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Sara

Depois de 2 horas sentada e as vezes ele parava para tomar uma água no posto ou ir ao banheiro. Chegamos ao destino que esperava ansiosamente por mim. Sempre fui considerada azarada desde quando eu nasci. Meus pais me amavam até eu completar 17 anos, aí me entregaram nas mãos de um CEO rico e cheio da grana. Na época eu era uma idiota que acreditava ainda em amor a primeira vista.

Aí os anos foi passando e eu aprendi que não tem mais um príncipe que vai vir me salvar e falar palavras bonitas, não vai ter um badboy que do nada vai me amar e me levar a encontros. Eu tive que acordar para a vida. No meu casamento não teve nada de amor ou paixão, só havia ódio e raiva entre nós dois. Eu não aproveitei a minha vida, e estou presa a um casamento de merda.

Isso não era para estar acontecendo, eu não planejei isso, mas meus pais sim. Eles que planejaram tudo, e destruíram a minha vida com um simples contrato. Por conta disso eu quase fui morta e agora estou descendo da garupa de uma moto, irônico. Não?

Olho para a casa de madeira mas bem sofisticada, não era enorme mas também não era pequena. Era perfeita e muito bonita, aonde estávamos era distante da cidade pequena que tem aqui no Texas, bem no interior.

Sinto o seu olhar em mim, mas não falo nada. Que montanha russa viu. Acompanho ele até entrada da casa, o silêncio daqui é muito mais prazeroso do que o da cidade, me deixa leve e sem tensão de nervosismo. Ele abre a porta e me deixa entrar por primeiro, olho tudo em volta vendo tudo arrumado.

A primeira coisa que vejo é a sala, continha uma lareira, um sofá na cor preto chegando perto do cinza, também tinha uma TV plana pendurada na parede, havia alguns quadros de alguns pintores famosos, havia dois pufs perto da janela que ia do teto ao chão com uma cortina branca gigante.

Olho para a esquerda e consigo ver uma parte da cozinha, escuto ele coça a garganta, olho para ele curiosa.

- Bom, irei há cidade buscar alimentos._ respirou fundo para continuar.- Você vai ficar aqui, não mexa em nada e não saia daqui. Só abre a porta quando eu chegar entendeu?_ cruzo os braços o olhando em desafio, não gosto que mandem em mim.

- Eu entendi!_ falo relutante depois de ficar alguns minutos encarando o seu olhar sério e rígido. Ele me olha desconfiado, e sai pegando as chaves da moto e carteira. Tomara que não volte.

Escuto o ronco da moto e declaro que ele partiu, deixo a minha mochila num canto da sala e vou explorar a casa. Primeiro vou até a cozinha, ela era moderna e bem sofisticada num tom marrom e preto. Era linda e escura, ao contrário da minha, ela era nas cores brancas e bege.

Subo para o andar de cima, as escadas fazem um rangido que me deixa apavorada, sei que foi eu. Mas isso me lembra filmes de terror, estou em uma casa que tem no meio do mato, vai saber se não vai aparecer aqueles homens de pânico na floresta ou sei lá mais o que.

Vejo apenas duas portas no corredor, e havia uma terceira que ficava lá no final, abro a primeira e vejo que é um banheiro, tinha um box, um vaso sanitário e uma pia com um espelho médio em frente a ela. Abro a outra porta, vejo que é o quarto, com uma cama box de casal, uma janela de vidro toda aberta que nem tem na sala, essa ia dos pés ao teto. Havia uma escrivaninha do lado da cama só tinha um abajur encima dela. Tinha um tapete peludo na cor preta no chão, havia um quarda roupa no canto da parede em frente a cama.

Era tudo simples, coisa típica de homem, e tinha um cheiro forte de perfume. Respiro aquele ar, me embriagando. Mas não fico muito tempo ali e vou na última porta,ponho a mão no trinco e está trancada.

- Que saco._ falo indignada, desisto de abri-la e volto para a sala já escutando o barulho da moto, me sento no braço do sofá esperando a porta abrir.

Ele entra com várias sacolas passando pela a porta da sala e nem se tocando que eu estava ali, o sigo indo atrás do mesmo. Ele se vira percebendo a minha maravilhosa presença.

- Por quanto tempo ficarei aqui?_ cruzo os braços o olhando interrogativa, ele da de ombros.

- O tempo necessário para o seu marido se livrar de quem quer te matar._ se vira e começa a tirar as compras da sacola de plástico.

- Mas não era mais seguro eu ficar lá?_ mexo nas mãos controlando a ansiedade, ele se vira e me olha, parece que espera eu continuar a minha fala.- É que assim. Só está nos dois, não tem mais nenhuma outra segurança._ vejo ele retirar uma arma da cintura, arregalo os olhos engolindo em seco.

- Se quiser eu te mostro mais. Eu não sou um segurança qualquer, sou um atirador de elite, ex soldado da marinha. E um dos melhores atiradores do estado! Teu marido não te deixaria na mão de qualquer um, princesa._ fala a última parte em um tom totalmente debochado e forçado. Chego perto dele com oo meu melhor olhar de desafio, mas o homem não se impressionou ou ficou tentado.

- Tá bom, atirador de elite! Mas é se alguém achar a minha localização e vierem em bando. Nós dois morreremos em um piscar de olhos._ soei com um tom sarcástico.

- Sara, você acha mesmo que alguém irá te achar neste fim de mundo? Nem você mesma sabe aonde que está! E se alguém tentar vir até aqui, nós ja estaremos longe de mais para isso._ me olha de cima como se fosse um ser de superioridade, melhor do que os outros.

- Tudo bem, se você diz! Não irei interferir, vocês homens acham que sempre estão certos e que nunca vão errar. Mas podem estar enganados, eu não serei a pessoa que vai ferir o seu ego de ser superior._ dou dois tapinhas no seu ombro passando por ele.- Trouxe macarrão? Tô afim de fazer uma macarronada._ mudo de assunto depois que ele ficou quieto só apenas me encarando.

- Procure!_ fala grosso saindo da cozinha, dou risada. Homem frouxo para ser um ex militar e tudo mais, eu hein.

























Mais um lançado desculpa a demora para quem está acompanhando! Bjssss

O Guarda CostaOnde histórias criam vida. Descubra agora