não emite som, eu não consigo falar. Um homem que estava tentando entender a situação chega perto de mim ao mínimo de eu conseguir dar um sinal com a cabeça para ele chamar os médicos novamente por causa de minha mãe.
- VOLTEM AQUI - o rapaz grita e o agradeço mentalmente por fazer isso por mim.
Os médicos põem minha mãe na ambulância junto e eu pego meu celular com as mãos trêmulas e consigo digitar o número do meu pai, ele atende até rápido demais.
- Oiê meu amor - atende com uma voz animada
- Pai. Rach. Acidente. Metrô. Dylan. Mamãe. Passeio
- Pera, eu não entendi filha, pode repetir?
Respiro e tento me controlar o mínimo que consigo
- Rachel e Dylan tiveram um acidente na estação de metrô, mamãe desmaiou, médicos estão aqui e eu não sei o que fazer - digo e desabo em lágrimas logo em seguida, meu pai fica um bom tempo em silêncio então o chamo
- Pai?
- Entre na ambulância junto com eles, eu estou indo para o hospital.
Faço como meu pai pediu.
Ver aquela cena me dói. Eu estou destruída. Estou perdida. Eu preciso de ajuda e alguém que me diga que vai ficar tudo bem, mas no momento todos da minha família estão em outra realidade.
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The fatal accident { Baseado em sonho}
Short StoryQueria compartilhar com vocês um sonho que tive em forma de história. A história a seguir contém: • Sonho que a autora teve mas explicará por personagens fictícios. • Conteúdo traumático. • Não baseado em fatos reais.