18| Confissões de um Acquainted.

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No band-aids for the growing painsNão há Band-Aids para as dores do crescimento"Alessia Cara, Growing Pains"

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No band-aids for the growing pains
Não há Band-Aids para as dores do crescimento
"Alessia Cara, Growing Pains"

NA MAIORIA DAS VEZES, no dia seguinte depois de uma festa enorme, os garotos da fraternidade e eu compartilhamos o mesmo mal-estar angustiante que persistia em nosso corpo. Que tipo de garotos seríamos se pensássemos nas consequências do dia seguinte depois de encher a cara? Seríamos sim um orgulho para os nossos pais, mas acontece que os Acquainted 's poderiam ser tudo, menos motivo de chacotas por temerem de uma intoxicação alcoólica. Sei que não existiria Acquainted 's se não fossemos considerados inconsequentes. Em Nova York seguia o mesmo dilema, éramos obrigados a ver a cara do outro que se resumia a desespero por remédios para ressacas.

Mas nesta manhã tive que compartilhar essa dor sozinha, sem amigos de Nova York, e agora sem amigos de Berkeley, apenas eu e um burburinho repugnante em meu ouvido que insistia em ficar. Talvez a ecstasy que Roman havia me dado foi o motivo dessa intensidade em cinquenta por cento. Mas, não estava nem aí para a dor do dia seguinte quando se tinha frações de flashbacks para recordar. Eu havia feito uma lista mentalmente em minha cabeça, anotando todos os contratempos que definitivamente não deveriam ter acontecido:

1. Fui para a festa do Thomas;

2. Eu beijei a Pyper Cameron;

3. Peguei o carro do Roman;

4. Eu beijei a Paris Peltz;

E para não me esquecer dos problemas maiores:

5. Eu tenho um filho;

6. Ainda não encontrei Candice;

Poderia facilmente colocar a culpa de beijar as duas garotas na ecstasy. Mas vamos lá, eu e meu pau sabemos o que aconteceu, foram duas situações completamente singulares. Meu estado alucinado me transportou a uma realidade em que ainda era refém da falta que Candice deixou, não estava nem aí se estava usando outra pessoa como intermediário para que eu sofresse um pouco menos, o que foi o que aconteceu com a Cameron.

Enquanto isso, quando beijei Paris, eu tinha certeza do que estava fazendo. Para mim, aquilo pareceu certo. Aquela sensação de passar a dor dela para meu corpo. Mas agora vejo o quanto estúpido foi eu seguir meus instintos. Ela estava machucada, e o que deu na minha cabeça mesmo sabendo o que ela passou com o Thomas, e se de alguma maneira, poderia magoá-la também? Eu sabia que não era pra ter feito isso, eu sabia exatamente os problemas que iriam me trazer. Porque agora não poderíamos ignorar o que aconteceu, mas seria tudo mais fácil se pudéssemos.

E sobre o sumiço de Candice, não que nunca tivesse passado na minha cabeça que realmente tivemos um filho desde que me disse que estava grávida de mim e eu fugi da situação feito uma criança chorona indo para os braços do papai. Mas é que desde o momento em que Bruce e eu fizemos nosso trato - de que eu nunca poderia citar em hipótese alguma sobre o assunto de Candice e a gravidez e ele iria dar um jeito em se "livrar" da situação - estive com a mente ocupada demais com os ofícios da faculdade e as atividades paralelas. Até hoje eu nunca na verdade soube o que realmente havia acontecido com a Buttercup e o bebê, até então achava que ela tinha preferido ter um aborto, já que não iria querer criar o bebê sozinha e que nem foi planejado.

Às Vezes (Não) Tão DoceOnde histórias criam vida. Descubra agora