O estranho do ponto de ônibus.

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Aquele era o fim de mais um dia de trabalho, Jaemin estava muito cansado, e tudo o que ele desejava, era poder chegar logo em casa, tomar um banho, deitar e dormir por pelo menos vinte horas seguidas.

Ele precisou fazer plantões durante aquele mês, e agora ele teria o privilégio de desfrutar de um dia inteiro de folga, e aquele dia foi ainda mais especial porque ele pode sair do trabalho às onze horas da noite.

Jaemin não se lembrava quando foi a última vez em que pode sair do trabalho antes das onze horas da noite, e ele estava tão feliz por aquele dia, que ele até colocou os seus tênis novos que custaram uma fortuna.

Ele também estava feliz porque poderia voltar para casa de ônibus, algo que ele não fazia há um tempo, já que ele saia às madrugadas do trabalho e precisava dirigir sozinho até em casa.

Jaemin estava feliz, nada poderia estragar a noite dele, absolutamente nada.

Nem mesmo o garoto bêbado que apareceu do nada e vomitou nos tênis novos e caros de Jaemin, para em seguida desmaiar em seus braços e deixá-lo no meio da rua sem saber como reagir.

O ponto de ônibus estava vazio, aquela hora da noite era difícil ter pessoas andando por aí, e ele nem sequer tinha para quem pedir ajuda.

Tudo o que Jaemin pode fazer, foi respirar fundo e tentar organizar os pensamentos em seu cérebro cansado após um longo dia de trabalho.

A situação era complicada, mas ele não ficou irritado por ter os seus tênis novos estragados, a sua única preocupação naquele momento era ir para casa e cuidar do garoto desconhecido em seus braços, que com certeza seria condenado pela ressaca no dia seguinte.

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Após pedir um Uber e chegar seguro em casa com o garoto ainda desacordado em seus braços, Jaemin agradeceu por não ser interrogado pelo motorista do Uber.

Ao chegar em casa, Jaemin não pode fazer nada além de colocar o garoto em sua própria cama e deixar alguns remédios e um copo d'água na mesa de cabeceira para ele poder tomar algum analgésico no dia seguinte caso ele sentisse algum desconforto por conta da ressaca que ele com certeza teria quando acordasse.

Jaemin odiava mexer nas coisas dos outros, mas naquele momento era necessário.

Nunca foi o desejo de Jaemin vasculhar a mochila de um desconhecido adormecido em sua cama, aquilo soava imoral em todos os sentidos, mas ele precisava encontrar algum documento que pudesse revelar pelo menos o nome daquele garoto.

Apos vasculhar um pouco mais, ali estava um documento de identificação. O garoto se chamava Renjun, era chinês, tinha a mesma idade de Jaemin, e morava em Seul. Agora Jaemin se sentia menos desconfortável por pelo menos saber o nome do desconhecido abrigado em seu apartamento.

Nada mais poderia ser feito naquela noite, Jaemin apenas fez a gentileza de colocar o celular de Renjun para carregar e torcer para que ele não tivesse um surto ao acordar no dia seguinte em um lugar desconhecido e pensar que Jaemin era um assediador.

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Renjun sem lembrava vagamente das coisas que aconteceram na noite anterior. Primeiro ele estava no restaurante onde trabalhava, pressionado pelos seus colegas de trabalho a beber um pouco mais.

Ele não queria ser o cara chato, então ele bebia toda vez que enchiam o seu copo, e mesmo ciente de que aquilo resultaria em ago muito ruim, Renjun permaneceu no restaurante.

Ele realmente não queria ser o cara chato, então ele cedeu a pressão, e quanto mais ele bebia, mais fácil as coisas pareciam ficar.

Era tarde quando todos decidiram parar de beber e irem para as suas casas. Renjun até pensou que alguém lhe ofereceria uma carona, mas ele estava sozinho como sempre, os seus colegas de trabalho não eram legais com ele, e eles não iam lhe oferecer uma carona, então Renjun teria que encarar o desafio de voltar sozinho para casa mesmo estando tão bêbado ao ponto de nem sequer conseguir se manter em pé.

História Entre vômitos, tênis de marca, e o sorriso charmoso dele.  [RENMIN]Onde histórias criam vida. Descubra agora