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Oh seus capetas do caralho, todo mundo comentando a fic no twitter, né?

Quero interagir com todos, mas nem sempre acho. Comentem usando a #OutsiderCS, para eu poder achar vocês, INFERNO!!!!!

A propósito, meu twitter é: @thaynasioli

Tenho um perfil no Tik Tok onde faço uns edits também: @thsiol

Outra coisa: Tem leitores de Uberlândia/MG aqui? Me mudei recentemente, queria novas amizades.

Me sigam, capetas!

E bom capítulo...

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Abri os olhos naquela manhã, sendo recebida pelos raios do sol que insistiam em entrar pela brecha das cortinas. Me estiquei, alongando meu corpo e percebendo que os braços que me serviram de abrigo de repente não estavam mais na cama. Torci os lábios. 

Quem ela pensava que era para acordar, sair da cama e me deixar sozinha?

Meu emputecimento não durou tanto quanto eu gostaria. Olhei para a ponta da cama, percebendo umas peças de roupas dobradas e passadas. Era manhã de domingo. Isso explicava o short moletom cor preto, e minha camisa do Ramones. Era dia de ficar em casa, relaxada. Camila queria que eu me sentisse confortável naquele dia preguiçoso.

Fui para seu banheiro e usei seu chuveiro. Havia pensado em usar sua hidromassagem, mas isso demandaria muito tempo e eu só queria algo para acordar. Espero que ela não se incomode por eu estar usando seus shampoos caros, sabonete líquido de baunilha e óleo pós banho.

No balcão do seu banheiro, uma escova nova ainda na embalagem. Cerrei os olhos, ainda vestindo a toalha. Estávamos usando o mesmo espaço para as escovas de dente. Isso me lembra casamento, coisa que definitivamente não temos. Sequer um namoro. Sentimento existia. Bom, eu acho. Eu gostava dela e tenho quase certeza que ela gostava de mim também. Teria certeza se suas palavras tivessem sido mais claras ontem a noite… Enfim, é manhã de domingo. Não dá para exigir muito do meu cérebro agora.

Devidamente limpa e com os dentes escovados e cabelos lavados, quando eu saí do quarto, sua cama estava arrumada. Os empregados dessa casa são literalmente fantasmas: eu quase não os vejo, e eles fazem suas tarefas em silêncio e sem serem vistos também. Dessa vez eu tinha certeza que não era Emma, pois no quadro da cozinha percebi que ela folgava aos domingos e os demais só trabalhavam até o horário do almoço. De qualquer forma, fazer o sinal da cruz nunca era demais.

Quando cheguei até a sala, notei um silêncio estranho. Camila balançava uma de suas pernas enquanto tinha o telefone pregado à orelha. Uma de suas mãos massageava sua testa enquanto seus olhos estavam fechados e ela parecia respirar fundo a todo instante, controlando sua boca.

Me aproximei, tentando não interrompê-la. Estava curiosa também. Seus olhos se abriram com a minha movimentação. Estavam marejados e com um misto de raiva e impaciência. Ela estendeu a mão para mim, e quando encaixei meus dedos aos dela, Camila os apertou, como se de forma silenciosa me pedisse para não deixá-la. Me ajoelhei na sua frente enquanto ela tremia.

— O que aconteceu? — perguntei preocupada, baixo para que isso não a atrapalhasse na ligação.

— Eu já entendi. — ela respondeu, mas tudo indicava que não era para mim. — Eu sei, Tom. Eu já disse que entendi. Você não me deixa esquecer isso por nenhum minuto.

Sua mão afastou o celular da orelha para ativar o viva voz.

Eu assinei aquele maldito acordo em que concordava com a guarda compartilhada do meu filho, não assinei? — a voz do homem rosnou do outro lado da linha. — Assim como você disse que iria lutar e lutou, tirando dos meus braços a coisa mais importante da minha vida. Tudo o que eu pedi para aquele seu advogado de merda é que não houvesse nenhuma alienação parental, e eu sinto que é exatamente isso o que está acontecendo. Eu chego do trabalho exausto todas as noites e sequer consigo descansar direito por não saber se meu filho ainda está vivo pois ele nem sequer responde minhas mensagens.

OUTSIDEROnde histórias criam vida. Descubra agora