Plantas de mentira

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Olá, leitores!!!
Tudo bem com vocês?
Espero que gostem do capítulo.
Boa leitura!

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S/N Miller Point Of View
Portland, Oregon – USA 06:00am - 2021

Depois de uma longa noite de sono, há esperança de que tudo que aconteceu no dia anterior tenha sido apenas um pesadelo, um pesadelo terrível, mas que acaba ao acordar. Infelizmente, assim que eu me sentei na cama e olhei para a minha mesa de cabeceira, sobre ela estava o papel do encaminhamento que recebi da Dra. Atwell. Logo o medo bateu mais forte em mim e a certeza de que tudo era verdade me atingiu em cheio.

Eu não sei o que fazer. Estou com tanto medo. A última vez que me senti tão impotente foi na morte da minha mãe, Charlotte.

Levantei da cama e segui para o banheiro. Tomei um banho quente, escovei meus dentes e fui ao meu closet pegar uma roupa. A vida não para, então eu ainda tenho que ir ao trabalho. Escolhi uma blusa social azul marinho, calça jeans azul clara e um coturno de cano baixo preto. Por mais que eu trabalhe no maior escritório de arquitetura de Portland e um dos melhores dos Estados Unidos, meu patrão, David Olsen, sempre presou muito pela diversidade dentro da empresa. Assim, todos os funcionários podem se vestir como quiser. Segundo ele, os prováveis clientes acabam se sentindo mais confortáveis em fazer seus projetos conosco, sendo eles donos de casas simples ou mansões enormes ou donos de pequenos negócios até grandes empresários. Não somos muito formais e isso acaba chamando atenção.

Assim que termino de me arrumar, ando até a cozinha para preparar o café da manhã. Ovos e bacon, torradas, panquecas e suco de laranja. Coloco tudo na mesa e vou até o quarto de Thomas.

- Ei carinha! - falo me abaixando ao seu lado. - Acorda. Eu já fiz o seu café da manhã favorito. Temos que comer para eu te levar para a casa da vovó Rosa e eu tenho que ir trabalhar.

Ele abre os olhinhos devagar e estica os braços se espreguiçando ainda deitado.

- Você fez panqueca com calda de chocolate e suco de laranja? - pergunta ele enquanto se senta.

- Fiz. Cadê meu beijo de bom dia? - viro o rosto um pouco para o lado e ele passas os bracinhos ao redor do meu pescoço e me dá um beijo na bochecha. - Agora sim. Bom dia, dinossauro. - sorrio pra ele.

- Bom dia, S/a!

- Agora vai se arrumar. Estou te esperando na cozinha.

Ele anda até o banheiro e eu vou para a cozinha. Alguns minutos depois ele aparece e tomamos nosso café. Assim que terminamos, pego sua mochila, ele se aproxima segurando em minha mão e saímos de casa. Atravessamos a rua e eu toco a campainha da casa de Rosa.

- Bom dia, vó Rosa! - diz Thomas assim que a porta é aberta.

- Bom dia, Tom! Bom dia, S/a! Estava esperando por vocês. Como se sente, querido? - passa a mão no cabelo de Tom.

- Estou bem, vovó. A Dra. Atwell me ajudou com o dodói e me liberou depois que prometi muitos beijinhos. - disse animado.

- Que maravilha, meu menino. E você, minha menina. Como está? - olha para mim preocupada.

- Que tal você entrar, Tom? - olho para ele. - Vá se acomodar, eu vou ao trabalho e mais tarde venho te buscar. - o pequeno abraça as minhas pernas e me dá um breve tchau antes de entrar para dentro da casa. - Estou preocupada, não consegui dormir direito. A Dra. Me deu um encaminhamento para uma hematologista, vou levá-lo hoje depois do almoço. Tenho algumas horas sobrando na empresa, então vou pedir para David me liberar.

- Vou deixá-lo arrumado. Qualquer coisa que você precisar, eu estou aqui. - me abraça. Deixei-me relaxar em seus braços e suspirei antes de me afastar.

Fifteen Steps To Heaven (Elizabeth Olsen/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora