Iɴғɪɴɪᴛʏ。ー Aʀᴄᴀɴᴇ

xiv. ғᴜʟᴍɪɴᴀʀᴇ [Att.]

[Atualizado]

Heimerdinger se aproximou da mesa, colocando o baú reforçado com um certo esforço, suas mãos firmemente segurando o objeto pesado. Ele lançou um olhar rápido para Viktor, mas não viu Eden por perto. A inquietação cresceu dentro dele, uma leve preocupação com o estado do jovem Zaunita. Seus olhos passaram pelos papéis e cadernos espalhados pela mesa enquanto ele perguntava, sua voz baixa, mas firme.

ㅤ— Onde está o Eden, Viktor?

Viktor, visivelmente desconfortável com a pergunta, foi pego de surpresa. Seus olhos se desviaram por um momento, e ele gaguejou, algo raro para o inventor acostumado com situações desafiadoras. A tampa da caneta balançava em sua boca enquanto ele tentava encontrar uma resposta mais convincente, mas suas palavras saíam hesitantes.

ㅤ— B-bem, professor, ele pediu para ficar em casa... Ele disse que não tava muito bem, disse algo sobre dor fantasma, algo assim, e estava um pouco febril. Então, deixei ele dormir...

Heimerdinger não parecia totalmente convencido, mas o olhar de Viktor foi suficiente para que ele deixasse o assunto de lado por enquanto. No entanto, não podia ignorar o fato de que Eden, tão dedicado e promissor, parecia estar fora de forma, e talvez uma conversa com ele fosse necessária assim que possível.

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Enquanto isso, no escuro e sombrio corredor de Zaun, Sevika arrastava sua espada pesada no chão, criando faíscas a cada movimento. O som cortante da lâmina contra o piso metálico parecia marcar o ritmo de uma caça implacável, como se cada passo dela fosse uma promessa de destruição. Ela estava em busca de algo, ou alguém, e o jovem à sua frente parecia uma presa desesperada.

O rapaz, pálido e suado, corria descontrolado, suas pernas quase não aguentando seu próprio peso, mas ele não ousava parar. O pânico o dominava, sua respiração ofegante misturando-se com o som dos passos de Sevika, que ecoavam pelo corredor como um pesadelo constante. Cada vez que ele se aproximava de uma porta, ela parecia desaparecer diante de seus olhos, como se o próprio ambiente estivesse contra ele.

Desesperado, o rapaz finalmente encontrou uma porta que permaneceu firme, e com um último suspiro, ele se jogou no chão do cômodo. Seu corpo, já sem forças, se entregava à exaustão. Fechou os olhos, esperando que a perseguição chegasse ao fim.

Porém, ao abrir os olhos novamente, ele não estava mais no corredor escuro de Zaun. O mundo ao seu redor se transformou completamente. Agora, ele se via submerso em um mar profundo e gelado, as águas violáceas e azul-marinho tomando conta de sua visão. Tentava gritar, mas as palavras não saíam. A água entrava em seus pulmões, e seus músculos se contraíam em uma luta inútil contra a força que o puxava para baixo.

Os tentáculos, sombrios e imponentes, o envolviam com uma força esmagadora. Seus olhos estavam fixos no fundo, tentando ver algo, qualquer coisa, que o pudesse salvar dessa força implacável. Mas a escuridão do mar o absorvia, e ele sentia o sufocamento, uma sensação de impotência crescente. Sua luta para respirar parecia fútil, enquanto as águas geladas o puxavam mais e mais fundo, para um abismo sem fim.

"Aquele que luta
com monstros
deve acautelar-se
para não tornar-se
também um monstro.
Quando se olha muito
tempo para um abismo,
O abismo olha de volta
E sorri para ti."