Acordei em uma cama macia e completamente estranha para mim, passei os olhos ao redor, tentando reconhecer o ambiente, nada. Nunca havia pisado meus pés nesse quarto. Levantei, ainda sonolenta, caminhei para fora da cama e percebi que estava vestindo as mesmas roupas, mas estava descalça. Nathan devia ter tirado meu allstar antes de me trazer para cá. Esse seria o quarto dele? Sério que eu peguei no sono na casa do meu professor, depois de ter feito ele ter o carro roubado? Senti muita vergonha pelo ocorrido na noite anterior, ainda assim, desci as escadas, procurando pelo Nathan. Até que o encontrei deitado desajeitadamente no sofá, que era visivelmente menor do que ele.
Nathan parecia desconfortável, eu diria que estava suando. Fui me aproximando, o dia não estava totalmente claro ainda. Portanto, não dava para ver a silhueta perfeita dele, até que eu cheguei bem pertinho e tive um vislumbre completo do Nathan.
Senti minhas bochechas esquentarem e uma quentura me atingir.
Nathan estava deitado de costas no sofá, com apenas uma manta cobrindo o bumbum, de resto, tudo estava totalmente à mostra. Foi aí que eu pude vislumbrar o que jamais sonhei ver em vida. Ele era todo definido, costas largas, braços e pernas de dar inveja a qualquer homem e a manta só realçava a curva da bunda. Fora a cor meio bronzeada, típico de um país tropical, de onde esse homem era?
Caraca!
Nathan era muito gostoso mesmo.
Eu não sabia se ele estava vestindo algo por baixo do cobertor e não iria arriscar. Nathan estava na casa dele, eu era a invasora, ele podia dormir como bem queria. Fiz menção de me virar e já iria me arrumar para ir embora, quando ouvi um murmúrio ininteligível.
Aproximei-me, notando, mais de perto, que Nathan realmente estava suando muito e parecia ter um sono conturbado. Toquei de leve sua testa para checar se estava passando mal ou com febre e ele estava queimando.
Me assustei, o que eu deveria fazer?
— Hmmm. - Nathan balbuciou, se remexendo no sofá. - Rafaela...
Ele falou meu nome enquanto dormia? O que será que ele estava sonhando? Toquei suas costas para ter certeza de que estava febril e não deu outra. Eu deveria acordá-lo? Ele amanheceria notoriamente doente, que tipo de pessoa eu seria se desse no pé e o deixasse assim?
— Rafaela... - ouvi mais uma vez e estranhei.
Nathan era sonâmbulo? O jeito que ele falava meu nome, não me parecia com raiva ou algo do tipo.
Senti minhas bochechas esquentarem e dei um tapa na minha testa. Como eu podia ser tão idiota? Que Samanta o que! Senhor, será que ele realmente gostava de mim?
— Nathan. - chamei baixinho, tentando não assustá-lo. - ele só se mexeu, ainda assim, não abriu os olhos.
— Rafaela... Isso... Não para...
Eu quase dei um pulo, ele estava tendo um sonho, tipo, erótico comigo?
"O que eu faço, o que eu faço.", me perguntei.
Não poderia deixá-lo queimando de febre daquele jeito, mas o que eu deveria fazer? Chamar uma ambulância? Procurei pela casa, com a lanterna do celular, tentando achar um termômetro para medir a temperatura dele. E, depois de vários minutos procurando, encontrei um largado na estante, ao lado de uma bonita fotografia de família.
Coloquei o termômetro embaixo do seu braço, ainda ouvindo-o balbuciar coisas incoerentes, após algum tempo, eu o retirei. Nathan estava com 39 graus de febre!
Eu precisava baixar a temperatura corporal dele e precisava imediatamente, mesmo que chamasse uma ambulância, eu sabia que um banho morno poderia ajudar até lá. Só que seria uma tortura, além de uma puta invasão de privacidade.
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Meu adorável professor (Degustação)
RomanceCompleto na dreame e amazon, link na bio. Rafaela Albuquerque leva uma vida quase perfeita, cursa o último ano de jornalismo em uma das mais renomadas faculdades de comunicação. Além de estar em ascenção profissional. Contudo, ela vê sua vida mudar...