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Estou indo trabalhar e vou deixar um capítulo com meus capetas!

Ah, revisei igual minha cara então relevem...

Tive ideias muito boas para o próximo capítulo. Espero que eu consiga transmitir tudo em palavras e que vocês apreciem.

❤️

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— A temperatura da água está boa, Camz?

Perguntei num tom baixo, não queria assusta-la. Camila parecia tão concentrada, quieta e relaxada que minha última vontade naquele momento era tirar seu único instante de alívio na hidromassagem ligada.

Estava nua, usando a água como meio natural de alívio da dor. Com os cabelos presos num coque frouxo que eu havia feito para que não molhasse. Seu rosto estava entre suas pernas enquanto ela abraçava seus joelhos. Toquei sua cabeça, e assim que sentiu o calor das minhas mãos a mulher ergueu o rosto num sorriso frágil. Mesmo com dor, ela era sempre muito dócil comigo.

Eu amava isso.

— Está ótimo assim, minha menina. — respondeu baixo, com os olhos cerradinhos. — Não quero ser abusada, mas posso te pedir umas coisas?

— Você pode pedir o que quiser. — a gente continuava falando num som aveludado.

Ela sorriu. Se sentou de forma mais reta na banheira e apontou para a gaveta embaixo da pia.

— Na primeira gaveta há algumas velas aromáticas. — eu andei na direção enquanto ela falava. — Eu quero que você acenda a vermelha pra mim. Canela e estrela de anis.

Peguei a pequena vela, a tirei da embalagem e por alguns instantes percebi que de fato Camila não tinha mais onde gastar dinheiro. Cada unidade da vela havia saído por nada mais, nada menos que um valor de oitenta e oito dolares. Isso era dinheiro pra caralho e se eu me organizasse conseguia comer a semana inteira.

Quero ficar rica ao ponto de ter quase cem dólares para gastar em velas aromáticas.

O cheiro invadiu a atmosfera do banheiro. Ao menos era bom, alias, pelo preço era o mínimo.

— Aromaterapia. Vela vermelha quando estou com dor, vela azul quando estou cansada, verde para meus dias de nervosismo e a vinho para momentos mais prazerosos.

— Há um kit bem cheio. — reparei.

— São prazeres que vem aos poucos, com a idade pra ser mais exata. — sorriu preguiçosa. — Agora, diminua a luz por favor, meu bem.

Fiz como ela pediu, diminuindo até que a luz da vela fosse responsável pela maior parte da iluminação do banheiro. O local havia virado um ambiente aconchegante e perfumado. Eu poderia ficar ali para sempre em companhia daquela mulher.

— Mais alguma coisa, Camz? — ajoelhei a sua frente e ela tocou minha mão, assentindo.

— Quero que você tire sua roupa e entre na banheira comigo.

— E-eu não sei se-

— Agradeço sua preocupação e gentileza de se preocupar, mas agora eu não quero transar. Na realidade, eu quero, só não consigo. — umedeceu os lábios. — Eu vou tentar não tentar você.

Foi sincera, me acertando em cheio com aquelas palavras cheias de atitude e franqueza. Eu gostava do fato de não haver rodeios com ela.

— O que eu preciso agora, minha menina… — apertou minha mão com carinho. — É do calor do seu corpo junto do meu. Uma ótima forma de alívio da dor. E do seu cheiro também. Muito melhor do que todas essas velas. Você tem um aroma ótimo, Lauren. Eu só preciso disso. Só de você.

OUTSIDEROnde histórias criam vida. Descubra agora