" Capítulo 15 - O vazio.

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Armin.

Eu não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo, justo naquele dia.
Depois de minutos que pareceram horas naquela mesma situação, eu consegui alcançar o meu remédio que estava na minha mesa. Fiz um esforço e consegui tomar um comprimido, não tinha água, então eu bebi a seco.
Levantei, respirei fundo e calçei o primeiro tênis que eu vi, peguei minha mochila e coloquei tudo que eu precisava.
Era de madrugada, então saí tentando não deixar rastros; Peguei minha bicicleta e pedalei o mais rápido que consegui, no meio do caminho começou a chover, mas naquele momento aquilo não importava. A única coisa que eu queria era uma afirmação de que Eren estava bem.

Cheguei na casa de Jean, ele havia se mudado e estava morando com Marco; O encontrei sentado debaixo da árvore com um olhar vazio, como se ele estivesse morto.
Joguei minha bicicleta no gramado e corri até sua direção, dei a ele um abraço apertado e limpei suas lágrimas.— Eles vão ficar bem. - falei como consolo. — Eu sei que vão. - engoli a seco.

Nós entramos na residência, estava frio, Jean arrumou a cama do quarto de hóspedes e fez um chocolate quente.

— Você é muito forte. - ele disse enquanto servia a bebida em uma caneca azul de porcelana.

— Você também. - me sentei no sofá.

— Quer ligar pro hospital? - ele me entregou a bebida.

— Quero muito. - Jean me entregou seu celular, disquei os números e ouvi uma voz; Era a recepcionista, perguntei a ela sobre Jean e Marco e ela me informou sobre a situação deles. Estavam desacordados, Eren havia quebrado a perna esquerda, deslocado o braço direito e tinha algumas fraturas no resto do corpo. Marco havia quebrado o braço esquerdo e quebrou quatro costelas, fora isso tinham algumas fraturas leves; Informei Jean.

Seu rosto fez uma expressão leve e seus olhos ganharam brilho novamente. — Não foi tão ruim quanto eu pensava... -

— Pois é, então tente dormir um pouco. - bebi um gole do chocolate quente — Nossa, isso aqui esta muito bom. -

— Limpa esse bigode de chocolate aí, zé mané. - ele riu — Vou tentar tentar tirar uma soneca, fica a vontade, a casa é sua. - Jean foi até seu quarto.

Mesmo sabendo que o acidente não foi grave, eu não consegui dormir naquela noite. Me revirei na cama tentando achar uma posição confortável, mas naquele dia aquilo seria impossível. Eu até pensei em ir até o quarto de Jean, mas não queria incomodá-lo naquela noite mórbida.
O dia logo amanheceu, e eu não havia conseguido dormir; ouvi algumas batidas na porta. — Pode entrar. -

Jean entrou no quarto. — Bom dia, conseguiu dormir? - tirei a coberta das minhas pernas.
— Pra falar a verdade, eu quase nem pisquei essa noite. -

— Eu também não, pensei em irmos vê-los hoje. Isso te animará? - ele sentou na cama.

— Claro que sim. - levantei da cama e senti um vazio, mas não como aquele que eu sempre senti, eu senti um vazio maior. Fui até o banheiro e lavei meu rosto, peguei algumas roupas emprestadas do Jean. — Vou ir na casa dos Yeager. - ele acenou com a cabeça.

Peguei a minha bicicleta e fui, não era longe dalí. Minhas pernas estavam quase perdendo a força, quando eu pensava no Eren, não conseguia conter as minhas lágrimas. Cheguei na residência, larguei a minha bicicleta no gramado e bati na porta.
Mikasa atendeu, ela estava com olheiras enormes e os olhos vermelhos, não esperou muito pra me dar um abraço. — É tão reconfortante te ver... - ela me soltou. — Você soube do...? - perguntei.

— Sim...entre, antes que você pegue uma friagem. - eu fiz, a segui até seu quarto. Mikasa sempre teve um olhar vazio, mas naquele dia ele estava fundo, quase sem brilho. Ela me contou tudo que havia acontecido enquanto eu estava fora, mesmo que eu já soubesse de tudo, gostava de vê-la falando.
Nós nos divertimos trocando risadas, estava con saudade daquilo. Perguntei a ela se ela queria ir até o hospital e ela aceitou, avisei Jean que estava indo. Entramos no carro e paramos em uma floricultura, comprei um buquê de crisântemos e voltei para o carro. Chegando no hospital, fomos até a recepção, falamos para a funcionária quem queríamos visitar; Ela nos informou que só poderíamos ir um de cada vez. — Armin, vai primeiro, você ficou praticamente um ano sem ver ele. -

— Tem certeza? -

— Sim, vai lá. -

— É a sala 78 no corredor a direita. - fui até a sala, cheguei na porta e dei um suspiro profundo. E então criei coragem para abrir a porta.
Alí estava Eren, com seus olhos fechados, braços e pernas enfaixados. Como era ruim ver meu menino assim, me sentei em uma poltrona ao seu lado. — Você me deu um susto ontem, sabia? - dei uma leve risada pra disfarçar meus olhos se enchendo de lágrimas. — Desculpa ter demorado tanto pra vir aqui...Trouxe isso pra você. - deixei o buquê na cômoda. — Meu vaga-lume...eu vou sempre te amar, tá? É horrível te ver desse jeito. Mas eu tô aqui, sempre vou estar. Eren, minha alma sempre estará com você. - sequei minhas lágrimas. — Eu te dei carinho suficiente? Mon amour...Por que com você? - As minhas lágrimas não paravam de escorrer, apoiei minha cabeça ao seu lado. — Por que com você...? - perguntei a mim mesmo. Queria que aquilo fosse mentira, mas não era; E eu tinha que aceitar aquilo.
— Me desculpe... - Parte de mim dizia que aquilo era culpa minha. Eu me levantei. — Fica bem, tá? Por favor... - limpei meu rosto. — Amanhã eu estou de volta... -



Eu te amo... -




Olá pessoas.
Espero que estejam gostando da história até aqui! :]

Essa é a primeira fanfic que eu escrevo que eu realmente posto, então obrigado por estar lendo. 😄

Todos os créditos estão na descrição!

Se puderem votar pra me ajudarem no engajamento eu serei eternamente grato. 🌱

Beijinhos do autor.
Até o próximo capítulo...
Mwah!! :>



Notas da edição: Meu pau na sua mão

Mentira, daqui pra frente é só pra trás 🤸‍♂️

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Mentira, daqui pra frente é só pra trás 🤸‍♂️

- Amor e calmaria . // Eremin .Onde histórias criam vida. Descubra agora